terça-feira, 31 de maio de 2011

A dádiva de viver



Por vezes, você caminha pela vida com o olhar voltado para o chão, pensamento em desalinho, como quem perdeu o contato com sua origem Divina.
Olha, mas não vê... Escuta, mas não ouve. Toca, mas não sente...
Perdido na névoa densa, que envolve os próprios passos, não percebe que o dia o saúda e convida a seguir com alegria, com disposição, com olhar voltado para o horizonte infinito, que lhe acena com o perfume da esperança.
Considere que seu caminhar não é solitário e suas dores e angústias não passam despercebidas diante dos olhos atentos do Criador, que lhe concede a dádiva de viver.
Sua vida na Terra tem um propósito único, um plano de felicidade elaborado especialmente para você.
Por isso, não deixe que as nuvens das ilusões e de revoltas infundadas contra as leis da vida tornem seu caminhar denso e lhe toldem a visão do que é belo e nobre.
Siga adiante refletindo na oportunidade milagrosa que é o seu viver.
Inspire profundamente e medite na alegria de estar vivo, coração pulsante, sangue correndo pelas veias e você, vivo, atuante, compartilhando deste momento do mundo, único, exclusivo. E você faz parte dele.
Sinta quão delicioso é o aroma do amanhecer, o cheiro da grama, da terra após a chuva, do calor do sol sobre a sua cabeça ou da chuva a rolar sobre sua face.
Sinta o imenso prazer de estar vivo, de respirar. Respire forte e intensamente, oxigenando as idéias, o corpo, a alma.
Sinta o gosto pela vida. Detenha-se a apreciar as pequeninas coisas que dão sentido à vida.
Aquela flor miúda que, em meio à urze sobrevive linda, perfumosa, a brilhar como se fosse grande.
Sinta-se vivo ao apreciar o voo da borboleta ou do pássaro à sua frente.
Escute os barulhos da natureza, a água a escorrer no riacho ou simplesmente aprecie o céu, com suas nuvens a formar desenhos engraçados, fazendo e desfazendo-se sob seus olhos.
Quão maravilhosa é a vida!
Mas, se o céu estiver escuro e você não puder olhá-lo, detenha-se no micro- universo, olhe o chão.
Quanta vida há no chão...
Minúsculos seres caminhando na terra, na grama...
A formiga na sua luta diária pela sobrevivência...
A aranha, a tecer sua teia caprichosamente e tantas coisas para ver, ouvir, sentir, cheirar, para fazer você sentir-se vivo.
Observar a natureza é pequeno exercício diário que fará você relaxar, esquecer por instantes as provas, ora rudes, ora amenas, que a vida nos impõe.
Somos caminhantes da estrada da reencarnação somando, a cada dia, virtudes às nossas vidas ainda medíocres mas que se tornarão luminosas e brilhantes.
Aprenda a dar valor à dádiva da vida. Isso fará o seu dia se tornar mais leve e, em silêncio, sem palavras, sem pensamentos de revolta, você terá tido um momento de louvor a Deus.
Aprenda a silenciar o íntimo agitado e a beneficiar-se das belezas do mundo que Deus lhe oferece.
A sabedoria hindu aprecia, na natureza, o que Deus desejou para ela: que fosse aliada do homem no seu progresso, oferecendo o alimento, dando-lhe os meios de defender-se das intempéries.
E, sobretudo, sendo o seu colírio diário suavizando as aflições da vida.
Pense nisso, e aprenda a dar graças pela dádiva de viver.
Redação do Momento Espírita, com base em mensagem
do Espírito Stephano, psicografia de Marie-Chantal Dufour Eisenbach,
na Sociedade Espírita Renovação, em junho de 2005.
Em 31.01.2010

segunda-feira, 30 de maio de 2011

AÇÃO DE PAZ



A paz é um dos tesouros mais desejados nos dias atuais. Muito se tem investido para se conseguir um pouco desse bem tão precioso.
Mas será que nós, individualmente, temos feito investimentos efetivos visando tal conquista?
O que geralmente ocorre é que temos investido nossos esforços na direção contrária, e de maneira imprópria.
É muito comum desejar a paz e buscá-la por caminhos tortos, que acabam nos distanciando dela ainda mais.
O Espírito Emmanuel, através da mediunidade de Chico Xavier, escreveu, certa feita, uma mensagem que intitulou ação de paz.
Eis o seu conteúdo:
“Aflição condensada é semelhante à bomba de estopim curto, pronta a explodir a qualquer contato esfogueante.
Indispensável saber preservar a tranqüilidade própria, de modo a sermos úteis na extinção dessa ou daquela dificuldade.
Decerto que para cooperar no estabelecimento da paz, não nos seria lícito interpretar a calma por inércia.
Paciência é a compreensão que age sem barulho, em apoio da segurança geral.
Refletindo com acerto, recebe a hora de crise sem qualquer idéia de violência, porque a violência sempre induz ao estrangulamento da oportunidade de auxiliar.
Diante de qualquer informação desastrosa, busca revestir-te com a serenidade possível para que não te transformes num problema, pesando no problema que a vida te pede resolver.
Não afogues o pensamento nas nuvens do pessimismo, mentalizando ocorrências infelizes que provavelmente jamais aparecerão.
Evita julgar pessoas e situações em sentido negativo para que o arrependimento não te corroa as forças do espírito.
Se te encontras diante de um caso de agressão, não respondas com outra agressão, a fim de que a intemperança mental não te precipite na vala da delinqüência.
Pacifica a própria sensibilidade, para que a razão te oriente os impulsos.
Se conservas o hábito de orar, recorre à prece nos instantes difíceis, mas se não possuis essa bênção, medita suficientemente antes de falar ou de agir.
Os impactos emocionais, em qualquer parte, surgem na estrada de todos; guarda, por isso, a fé em Deus e em ti mesmo, de maneira a que não te afastes da paz interior, a fim de que nas horas sombrias da existência possa a tua paz converter-se em abençoada luz.”
As palavras lúcidas de Emmanuel nos sugerem profundas reflexões em torno da nossa ação diária.
Importante que, na busca pela paz não venhamos a ser causadores de desordem e violência.
Criando um ambiente de paz na própria intimidade, poderemos colaborar numa ação efetiva para que a paz reine em nosso lar, primeiramente, e, depois possa se estender mundo afora.
Se uma pessoa estiver permanentemente em ação de paz, o mundo à sua volta se beneficiará com essa atitude.
E se a paz mundial ainda não é realidade em nosso planeta, façamos paz em nosso mundo íntimo. Essa atitude só depende de uma única decisão: a sua.
***
A sua paz interior é capaz de neutralizar o ódio de muitas criaturas.
Se você mantiver acesa a chama da paz em sua intimidade, então podemos acreditar que a paz mundial está bem próxima.
Porque, na verdade, a paz do mundo começa no íntimo de cada um de nós.

Equipe de Redação do Momento Espírita, com base em mensagem do Espírito Emmanuel, do livro Urgência, psicografia de Francisco C. Xavier.

domingo, 29 de maio de 2011

VIVER PELA FÉ


Emmanuel

“Mas o justo viverá pela fé.” — Paulo. (Romanos, capítulo 1, versículo 17.)

Na epístola aos romanos, Paulo afirma que o justo viverá pela fé.
Não poucos aprendizes interpretaram erradamente a assertiva. Supuseram que viver pela fé seria executar rigorosamente as cerimônias exteriores dos cultos religiosos.
Freqüentar os templos, harmonizar-se com os sacerdotes, respeitar a simbologia sectária, indicariam a presença do homem justo. Mas nem sempre vemos o bom ritualista aliado ao bom homem. E, antes de tudo, é necessário ser criatura de Deus, em todas as circunstâncias da existência.
Paulo de Tarso queria dizer que o justo será sempre fiel, viverá de modo invariável, na verdadeira fidelidade ao Pai que está nos céus.
Os dias são ridentes e tranqüilos? tenhamos boa memória e não desdenhemos a moderação.
São escuros e tristes? confiemos em Deus, sem cuja permissão a tempestade não desabaria. Veio o abandono do mundo? o Pai jamais nos abandona. Chegaram as enfermidades, os desenganos, a ingratidão e a morte? eles são todos bons amigos, por trazerem até nós a oportunidade de sermos justos, de vivermos pela fé, segundo as disposições sagradas do Cristianismo. (Emmanuel, Caminho, Verdade e Vida, 23, FCXavier, FEB)

sábado, 28 de maio de 2011

DEUS É QUEM CURA


Alguns homens, quando realizam grandes feitos, costumam encher-se de orgulho.
Chegam a pensar que são infalíveis em sua atuação e creem que tudo podem.
E isso nos recorda do grande mestre e criador da homeopatia, Samuel Cristian Hahnemann. Uma postura de verdadeiro sábio.
Em 1835, chegou a Paris e começou a clinicar, embora o descrédito e o ataque de muitos dos seus colegas alopatas.
Foi então que a filha de Ernest Legouvé, membro da Academia Francesa, famoso escritor da época, adoeceu gravemente.
Um artista de nome Duval foi chamado para fazer um retrato da jovem agonizante. Era a derradeira lembrança que o pai amoroso desejava ter da filha que se despedia da vida.
Concluída a tarefa, executada com as emoções que se pode imaginar, Duval fez ao pai uma pergunta nevrálgica:
Se toda a esperança está perdida, por que o senhor não tenta uma experiência com a nova medicina que tanto alvoroço tem feito?
Por que não consulta o doutor Hahnemann?
Nada havia a perder e o pai chamou o homeopata. Quando o viu, pareceu-lhe estar defronte a um personagem fantástico de contos infantis.
Hahnemann era de baixa estatura, robusto e firme no andar, envolvido em uma capa e apoiado sobre uma bengala com castão de ouro.
Uma cabeça admirável, cabelos brancos e sedosos, lançados para trás e cuidadosamente encaracolados em torno do pescoço.
Com seus olhos de um azul profundo, sua boca imperiosa inquiriu minuciosamente sobre o estado da menina.
Na sequência, pediu que transferissem a enferma para um quarto arejado, abrindo portas e janelas para que ar e luz entrassem abundantes.
No dia seguinte, iniciou o tratamento. Foram dez dias de expectativa e de tensão. Finalmente, a esperança se confirmou. A menina estava salva.
O impacto dessa cura, quase milagrosa, foi enorme, em toda Paris.
Em reconhecimento pela salvação de sua filha, apesar de muitos ainda afirmarem que Hahnemann não passava de um charlatão, Legouvé presenteou o médico com o próprio quadro pintado por Duval.
Era uma obra prima. O criador da Homeopatia a contemplou demoradamente, tomou da pena e escreveu:
Deus a abençoou e salvou.Hahnemann.
Considerava pois a cura uma bênção de Deus, da qual ele não fora mais do que um instrumento.
* * *
Assim são os verdadeiros sábios, os grandes gênios da Humanidade.
Eles sabem que dominam grandes porções do conhecimento. Mas não esquecem de que a inteligência lhes foi dada por Deus, de onde todos emanamos.
Somos os filhos da Suprema Inteligência, que nos permite crescer ao infinito.
Contudo, a Ele cabem todas as bênçãos, permitindo-nos, na qualidade de irmãos uns dos outros, atuar, agir, no grande concerto da criação.
Pensemos nisso e façamos o bem, sempre nos recordando que sem Deus nada podemos.
Redação do Momento Espírita, com base em dados biográficos de Samuel Hahnemann.
Em 25.05.2011.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

A REGRA ÁUREA

 

"Amarás o teu próximo como a ti mesmo." - Jesus. (MATEUS, capítulo 22, versículo 39.)
Incontestavelmente, muitos séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea, trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer, todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor exemplificação de seus expositores.
Diziam os gregos: "Não façais ao próximo o que não desejais receber dele."
Afirmavam os persas: "Fazei como quereis que se vos faça."
Declaravam os chineses: "O que não desejais para vós, não façais a outrem."
Recomendavam os egípcios: "Deixai passar aquele que fez aos outros o que desejava para si."
Doutrinavam os hebreus: "O que não quiserdes para vós, não desejeis para o próximo."
Insistiam os romanos: "A lei gravada nos corações humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo."
Na antigüidade, todos os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo.
Profetas, administradores, juizes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do tempo em vista de seus testemunhos fragmentários.
Com o Mestre, todavia, a Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com virtudes parciais, mas em plenitude de tra balho, abnegação e amor, à claridade das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.

Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caminho, Verdade e Vida. Ditado pelo Espírito Emmanuel. 28 edição. Capítulo 41. Brasília: FEB. 2009.

* * * Estude Kardec * *

quinta-feira, 26 de maio de 2011

ALEGRAR-SE COM O PRÓXIMO




Na vida social, o homem é convidado a partilhar as experiências dos semelhantes.
Em situações as mais diversas, ele presencia o espetáculo das dores e alegrias humanas.
De modo curioso, costuma ser mais fácil participar ativamente das derrotas do que das vitórias alheias.
Ante a fome ou a enfermidade, ordinariamente surge um apelo aos sentimentos mais elevados.
Eles concitam o ser humano a mover as mãos em auxílio, de modo automático e rápido.
Sem dúvida, todo socorro que se oferta a alguém que sofre é valioso.
É interessante, contudo, não se deter em uma análise rasa a respeito dos próprios motivos para agir.
Muitos são solidários na dor, pois assim assumem o papel de benfeitores.
Com essa posição de destaque perante o próximo ou a sociedade, realizam-se interiormente.
Todavia, quando defrontam companheiros em prosperidade, não conseguem se manter em padrão saudável de sentimento e de conduta.
Se o próximo surge em evidência, francamente vitorioso, ralam-se de mágoa injustificada.
Transformam-se em fiscais impenitentes e acusadores severos.
Simplesmente, não conseguem perdoar o sucesso alheio.
Sentem como se isso os diminuísse, de alguma forma.
Passam a acumular profundos e inexplicáveis ressentimentos.
É com azedume e sarcasmo que se referem ao êxito do outro, vencidos de torpe inveja.
Essa forma de sentir e agir revela uma certa infantilidade espiritual.
Trata-se de alguém que quer ser sempre o centro das atenções positivas.
Até convive bem em sociedade, desde que seja sua a posição de realce.
Estende as mãos a quem sofre, mas não movido por genuína misericórdia.
Age antes de mais nada para aparecer, porque gosta de surgir vitorioso e magnânimo.
Quer ser admirado e esse constitui o móvel de seus atos.
Justamente por isso, não suporta quando a admiração deve ser naturalmente dirigida aos outros.
Ocorre que as posições de destaque sempre têm seu preço.
Elas são habitualmente acompanhadas de uma série de desconfortos.
Ora são as farpas da maledicência e do ciúme.
Ora surgem as perseguições sistemáticas disfarçadas de sorrisos.
Também a ausência de amigos legítimos costuma tornar angustiosas as ilusórias horas douradas do homem importante.
Assim, assuma posição diferente.
Sem objetivar qualquer vantagem pessoal, aprenda a se alegrar com o sucesso do próximo.
Seja solidário na dificuldade do seu irmão, mas também participe da alegria dele.
Abdique da posição de fiscal gratuito de quem brilha.
Afinal, ser feliz com a felicidade alheia também é um modo de caridade.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 32 do livro Leis morais da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 03.02.2011.

quarta-feira, 25 de maio de 2011

DISCIPLINA DO PENSAMENTO



Você consegue imaginar quantos pensamentos temos por dia?
Estudiosos informam que temos entre sessenta a noventa e cinco mil pensamentos em vinte e quatro horas.
É uma quantidade realmente muito grande...
Isso significa, por exemplo, que durante esta mensagem poderemos chegar a ter entre duzentos a trezentos e trinta pensamentos!
Trazemos então uma primeira reflexão: Quantos desses tantos pensamentos diários são bons, úteis? Quantos são maus, inúteis?
Infelizmente a maioria deles ainda não pode ser classificada como pensamentos saudáveis e construtivos, porém, existem formas de se disciplinar o pensar, pois bem pensar é a elevada forma de se viver.
Aqui vão alguns ensinamentos importantes a respeito da disciplina do pensamento.
Se meditarmos em assuntos elevados, na sabedoria, no dever, no sacrifício, nosso ser impregna-se, pouco a pouco, das qualidades de nosso pensamento.
É por isso que a prece improvisada, ardente, o impulso da alma para as potências infinitas, tem tanta virtude.
É preciso aprender a fiscalizar os pensamentos, a discipliná-los, a imprimir-lhes uma direção determinada, um fim nobre e digno.
Cada tipo de pensamento tem que ter a sua hora, o seu lugar. Não devemos estar em casa, com a família, e com os pensamentos em outro lugar, como, por exemplo, no ambiente de trabalho.
Cada vez que surja um mau pensamento, essa fiscalização fará com que um alerta se acenda em nós, e tomemos alguma atitude para expulsá-lo o mais rápido possível.
É bom também viver em contato, pelo pensamento, com escritores de gênio, com os autores verdadeiramente grandes de todos os tempos e países, lendo, meditando sobre suas obras, impregnando o nosso ser da substância de suas almas.
É necessário escolhermos com cuidado nossas leituras, depois amadurecê-las e assimilar-lhes a quintessência. Em geral lê-se demais, lê-se depressa e não se medita.
O estudo silencioso e recolhido é sempre fecundo para o desenvolvimento do pensamento. É no silêncio que se elaboram as obras fortes.
Há também a prática de meditar. Na meditação o Espírito se concentra, volta-se para o lado grave e solene das coisas. A luz do mundo espiritual banha-o com suas ondas.
Evitemos as discussões ruidosas, as palavras vãs, as leituras frívolas.
Sejamos sóbrios de jornais, TV e Internet. O contato com essas mídias, fazendo-nos passar continuamente de um assunto para outro, torna o Espírito ainda mais instável.
A alma oculta profundezas onde o pensamento raras vezes desce, porque mil objetos externos ocupam-no incessantemente.
Disciplinar os pensamentos significa disciplinar a vida, e escolher caminhos mais seguros.
Na nascente de todos os atos, palavras e ideias estão os pensamentos. Mudemos a matriz e teremos uma vida renovada e mais feliz.
Lembremo-nos: bem pensar é a elevada forma de viver!

Redação do Momento Espírita com base no cap. XXIV, do livro O problema do ser, do destino e da dor, de Léon Denis, ed. Feb.
Em 24.05.2011.

terça-feira, 24 de maio de 2011

ALEGRAR-SE COM O PRÓXIMO




Na vida social, o homem é convidado a partilhar as experiências dos semelhantes.
Em situações as mais diversas, ele presencia o espetáculo das dores e alegrias humanas.
De modo curioso, costuma ser mais fácil participar ativamente das derrotas do que das vitórias alheias.
Ante a fome ou a enfermidade, ordinariamente surge um apelo aos sentimentos mais elevados.
Eles concitam o ser humano a mover as mãos em auxílio, de modo automático e rápido.
Sem dúvida, todo socorro que se oferta a alguém que sofre é valioso.
É interessante, contudo, não se deter em uma análise rasa a respeito dos próprios motivos para agir.
Muitos são solidários na dor, pois assim assumem o papel de benfeitores.
Com essa posição de destaque perante o próximo ou a sociedade, realizam-se interiormente.
Todavia, quando defrontam companheiros em prosperidade, não conseguem se manter em padrão saudável de sentimento e de conduta.
Se o próximo surge em evidência, francamente vitorioso, ralam-se de mágoa injustificada.
Transformam-se em fiscais impenitentes e acusadores severos.
Simplesmente, não conseguem perdoar o sucesso alheio.
Sentem como se isso os diminuísse, de alguma forma.
Passam a acumular profundos e inexplicáveis ressentimentos.
É com azedume e sarcasmo que se referem ao êxito do outro, vencidos de torpe inveja.
Essa forma de sentir e agir revela uma certa infantilidade espiritual.
Trata-se de alguém que quer ser sempre o centro das atenções positivas.
Até convive bem em sociedade, desde que seja sua a posição de realce.
Estende as mãos a quem sofre, mas não movido por genuína misericórdia.
Age antes de mais nada para aparecer, porque gosta de surgir vitorioso e magnânimo.
Quer ser admirado e esse constitui o móvel de seus atos.
Justamente por isso, não suporta quando a admiração deve ser naturalmente dirigida aos outros.
Ocorre que as posições de destaque sempre têm seu preço.
Elas são habitualmente acompanhadas de uma série de desconfortos.
Ora são as farpas da maledicência e do ciúme.
Ora surgem as perseguições sistemáticas disfarçadas de sorrisos.
Também a ausência de amigos legítimos costuma tornar angustiosas as ilusórias horas douradas do homem importante.
Assim, assuma posição diferente.
Sem objetivar qualquer vantagem pessoal, aprenda a se alegrar com o sucesso do próximo.
Seja solidário na dificuldade do seu irmão, mas também participe da alegria dele.
Abdique da posição de fiscal gratuito de quem brilha.
Afinal, ser feliz com a felicidade alheia também é um modo de caridade.
Pense nisso.

Redação do Momento Espírita, com base no cap. 32 do livro Leis morais da vida, pelo Espírito Joanna de Ângelis, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 03.02.2011

segunda-feira, 23 de maio de 2011

ADMINISTRANDO O MEDO

      
         Recente pesquisa revelou que muitos brasileiros vivem dominados pelo medo.

        Medo que vai desde o de ser assaltado, perder um filho, descobrir que tem uma doença grave, não conseguir pagar as contas, a sofrer um acidente, ter um ataque cardíaco ou perder o parceiro.

        Alguns dos entrevistados revelaram que nem saem de casa ou que, em casa, vivem em sobressalto, ao menor ruído estranho.

        Naturalmente, vivemos num mundo onde há muita violência, maldade e dificuldades.

        Mas é importante se pense um pouco, a fim de não se engrossar o rol dos que vivem sob a injunção do medo, perdendo anos preciosos das próprias vidas.

        Assim, não sofra por antecipação. Algumas pessoas, sugestionáveis, assistem imagens violentas na TV e acham que fatos como aqueles poderão acontecer com alguém da sua família.

        Tomar precauções é recomendável. A ninguém se pede que seja incauto, imprevidente.

        Mas daí a ficar pensando, a toda hora, que algo terrível vai acontecer, será o mesmo que desistir da vida desde agora.

        Pessoas que assim agem podem não se tornar vítimas de acidentes, de assaltos ou de doenças, mas do próprio medo.

        Medo que as manterá infelizes, isoladas.

        Por isso, nunca deixe que o medo o paralise. Faça o que tiver que fazer: ir à escola, às compras, ao templo religioso.

        Se enfrentar medos e preocupações sozinho lhe parecer difícil, procure ajuda. Pode ser de um psicólogo, de grupos de pessoas que sofrem problemas semelhantes ou de um bom amigo.

        E, em vez de se torturar com uma infinidade de contas a pagar, pense mais antes de adquirir o novo eletrodoméstico, de realizar a viagem dos seus sonhos, comprar a roupa da moda.

        Aprenda a viver de acordo com os recursos que dispõe. Dê um passo de cada vez. Planeje férias com antecedência. Programe-se.

        Não gaste tudo que ganha. E, muito menos, não gaste o que ainda não ganhou.

        Não fique pensando em ganhar na loteria, na sena, na loto, no programa televisivo. Trabalhe e sinta orgulho de poder, com seu próprio esforço, ir adquirindo o de que necessita.

        Em vez de ficar pensando na possibilidade de se manifestar essa ou aquela doença terrível, opte por fazer check-up anual.

        Não espere para ir ao médico somente quando a dor o atormente, um problema de saúde se manifeste.

        Procure o médico para saber se está tudo bem com você. Faça exames. Pratique exercícios sob supervisão.

        Ande até a panificadora, em vez de ir sempre de carro. Pratique jardinagem, lave o carro.

        Pense, sobretudo, positivamente: Deus protege a minha vida. Sou abençoado por Deus. Sou filho de Deus.

        Trabalhe com alegria, ganhando as horas. Não transforme o seu ambiente profissional em um cárcere de torturas diárias.

        Sorria mais. Faça amigos. Converse com os amigos. Estabeleçam, entre vocês, um cuidado mútuo.

        Isso no que se refere a você, aos seus filhos, ao seu patrimônio.

        Unidos seremos fortes.

        Enfim, não tenha medo do medo. Ele é um legado saudável e protetor. Mas se torna um problema quando fica exagerado ou irracional.
* * *
        Mantenha sua confiança em Deus, que governa o mundo e zela por sua vida.

        De todos os medos o que mais o deve preocupar é o de perder a presente reencarnação, por comodismos e invigilância.

        E para este, a melhor solução é realizar, a cada dia, o melhor de si, entregando-se a Deus.
Redação do Momento Espírita com base no artigo
Você tem medo de quê?, da
Revista Seleções do
Reader´s Digest, de fevereiro de 2006.
Em 02.05.2008.

sábado, 21 de maio de 2011

AGIR OU REAGIR?

 

  Vez ou outra ela nos atinge. É a violência que vige nas almas e se exterioriza em palavras e ações grosseiras.

        Por vezes, a impressão que se tem é que a grande maioria dos seres anda armada contra seu semelhante.

        São funcionários em estabelecimentos comerciais ou serviços públicos que parecem abarrotados de tarefas e, por isso mesmo, estressados.

        Basta que se lhes peça uma pequena coisa a mais e pronto: lá vem uma resposta grosseira, que soa como um desabafo.

        Às vezes, o que diz o funcionário não é verdadeiramente grosseiro, mas o tom de voz ou a inflexão que imprime aos seus vocábulos, agride.

        São clientes que aguardam o atendimento nota dez e reclamam por ele não se apresentar.

        Assim, em consultórios, é bastante comum se ouvir reclamações acerca do atraso do profissional. E quem ouve são as recepcionistas, as atendentes.

        O próprio telefone tem se tornado uma arma violenta, na boca de uns tantos. Através dele, as criaturas se permitem gritar, esbravejar e dizer palavras que, normalmente, face a face, corariam de vergonha em utilizar.

        Por tudo isso é deveras importante que principiemos a nos exercitar para agir nas mais intrincadas situações, a fim de evitar cedermos à onda de agressividade e má educação, que parece levar de roldão a quase todos.

        Usar expressões mágicas como: Por favor. Seria possível? Poderia me fazer a gentileza? Com licença funcionam muito bem.

        Contudo, preparar-se para desarmar quem agride, é imprescindível, mesmo para se evitar ser envolvido em situações constrangedoras.

        Ante um funcionário que reclama do que lhe é solicitado, de bom alvitre solidarizar-se com ele, com frases como: Dificultosa esta sua tarefa, não é? Ou Deve estar sendo um dia difícil, não é mesmo?

        Perante o cliente enfadado pela demora de mercadoria não recebida, do horário não respeitado, mostrar-se disposto a ajudar, verificar as razões da demora e informar com paciência.

        Temos, de um modo geral, medo de pedir desculpas pois acreditamos que isto significa estar assumindo um erro, que nem sempre é nosso.

        Mas na verdade, desculpar-se significa tomar ciência da frustração do cliente e atender a sua reclamação.

        Em todo momento, buscar soluções é melhor do que perder tempo com discussões e resolver os problemas, antes que mais se agravem.

        Promover a paz nem sempre significa sentar-se à mesa internacional das negociações para decidir sobre a extinção de minas terrestres, de armas nucleares.

        Mas, com certeza, quer dizer desarmar-se, amar-se e amar o próximo, propondo e dispondo a calma, a sensatez e o entendimento.
*   *   *
        Jesus, no Sermão da Montanha, declarou que seriam bem-aventurados os pacíficos, porque seriam chamados filhos de Deus.

        Pacífico significa amigo da paz.

        Paz é condição intrínseca da criatura, que se reflete em suas atitudes, dissertando da harmonia de que se reveste, não podendo ser alcançada senão à custa da disciplina e de férrea vontade.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. 5, versículo 9
do Evangelho de Mateus e no artigo Só discute quem quer,
da revista Seleções do Reader´s Digest, de junho de 1997.
Em 24.07.2008.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

ABNEGAÇÃO



         A evolução espiritual é um fenômeno bastante complexo, que se dá em sucessivas fases.

         No começo, predomina a natureza corpórea.

         Dominada pelos instintos, a criatura dedica seu tempo e seu interesse a atividades comezinhas.

         Comer, vestir-se, abrigar-se, procriar e cuidar da prole, eis a que se resumem suas preocupações.

         Nesse período, o egoísmo é marcante.

         Os instintos de conservação da vida e da preservação da espécie têm absoluta preponderância.

         Com o tempo, o ser começa a desvincular-se de sua origem.

         A inteligência se desenvolve, o raciocínio se sofistica e o senso moral desabrocha.

         As invenções tornam possível gastar tempo com questões não diretamente ligadas à sobrevivência.

         Viver deixa de ser tão difícil, sob o prisma material.

         Em compensação, começam os dilemas morais.

         Com a razão desenvolvida, a responsabilidade surge forte nos caminhos espirituais.

         O que antes era admissível passa a ser um escândalo.

         A sensibilidade se apura e a criatura aspira por realizações intelectuais e afetivas.

         Essa nova sensibilidade também evidencia que o próximo é seu semelhante, com igual direito a ser feliz e realizado.

         Gradualmente se evidencia a igualdade básica entre todos os homens.

         Malgrado possuidores de talentos e valores diversos, não se distinguem no essencial.

         Uma chama divina os anima e a todos conduzirá aos maiores cimos da evolução.

         Contudo, o abandono dos hábitos toscos das primeiras vivências não é fácil.

         Séculos são gastos na árdua tarefa de domar vícios e paixões.

         As encarnações se sucedem enquanto o Espírito luta para ascender.

         O maior entrave para a libertação das experiências dolorosas é o egoísmo, que possui forte vínculo com o apego às coisas corpóreas.

         Quanto mais se aferra aos bens materiais, mais o homem demonstra pouco compreender sua natureza espiritual.

         O Espírito necessita libertar-se do apego a coisas transitórias.

         Apenas assim ele adquire condições de viver as experiências sublimes a que está destinado.

         Quem deseja sair do primitivismo deve combater o gosto pronunciado pelos gozos da matéria.

         O melhor meio para isso é praticar a abnegação.

         Trata-se de uma virtude que se caracteriza pelo desprendimento e pelo desinteresse.

         A ação abnegada importa na superação das tendências egoístas do agente.

         Age-se em benefício de uma causa, pessoa ou princípio, sem visar a qualquer vantagem ou interesse pessoal.

         Certamente não é uma virtude que se adquire a brincar.

         Apenas com disciplina e determinação é que ela se incorpora ao caráter.

         Mas como ninguém fará o trabalho alheio, é preciso principiar em algum momento.

         Comece, pois, a praticar a abnegação.

         Esforce-se em realizar uma série de atitudes com foco no próximo.

         Esqueça a sua personalidade e pense com interesse no bem alheio.

         Esse esforço inicial não tardará a dar frutos.

         O gosto pelo transitório lentamente o abandonará.

         Ele será substituído pelos prazeres espirituais.

         Você descobrirá a ventura de ser bondoso, de amparar os caídos e de ensinar os ignorantes.

         Esses gostos suaves e transcendentes o conduzirão a esferas de sublimes realizações.

         Pense nisso.
Redação do Momento Espírita.
Em 25.02.2008.

quinta-feira, 19 de maio de 2011

ACOMODAÇÃO





O progresso da civilização trouxe consigo muitas facilidades, isso é incontestável.
As comunicações são instantâneas. Ficamos sabendo de tudo o que acontece no mundo, no momento em que está ocorrendo.
Com as conexões via Internet, qualquer pessoa pode navegar pelo mundo apenas acionando algumas teclas.
Jornais, revistas e outras tantas mercadorias chegam em nossas casas, sem que precisemos sair para comprá-los.
Através da TV por assinatura vários canais de televisão do mundo inteiro estão ao nosso alcance. Temos acesso a filmes, documentários e outras diversões apenas acionando alguns botões.
O serviço de entregas por telefone é bem aceito pela população. Proliferam as ofertas, ampliando-se cada vez mais a gama de produtos. São flores, CDs, remédios, alimentos e outras tantas mercadorias que chegam às nossas portas depois de ligeiro telefonema.
São as facilidades modernas que, sem dúvida alguma, o progresso trouxe para o conforto geral.
Todavia, enquanto nos beneficiamos com tais facilidades, nos permitimos a acomodação perniciosa.
A acomodação provoca o estacionamento do Espírito, enquanto ser imortal, criado para o progresso constante.
É ótimo que aproveitemos as facilidades que nos são oferecidas no campo material, mas é imprescindível que busquemos alcançar novos degraus no campo espiritual.
É importante que saibamos empregar bem o tempo que a tecnologia nos poupa.
Mais será cobrado de quem mais tiver. Essa é a afirmativa de Jesus.
Tudo o que nos chega como benefício, são recursos permitidos pela Divindade. Não são fins, mas meios de progresso.
Lutemos, pois, para que não sejamos dominados pela acomodação. Busquemos desenvolver a nossa Espiritualidade. Somos seres imortais e uma outra realidade nos aguarda logo mais, no além-túmulo.
Atentemos também para nossos filhos. Incentivando-os à leitura edificante,  não os deixemos cair nas teias da acomodação, da preguiça, do marasmo.
Com todo nosso afeto mostremos a eles que fazemos parte de uma sociedade e que todos somos interdependentes.
Digamos a eles que, para a construção de uma sociedade melhor, é necessário que todos contribuam ativamente com seu tijolo de amor, ainda que pequeno, mas de suma importância.
Utilizar bem o tesouro das horas, em nosso e em benefício dos que nos rodeiam, eis a grande decisão que nos cabe.
Exercitar a alma, disciplinando as emoções, treinando a paciência, o perdão, a humildade, para que nosso perfil seja condizente com nossos anseios superiores.
Enfim, fazer luz em nossa intimidade e afastar as trevas da acomodação atrevida que teima em se fazer presente em nossas vidas.
*   *   *
Nosso pensamento não para nunca.
É por esse motivo que muitas pessoas, mesmo em idade avançada, ficam lúcidas. É porque nunca se deixaram levar pela acomodação paralisante.
Ao contrário, as que acham que nada mais podem fazer e dão por cumprida sua etapa, têm o cérebro atrofiado e a esclerose se manifesta mais cedo.
Assim, importa que mantenhamos o cérebro e as mãos sempre ocupados com coisas positivas para que a lucidez não nos abandone jamais.

Redação do Momento Espírita.
Em 25.04.2011.

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O SAL DA TERRA



Inúmeros são os relatos daqueles que dizem ter visto anjos, santos. Ao longo da história, alguns desses videntes foram tidos como loucos ou alucinados.
Durante a Idade Média, eram tidos por bruxos e fogueiras foram alimentadas com seus corpos, toda vez que insistiam em afirmar a veracidade das suas visões.
Na França do século XV, uma menina de treze anos passou a ter visões. Chamava-se Joana e viria a se tornar a heroína da França.
De uma França destroçada pela ausência de amor patriótico, que ela bem soube reacender nas almas.
Joana d'Arc identificava especialmente três dos Espíritos que lhe apareciam como sendo Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel.
Sabe-se que São Miguel nunca declarou a ela se chamar assim. É ela que o denomina dessa forma.
Talvez por ele lhe aparecer trajado da forma que vira, na igreja de sua infância, onde ia orar diariamente, a imagem de pedra como sendo dessa personalidade.
Quanto à Santa Catarina e Santa Margarida, essas são designadas a Joana pelo próprio São Miguel.
Durante os interrogatórios a que foi submetida em seu processo de condenação, ela afirmou: Vi São Miguel e os anjos com os olhos do meu corpo, tão perfeitamente como vos vejo.
E, quando se afastavam de mim, eu chorava e bem quisera que me levassem consigo.
Mas ela não somente vê e ouve maravilhosamente essas criaturas, como também as sente pelo tato e pelo olfato.
Toquei em Santa Catarina, que me apareceu visivelmente. E, referindo-se às duas santas, continua: Abracei-as ambas. Rescendiam perfumes. É bom se saiba que rescendiam perfumes.
Certa feita, quando lhe perguntaram se esses santos da igreja lhe apareciam nus, de uma forma inteligente, ela contra-argumenta:
Por que me indagais isso? Acreditais que Deus não teria com que vesti-los?
Aqueles que têm visões se referem a indumentárias simples, desataviadas, como uma grande veste branca. Outros descrevem com detalhes roupas e adereços, próprios da época em que viveram os personagens que se lhes apresentam à visão.
Deveria transcorrer o tempo e revelações da própria Espiritualidade nos serem feitas, para que pudéssemos entender um pouco mais a respeito desse mundo espiritual, de onde viemos e para onde retornaremos.
Não existe o vácuo, o vazio em parte alguma. Tudo está cheio do hálito de Deus, fluido Universal.
E é desse fluido que, ao sabor da própria vontade, cada Espírito se serve para reproduzir as vestes que deseja, sobretudo, quando se mostra à visão mediúnica, a fim de ser identificado.
Bem tinha razão a jovem heroína em afirmar que Deus tinha com que vestir os Espíritos.
E, em palavras simples, nos ensinou que o mundo espiritual é de grande riqueza, superando em muito as tantas que conhecemos no planeta que habitamos.
É um mundo de ação, beleza, perfumes. Um mundo que nos cerca e que convive conosco, os que transitamos pela carne, temporariamente.
Um mundo povoado de seres que por nós velam e nos protegem.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 4 e 11 do livro Joana d’Arc (médium), de Léon Denis, ed. Feb.
Em 28.04.2011.

terça-feira, 17 de maio de 2011

A VESTE DO ESPÍRITO



Inúmeros são os relatos daqueles que dizem ter visto anjos, santos. Ao longo da história, alguns desses videntes foram tidos como loucos ou alucinados.
Durante a Idade Média, eram tidos por bruxos e fogueiras foram alimentadas com seus corpos, toda vez que insistiam em afirmar a veracidade das suas visões.
Na França do século XV, uma menina de treze anos passou a ter visões. Chamava-se Joana e viria a se tornar a heroína da França.
De uma França destroçada pela ausência de amor patriótico, que ela bem soube reacender nas almas.
Joana d'Arc identificava especialmente três dos Espíritos que lhe apareciam como sendo Santa Catarina, Santa Margarida e São Miguel.
Sabe-se que São Miguel nunca declarou a ela se chamar assim. É ela que o denomina dessa forma.
Talvez por ele lhe aparecer trajado da forma que vira, na igreja de sua infância, onde ia orar diariamente, a imagem de pedra como sendo dessa personalidade.
Quanto à Santa Catarina e Santa Margarida, essas são designadas a Joana pelo próprio São Miguel.
Durante os interrogatórios a que foi submetida em seu processo de condenação, ela afirmou: Vi São Miguel e os anjos com os olhos do meu corpo, tão perfeitamente como vos vejo.
E, quando se afastavam de mim, eu chorava e bem quisera que me levassem consigo.
Mas ela não somente vê e ouve maravilhosamente essas criaturas, como também as sente pelo tato e pelo olfato.
Toquei em Santa Catarina, que me apareceu visivelmente. E, referindo-se às duas santas, continua: Abracei-as ambas. Rescendiam perfumes. É bom se saiba que rescendiam perfumes.
Certa feita, quando lhe perguntaram se esses santos da igreja lhe apareciam nus, de uma forma inteligente, ela contra-argumenta:
Por que me indagais isso? Acreditais que Deus não teria com que vesti-los?
Aqueles que têm visões se referem a indumentárias simples, desataviadas, como uma grande veste branca. Outros descrevem com detalhes roupas e adereços, próprios da época em que viveram os personagens que se lhes apresentam à visão.
Deveria transcorrer o tempo e revelações da própria Espiritualidade nos serem feitas, para que pudéssemos entender um pouco mais a respeito desse mundo espiritual, de onde viemos e para onde retornaremos.
Não existe o vácuo, o vazio em parte alguma. Tudo está cheio do hálito de Deus, fluido Universal.
E é desse fluido que, ao sabor da própria vontade, cada Espírito se serve para reproduzir as vestes que deseja, sobretudo, quando se mostra à visão mediúnica, a fim de ser identificado.
Bem tinha razão a jovem heroína em afirmar que Deus tinha com que vestir os Espíritos.
E, em palavras simples, nos ensinou que o mundo espiritual é de grande riqueza, superando em muito as tantas que conhecemos no planeta que habitamos.
É um mundo de ação, beleza, perfumes. Um mundo que nos cerca e que convive conosco, os que transitamos pela carne, temporariamente.
Um mundo povoado de seres que por nós velam e nos protegem.

Redação do Momento Espírita, com base nos caps. 4 e 11 do livro Joana d’Arc (médium), de Léon Denis, ed. Feb.
Em 28.04.2011.

sábado, 14 de maio de 2011

GENEROSIDADE







Não raro, encontramos pessoas gentis no trato social. São aquelas que se preocupam em respeitar os direitos do próximo, em desenvolver seu espírito de cidadania, em buscar palavras e gestos amáveis para com os demais.
Também, com felicidade, encontramos pessoas educadas nas nossas relações sociais. São os companheiros que se fazem atenciosos, que se preocupam com pequenos gestos, como o saudar aos mais velhos, ceder o espaço para a senhora grávida ou apenas dar um telefonema para o conhecido para ter notícias.
Porém, quantas pessoas conseguem ser generosas? Se a gentileza e a educação nascem do respeito ao próximo, se desenvolvem no espírito de cidadania e convivência, a generosidade nasce no coração de quem está pronto para amar fraternalmente.
Vamos encontrar a generosidade no amigo que consegue compreender nossa falta quando esquecemos seu aniversário, e, ao encontrá-lo mais tarde, ao invés de nos cobrar o esquecimento, simplesmente nos oferece o coração aberto e espontâneo de sempre.
Será fruto da generosidade da alma quando não necessitamos, nem esperamos por um agradecimento, após ter feito um favor a alguém, pois o simples fato de poder ajudar a quem nos pediu nos é suficiente para preencher o coração com satisfação, sem aguardarmos nenhum tipo de reconhecimento.
E estaremos prontos para que a generosidade seja nossa companhia quando, tendo razão frente a uma contenda de grande importância ou a uma disputa por nonadas, sejamos capazes de abrir mão de reivindicar nossos direitos, em nome da paz e da boa convivência.
Jesus nos aconselha a cultivar a generosidade no coração quando afirma que se alguém nos convidar a dar mil passos, caminhemos dois mil se necessário. E, se outro nos pedir a capa, que também ofereçamos a túnica.
Muitas vezes, pensamos que generoso é aquele capaz de abrir os cofres e distribuir o muito que tem, quando, não raro, esse muito nem falta lhe fará.
A verdadeira generosidade nasce no coração que é capaz de olhar o próximo e o mundo com complacência e compreensão, sabendo que todos estamos sujeitos a erros, tropeços e enganos.
Seremos generosos quando estivermos despreocupados em conjugar o verbo ter... Ter algo, ter razão, ter alguém, pois nossas preocupações serão as de oferecer... a gentileza, a amizade, a companhia, a compreensão.
Claro que poderemos ensaiar os primeiros passos de generosidade tocando o bolso, para oferecer aquilo que nos sobra aos que têm tão pouco.
Porém, poderemos sempre investir mais e permitir que a generosidade ganhe espaço em nosso mundo íntimo, quando formos capazes de esquecer um tanto de nossas vontades, nossas razões, nossos anseios, para simplesmente semearmos, nos caminhos alheios, as flores perfumadas com a brisa da fraternidade.
*   *   *
Todos os que estendem mãos invisíveis para sustentar vidas, instituições nobres, são semeadores dos tempos novos.
Graças a eles muitos vivem, outros sobrevivem. Alguns despertam da tristeza, inúmeros os imitam, seguindo-lhes as pegadas.
Semeadores generosos, anônimos, perseverantes. Servidores de Jesus.
Que tal aderirmos à generosidade nós também?

Redação do Momento Espírita.
Em 29.04.2011.