quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Culto Cristão no Lar


 

O culto do Evangelho no lar não é uma inovação. É uma necessidade em toda parte onde o Cristianismo lance raízes de aperfeiçoamento e sublimação. A Boa-Nova seguiu da Manjedoura para as praças públicas e avançou da casa humilde de Simão Pedro para a glorificação no Pentecostes. A palavra do Senhor soou, primeiramente, sob o teto simples de Nazaré e, certo, se fará ouvir, de novo, por nosso intermédio, antes de tudo, no círculo dos nossos familiares e afeiçoados, com os quais devemos atender às obrigações que nos competem no tempo.
Quando o ensinamento do Mestre vibre entre as quatro paredes de um templo doméstico, os pequeninos sacrifícios tecem a felicidade comum.
A observação impensada é ouvida sem revolta.
A calúnia é isolada no algodão do silêncio.
A enfermidade é recebida com calma.
O erro alheio encontra compaixão.
A maldade não encontra brechas para insinuar-se.
E aí, dentro desse paraíso que alguns já estão edificando, a benefício deles e dos outros, o estímulo é um cântico de solidariedade incessante, a bondade é uma fonte inexaurível de paz e entendimento, a gentileza é inspiração de todas as horas, o sorriso é a sombra de cada um e a palavra permanece revestida de luz, vinculada ao amor que o Amigo Celeste nos legou.
Somente depois da experiência evangélica do lar, o coração está realmente habilitado para distribuir o pão divino da Boa-Nova, junto da multidão, embora devamos o esclarecimento amigo e o conselho santificante aos companheiros da romagem humana, em todas as circunstâncias.
Não olvidemos, assim, os impositivos da aplicação com o Cristo, no santuário familiar, onde nos cabe o exemplo de paciência, compreensão, fraternidade, serviço, fé e bom ânimo, sob o reinado legítimo do amor, porque, estudando a Palavra do Céu em quatro Evangelhos, que constituem o Testamento da Luz, somos, cada um de nós, o quinto Evangelho inacabado, mas vivo e atuante, que estamos escrevendo com os próprios testemunhos, a fim de que a nossa vida seja uma revelação de Jesus, aberta ao olhar e à apreciação de todos, sem necessidade de utilizarmos muitas palavras na advertência ou na pregação.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Luz no Lar. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 1. FEB.
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segunda-feira, 14 de novembro de 2011

COMEÇAR OUTRA VEZ



Alma querida, escuta!... Entre os lances do mundo,
Se escorregaste à beira do caminho
E caíste, talvez, em pleno desalinho,
Na sombra que te faz descrer ou desvairar,
Ante a dor que visita, a renovar-te anseios,
Não desprezes pensar! ... Levante-te e confia,
Porque a vida te pede, abrindo-te outro dia:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Ergue-te regressando à estrada justa,
Contempla a terra amiga em derredor,
Vê-la-ás, pormenor em pormenor,
Por mãe que sofra e sangra, a recriar ...
Medita na semente à sós, que o lavrador sepulta...
Quando alguém a supõe, humilhada e indefesa,
Ressurge em brilho verde, ouvindo a Natureza:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Fita o perfurador rasgando as entranhas da gleba;
O homem que o maneja, a golpes persistentes,
Pesquisa, sem cessar, todos os continentes,
Do deserto escaldante aos recessos do mar...
E eis que a lama oleosa, esquecida há milênios,
Trazida à flor do chão, é ouro e combustível,
Que o progresso conclama em ordem de alto nível:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Toda força lançada em desvalia
Quando erguida, de novo, em apoio de alguém,
Retoma posição no serviço do bem,
Utilidade viva a circular...
Olha a pedra moída, em função do cimento
E o barro que assegura a gestação do trigo,
Falando a todos nós, em tom seguro e amigo:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

Assim também, alma fraterna e boa,
Se caíste em momentos infelizes,
Não te abatas, nem te marginalizes,
Levanta-te e retoma o teu próprio lugar!...
Aceita os grilhões das provas necessárias,
Esquece, age, abençoa, adianta-te e lida,
E escutarás a voz da Lei de Deus na vida:
- Começar outra vez, trabalhar, trabalhar!...

pelo Espírito Maria Dolores - Do livro: Vida em Vida, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

sábado, 12 de novembro de 2011

CRÍTICA

 

Diante dos acontecimentos chocantes do dia-a-dia e face a determinados comportamentos equivocados que recebem aplauso geral, vem-te a tentação de criticar.
Algumas palavras bem colocadas, e serão suficientes para desmascarar mandatários inescrupulosos e indivíduos subservientes de conduta vil.
Quase todas as pessoas do círculo onde eles se movimentam, conhecem- lhes as falhas. Não obstante, sorriem com falsa anuência em relação à sua forma de viver, quase os detestando.
*
Tu, que procuras ser honesto contigo mesmo e com o teu próximo, ficas magoado, desejoso de te referires às deficiências que caracterizam essas pessoas e esses fatos.
Este procedimento em nada ajudará aos criticados, que se irritarão, carregando-se de ódio contra ti e passando a perseguir-te, piorando a própria situação.
A crítica ácida, inspirada pela revolta ou pelo ressentimento, não contribui para a mudança delas ou das ocorrências examinadas.
Ninguém gosta de sofrer críticas, mesmo quando merecidas.
*
A palavra gentil de ajuda e de esclarecimento produz melhor efeito do que a acusação, irada, a censura severa.
A tua melhor maneira de criticar o erro será agir com acerto, diferenciando-te pela forma de atuar, em relação àquele que se comporta irregularmente.
A força da retidão se expressa pela conduta, muito mais do que através das palavras.
Evita a crítica, forma sutil de vingança e, não raro, de despeito sórdido.
A tua vida deve tornar-se uma lição viva de correção e dignidade, sem que estejas apontando os erros e debilidades alheios.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 28. LEAL.
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Crítica

Diante dos acontecimentos chocantes do dia-a-dia e face a determinados comportamentos equivocados que recebem aplauso geral, vem-te a tentação de criticar.
Algumas palavras bem colocadas, e serão suficientes para desmascarar mandatários inescrupulosos e indivíduos subservientes de conduta vil.
Quase todas as pessoas do círculo onde eles se movimentam, conhecem- lhes as falhas. Não obstante, sorriem com falsa anuência em relação à sua forma de viver, quase os detestando.
*
Tu, que procuras ser honesto contigo mesmo e com o teu próximo, ficas magoado, desejoso de te referires às deficiências que caracterizam essas pessoas e esses fatos.
Este procedimento em nada ajudará aos criticados, que se irritarão, carregando-se de ódio contra ti e passando a perseguir-te, piorando a própria situação.
A crítica ácida, inspirada pela revolta ou pelo ressentimento, não contribui para a mudança delas ou das ocorrências examinadas.
Ninguém gosta de sofrer críticas, mesmo quando merecidas.
*
A palavra gentil de ajuda e de esclarecimento produz melhor efeito do que a acusação, irada, a censura severa.
A tua melhor maneira de criticar o erro será agir com acerto, diferenciando-te pela forma de atuar, em relação àquele que se comporta irregularmente.
A força da retidão se expressa pela conduta, muito mais do que através das palavras.
Evita a crítica, forma sutil de vingança e, não raro, de despeito sórdido.
A tua vida deve tornar-se uma lição viva de correção e dignidade, sem que estejas apontando os erros e debilidades alheios.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 28. LEAL.

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terça-feira, 8 de novembro de 2011

Sem Tais Armas

 

Sem boas maneiras, você viverá desamparado da confiança dos outros.
*
Sem fortaleza, sucumbirá aos primeiros obstáculos do caminho.
*
Sem fé positiva, vagueará sem rumo.
*
Sem devotar-se ao bem, experimentará terrível endurecimento.
*
Sem exemplos nobres, passará inutilmente pelo mundo.
*
Sem trabalho digno, o tédio apodrecerá suas energias.
*
Sem esforço próprio, jamais alcançará as portas do Alto.
*
Sem esperança, suas noites terrestres serão mais escuras.
*
Sem compreensão, dolorosa lhe será a jornada, através das sombras.
*
Sem espírito de renúncia, você não educará a ninguém.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

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domingo, 6 de novembro de 2011

Mansidão e Piedade

 

Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.
Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.
Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.
Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.
Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção, não te descures da mansidão nem da piedade.
Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.
Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão da piedade.
Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.
Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos, persevera com mansidão e trabalha com piedade.
Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.
A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.
A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou seqüelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.
A mansidão acalma; a piedade socorre.
Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.
A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.
"Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Otimismo. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.

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sábado, 5 de novembro de 2011

Piedade em Casa



 

Não aguardes as ocorrências da dor para desabotoares a flor da piedade no coração.
Sê afável com os teus, sê gentil em casa, sê generoso onde estiveres.
No lar, encontrarás múltiplas ocasiões, cada dia, para o cultivo da celeste virtude.
Tolera, com calma silenciosa, a cólera daqueles que vivem sob o teto que te agasalha.
Não pronuncies frases de acusação contra o parente que se ausentou por algumas horas.
Não te irrites contra o irmão enganado pela vaidade ou pelo orgulho que se transviou nos vastos despenhadeiros da ilusão.
Na tarefa de esposo, desculpa a fraqueza ou a exasperação da companheira, nos dias cinzentos da incompreensão; e, no ministério da esposa, aprende a perdoar as faltas do companheiro e a esquecê-las, a fim de que ele se fortaleça no crescimento do bem.
Se és pai ou mãe, compadece-te de teus filhos, quando estejam dominados pela indisciplina ou pela cegueira; e, se és filho ou filha, ajuda aos pais, quando sofram nos excessos de rigorismo ou na intemperança mental.
Compreende o irmão que errou e ajuda-o para que não se faça pior, e capacita-te de que toda revolta nasce da ignorância para que as tuas horas no lar e no mundo sejam forças de fraternidade e de auxílio.
Quando estiveres à beira da impaciência ou da ira, perdoa setenta vezes sete vezes e adota o silêncio por gênio guardião de tua própria paz.
Compadece-te sempre.
Se tudo é desespero e conturbação, onde te encontras, compadece-te ainda, ampara e espera, sem reclamar.
Guarda a piedade, entre as bênçãos do trabalho.
Habituemo-nos a ignorar todo o mal, fazendo todo o bem ao nosso alcance.
A piedade do Senhor, nas grandes crises da vida, transformou-se em perdão com bondade e em ressurreição com serviço incessante pelo soerguimento do mundo inteiro.
Emmanuel. Da obra: Alvorada do Reino. IDEAL.
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sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Mansidão e Piedade

 

Se caminhas sob chuvas de impropérios e maldições, cultiva a mansidão e exercita a piedade.
Se atravessas provas rudes, assoalhadas por aflições contínuas, guarda-te na mansidão e desenvolve a piedade.
Se sofres agressões prolongadas, que se não justificam, permanece com mansidão e desenvolve a piedade.
Se tombas nas ciladas bem urdidas, propostas por adversários encarnados ou não, mantém-te em mansidão e esparze a piedade.
Se te açodam circunstâncias rudes e tudo parece conspirar contra tuas lutas de redenção, não te descures da mansidão nem da piedade.
Aclamado pelo entusiasmo passageiro de amigos ou admiradores, sustenta a mansidão e insiste na piedade.
Guindado a posições de relevo transitório e requestado pelo momento de ilusão, não te afaste da mansidão da piedade.
Carregado de êxitos terrenos e laureado por enganosas situações, envolve-te na mansidão e não te distancies da piedade.
Recomendado pelas pessoas proeminentes ou procurado pelos triunfos humanos, persevera com mansidão e trabalha com piedade.
Mansidão e piedade em qualquer circunstância, sempre.
A mansidão coloca-te interiormente indene à agressividade dos que se comprazem no mal e a piedade envolve-os em vibrações de amor.
A mansidão faz-te compreender que necessitas de crescimento espiritual e, por enquanto, a dor ainda se torna instrumento educativo. A piedade evita que mágoas ou seqüelas de aborrecimento tisnem os teus ideais de enobrecimento.
A mansidão acalma; a piedade socorre.
Com mansidão seguirás a trilha da humildade e com a piedade prosseguirás retribuindo com o bem a todo e qualquer mal.
A mansidão identifica o cristão e a piedade fala das suas conquistas interiores.
"Bem-aventurados os mansos e pacificadores - ensinou Jesus - porque eles herdarão a Terra"... feliz do continente da alma imortal.
Franco, Divaldo Pereira. Da obra: Otimismo. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis.
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segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Filosofia de Compreensão


No transcurso de um dia, não faltam motivos para revides, agressões, quedas morais.
Uma pessoa desatenta choca-se contigo e não se desculpa.
Outra, irreverente, diz-te um doesto e segue, sorrindo.
Mais alguém, em desequilíbrio, não oculta a animosidade que lhe inspiras.
Outrem mais, de quem sabes que te censura, e, mentindo contra ti, acusa- te, levianamente...
Tens vontade de reagir.
"Também sou humano" - costumas pensar.
Somente que reações semelhantes àquelas não resolvem o problema.
Deves nivelar-te às pessoas, pelas suas conquistas e títulos de enobrecimento, numa linha superior, e não pela sua mesquinhez.
Ninguém passa, na Terra, sem provar a taça da incompreensão.
Cada qual julga os outros pelos próprios critérios, mediante a sua forma de ser, como é natural.
O que se não possui, é desconhecido; portanto, difícil de identificado noutrem.
*
Não é necessário que se te despersonalizes evitando apresentar-te conforme és.
Faz-se mister que te superes vencendo a parte negativa do teu caráter, aquela que censuras nos outros.
Lapidando as tuas arestas, tornar-te-ás melhor e mais feliz.
Aqueles que são exigentes, que gostam de aclarar tudo, resolver as situações que lhes surgem, padecem de distúrbios emocionais, sofrem ulcerações gástricas e duodenais, vivem indispostos.
Será que esses perturbadores e insolentes do caminho merecem que te desarmonizes?
Segue em paz, durante todo o teu dia, e arrima-te na filosofia da compreensão e da solidariedade, ajudando-os, sem reagires contra eles.
Isto será melhor para ti e para todos.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 26. LEAL.
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domingo, 30 de outubro de 2011

CADA AVE EM SEU NINHO




O mal reside na furna da ignorância.

O ódio respira nas trincheiras da discórdia.

A inveja mora no deserto da insatisfação.

A tristeza improdutiva desabrocha no abismo do desânimo.

A perturbação cresce no precipício do dever não cumprido.

O desequilíbrio desenvolve-se no despenhadeiro da intemperança.

A crueldade nasce no pedregulho da dureza espiritual.

A maledicência brota no espinheiral da irreflexão.

A alegria reside no coração que ama e serve.

A tranqüilidade não se aparta da boa consciência.

A fé reconforta-se no templo da confiança.

A solidariedade viceja no santuário da simpatia.

A saúde vive na submissão à Lei Divina.

O aprimoramento não se separa do serviço constante.

O dom de auxiliar mora na casa simples e acolhedora da humildade.

Cada ave em seu ninho, cada cousa em seu lugar.

Há muitas moradas para nossa alma sobre a própria Terra.

Cada criatura vive onde lhe apraz e com quem lhe agrada.

Procuremos a estrada do verdadeiro bem que nos conduzirá à felicidade perfeita, de vez que, segundo o ensinamento do Evangelho, cada espírito tem o seu tesouro de luz ou o seu fardo de sombra, onde houver colocado o próprio coração.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Construção do Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier

sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Moeda e Vida


Ouviste dizer que essa ou aquela moeda de tuas possibilidades terá procedido das cogitações de um avarento; no entanto, ainda hoje conseguirás com ela atender a compromisso justo, ou, então, empregá-la a fim de recuperar a paz de algum companheiro que a necessidade vergasta.
Noutras ocasiões, há quem afirme que os teus recursos monetários são remanescentes de esferas outras, nas quais o prazer enfermiço se demora gerando desvarios do pensamento, mas podes, de imediato, orientá-los no rumo do proveito geral, atenuando aflições ou secando lágrimas.
*
Nunca te pronuncies, porem, contra o dinheiro. Aprendamos a respeitá-lo, usando-lhe os potenciais na lavoura do bem.
*
Reflete e observarás que ele tem sido o instrumento silencioso de tua própria segurança.
*
Efetivamente, não te fez o lar, porque o lar se ergue a preço de amor. Entretanto, ajudou a levantar as paredes e, a compor o teto da construção em que entreteceste o ninho domestico. Não criou o remédio que te garante a saúde, mas, comumente, é o estimulo de quantos operam no levantamento dos agentes que o formam, a benefício do teu equilíbrio orgânico. Não suscita sonhos de arte, todavia, ampara o gênio na execução da obra-prima. Não confere recursos técnicos ao campo da inteligência, mas o incentivo em que a industria se desenvolve e consolida.
*
Dinheiro pode e deve ser a mola do progresso e a seiva do trabalho, a alavanca de reconforto e o aval da beneficência. Sempre que possas, troca a moeda que dispões pela felicidade dos semelhantes e, a breve tempo, reconhecerás a tua própria felicidade erguida em ti mesmo, a derramar-se, limpa e bela, de tuas próprias mãos.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 36. IDE.
* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

Vida


Aprende a pensar em termos de eternidade para que o internato no corpo físico não te empane a visão da vida.
*
Uma existência na Terra constitui precioso, mas, breve aprendizado, em que sob a ficha de certo reduto familiar, conquistas o privilégio de avançar para diante nas sendas evolutivas ou a permissão de recapitular as próprias experiências.
*
Não te esqueças, porém de que a morte se incumbirá de interromper-te o usufruto das regalias humanas, na aferição dos valores ou dos prejuízos que hajas angariado em favor ou desfavor de ti próprio, a fim de que não percas a necessária renovação para o grande amanhã.
*
Assevera a ciência terrena que herdaste, em função da genética, os caracteres dos próprios antepassados, próximos ou longínquos, entretanto, no fundo, não recolhes dos outros a riqueza das qualidades nobres ou o fardo dos sofrimentos, mas sim de ti mesmo, das próprias obras semeadas, vividas e revividas, de vez que somos, quase sempre, na ribalta do mundo, os mesmo intérpretes do drama redentor, guardando conosco as bênçãos ou as dores que amealhamos dentro da luta, embora ostentando máscaras diferentes.
*
Hoje, pagamos dívidas de ontem, mas é possível venhamos a solver amanhã compromissos pesados que deixamos em distante pretérito, exigindo-nos atenção.
*
Recebe a aflição e a dificuldade, aliviando as aflições e as dificuldades alheias; pede auxílio, auxiliando; roga o socorro do Céu, socorrendo aos que te rodeiam na Terra, porque entre os panos do berço e os panos do túmulo, desfrutas simplesmente um dia curto no tempo ilimitado, dentro da vida imperecível, baseada na justiça perfeita e no amor sem fim.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 32. IDE.
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quarta-feira, 26 de outubro de 2011

A Beneficência


A mulher rica, venturosa, que não precisa empregar o tempo nos trabalhos de sua casa, não poderá consagrar algumas horas a trabalhos úteis aos seus semelhantes? Compre, com o que lhe sobre dos prazeres, agasalhos para o desgraçado que tirita de frio; confeccione, com suas mãos delicadas, roupas grosseiras, mas quentes; auxilie uma mãe a cobrir o filho que vai nascer. Se por isso seu filho ficar com algumas rendas de menos, o do pobre terá mais com que se aqueça. Trabalhar para os pobres é trabalhar na vinha do Senhor.
E tu, pobre operária, que não tens supérfluo, mas que, cheia de amor aos teus irmãos, também queres dar do pouco com que contas, dá algumas horas do teu dia, do teu tempo, único tesouro que possuis; faze alguns desses trabalhos elegantes que tentam os felizes; vende o produto dos teus serões e poderás igualmente oferecer aos teus irmãos a tua parte de auxílios. Terás, talvez, algumas fitas de menos; darás, porém, calçado a um que anda descalço.
E vós, mulheres que vos votastes a Deus, trabalhai também na sua obra; mas, que os vossos trabalhos não sejam unicamente para adornar as vossas capelas, para chamar a atenção sobre a vossa habilidade e paciência. Trabalhai, minhas filhas, e que o produto de vossas obras se destine a socorrer os vossos irmãos em Deus. Os pobres são seus filhos bem-amados; trabalhar para eles é glorificá-lo. Sede-lhes a providência que diz: "Aos pássaros do céu dá Deus o alimento." Mudem-se o ouro e a prata que se tecem nas vossas mãos em roupas e alimentos para os que não os têm. Fazei isto e abençoado será o vosso trabalho.
Todos vós, que podeis produzir, dai; dai o vosso gênio, dai as vossas inspirações, dai o vosso coração, que Deus vos abençoará. Poetas, literatos, que só pela gente mundana sois lidos!... satisfazei-lhe aos lazeres, mas consagrai o produto de algumas de vossas obras a socorros aos desgraçados. Pintores, escultores, artistas de todos os gêneros!... venha também a vossa inteligência em auxílio dos vossos irmãos; não será por isso menor a vossa glória e alguns sofrimentos haverá de menos.
Todos vós podeis dar. Qualquer que seja a classe a que pertençais, de alguma coisa dispondes que podeis dividir. Seja o que for que Deus vos haja outorgado, uma parte do que ele vos deu deveis àquele que carece do necessário, porquanto, em seu lugar, muito gostaríeis que outro dividisse convosco. Os vossos tesouros da Terra serão um pouco menores; contudo, os vossos tesouros do céu ficarão acrescidos. Lá colhereis pelo cêntuplo o que houverdes semeado em benefícios neste mundo. - João. (Bordéus, 1861.)
Allan Kardec. Da obra: O Evangelho Segundo o Espiritismo. 112 edição. Capítulo XIII. Item 16. Livro eletrônico gratuito em http://www.febnet.org.br. Federação Espírita Brasileira. 1996.
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terça-feira, 25 de outubro de 2011

SER ESPÍRITA




... Ser espírita é ser cristão, viver religiosamente o Cristo de Deus em toda a intensidade do compromisso, caindo e levantando, desconjuntando os joelhos e retificando os passos, remendando as carnes dilaceradas e prosseguindo fiel em favor de si mesmo e da era do Espírito Imortal.

Chamados para esta luta que começa no país da consciência e se exterioriza na indimensionalidade geográfica, além das fronteiras do lar, do grupo social, da pátria, em direção do mundo, lutai para serdes escolhidos. Perseverai para receberdes a eleição de servidores fiéis que perderam tudo, menos a honra de servir; que padeceram, imolados na cruz invisível da renúncia, que vos erguerá aos páramos da plenitude.

Jesus, meus filhos – que prossegue crucificado pela ingratidão de muitos homens -, é livre em nossos corações, caminha pelos nossos pés, afaga com nossas mãos, fala em nossas palavras gentis e só vê beleza pelos nossos olhos fulgurantes como estrelas luminíferas no silêncio da noite.



pelo Espírito Bezerra de Menezes - Trecho da mensagem psicofônica O Brasil e a sua missão histórica de Coração do mundo e pátria do Evangelho, recebida por Divaldo Pereira Franco, na Reunião do Conselho Federativo Nacional de 6 de novembro de 1988, realizada em Brasília, DF, na sede da Federação Espírita Brasileira. Do site: http://www.divaldofranco.com/mensagens.php?not=14

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

PODER E ILUSÃO




Ivan era o segundo de três filhos de um burocrata medíocre em Petersburgo, na Rússia.

Formou-se com louvor no curso de Direito, mostrando-se capaz, desde cedo, e muito rígido no que dizia respeito às suas obrigações.

Fortemente atraído por pessoas que estivessem em posições mais altas do que a sua, logo adotava seus modos e pontos de vista, estabelecendo boas relações com elas.

Não tardou para que conseguisse boas colocações profissionais, em razão de sua inegável capacidade somada à influência de amigos poderosos.

Era jovem ainda quando assumiu o cargo de Magistrado de uma Província do Interior.

Sua conduta no trabalho era considerada irrepreensível, inspirando respeito e confiança naqueles que o cercavam.
Embora tratasse as pessoas com cordialidade e educação, sentia-se realmente superior a todas elas.

Agradava-lhe a ideia de que sentiam inveja da sua figura e da sua condição.

Causava-lhe alegria saber que tinha o poder de subjugar os demais e que os outros dependiam dele.

Nunca chegou a abusar de sua autoridade, ao contrário, tentava suavizar o peso dela.

No entanto, a consciência do poder de que dispunha e a possibilidade de amenizar esse efeito só aumentava o fascínio pela posição que ocupava.

Aos olhos do mundo, e de si próprio, era um homem bem-sucedido.

Os anos se passaram rapidamente e, às vezes, Ivan queixava-se de um gosto estranho na boca e uma sensação desconfortável do lado esquerdo do estômago.

No início, ninguém, nem mesmo ele, dava muita atenção a isso.

Entretanto, tal desconforto foi piorando, passando a causar-lhe uma sensação intensa de cansaço e de irritabilidade.

Depois de muito resistir à ideia, decidiu consultar um famoso médico.

Foi recebido pelo profissional com a mesma frieza e com o mesmo ar de superioridade que ele costumava utilizar no Tribunal.

Suas perguntas eram respondidas de modo pouco esclarecedor.

Apesar da atitude evasiva do médico, Ivan pôde chegar à conclusão de que sua situação não era nada boa.

Além disso, com o passar dos dias, ele concluiu que sua dificuldade não fazia a menor diferença para os demais.

Sua dor, sua angústia só atingiam realmente a ele próprio.

Subitamente ele percebeu que o poder, de que até então se orgulhava, era nada diante da situação em que se via.

Nem os tratamentos, nem os remédios utilizados lhe proporcionavam qualquer melhora.

As dores eram cada vez mais intensas e o mal-estar com grande frequência.

Sem demora Ivan deu-se conta de que estava morrendo e desesperou-se.

Afinal, de que valia todo seu prestígio, toda a sua influência e toda a sua riqueza?

De nada.

Sua dor o igualava a todos os demais homens.

Fazia com que ele percebesse como havia sido tolo durante toda a vida.

Seu poder era uma ilusão e sua superioridade, apenas uma quimera.

Todos temos tarefas a realizar e deveres a cumprir na obra do Criador.

Por isso, muitos de nós detemos facilidades e recursos materiais das mais variadas ordens, de maneira provisória.

São oportunidades de crescimento. Não significam que sejamos superiores ou melhores do que ninguém.

Cabe-nos fazer bom e devido uso desses abençoados recursos, sem distorções de finalidade, nem ilusões.

Pensemos nisso.



Redação do Momento Espírita, com base no livro A morte de Ivan Ilitch, de Léon Tolstoi, ed. Manole. Do site: http://www.momento.com.br/pt/ler_texto.php?id=3181&stat=0

domingo, 23 de outubro de 2011

Necessário e Dispensável


O consumismo atual responde por muitos problemas.
As indústrias do supérfluo apresentam no mercado da vacuidade um sem-número de produtos desnecessários, que aturdem os indivíduos.
Estimulados pela propaganda bem elaborada, desejam comprar, mesmo sem poder, o que vêem, o que lhes é apresentado, numa volúpia crescente.
Objetos e máquinas que são o último modelo, em pouco tempo passam para o penúltimo lugar, até ficarem esquecidos em armários ou depósitos de coisas sem valor.
No entanto, se não fossem adquiridos, naquela ocasião, a vida perderia o sentido para quem os não comprasse.
Consumismo é fantasia, transferência do necessário para o secundário.
O consumidor que não reflete antes de adquirir, termina consumido pelas dívidas que o atormentam.
*
Muita gente faz compras, por mecanismos de evasão.
Insatisfeitas consigo mesmas, fogem adquirindo coisas mortas, e mais se perturbando.
Enquanto grande número de indivíduos se afogam no oceano do supérfluo, multidões inteiras não possuem o indispensável para uma vida digna.
Abarrotados, uns, com coisas nenhumas, e outros vitimados por terrível escassez.
São os paradoxos do século e do comportamento materialista-utilitarista da atualidade.
*
Confere a necessidade legítima, antes de te permitires o consumismo.
Coisas de fora não equacionam estados íntimos. Distraem a tensão por um momento, sem que operem real modificação interior.
Quando o excesso te visite, reparte-o com a escassez ao teu lado.
Controla e dirige a tua vontade, a fim de não seres uma vítima a mais do tormento consumista.
Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 25. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *

sábado, 22 de outubro de 2011

Ser Médium...



Um dos maiores equívocos que ainda se encontra entre os simpatizantes da Doutrina dos Espíritos esta justamente na Mediunidade. Muitos ainda julgam que Mediunidade é um Dom concedido e não uma faculdade inerente do próprio Ser. Não raro muitas vezes se nota pessoas que de certa forma se julgam especiais e destacadas dos demais porque simplesmente são médiuns, e quando indagadas sobre o que realmente é ser médium, não sabem explicar, apenas que são médiuns e por isso são especiais.
Se mediunidade fosse um Dom, logicamente teríamos que ter uma nova classe de pessoas especiais que foram tocadas e agraciadas por Deus para ser a porta vozes das esferas espirituais. Ou seja: uma nova filosofia dentro da própria Doutrina dos Espíritos, tipo: Espíritos Médiuns, o que soa um tanto irracional e pueril. O que infelizmente para muitos bem que poderia ser assim; somente que ao alimentarem este pensamento de que são especiais, acabam por fascinarem-se e se obsidiarem sendo joguetes de Espíritos levianos e zombeteiros. Muitas vezes se ouve com freqüência: Sou médium; por isso sei de tudo...
E surgem realmente classes especiais que distorcem os ensinamentos da Doutrina, tais como: os que lêem cartas, consultam astros, e dentro da própria Doutrina sempre há aquele médium especial que oferecem consultas gratuitas. Quando não os que dizem psicografar mensagens, livros com nomes importantes sem saberem que estão sendo ludibriados. No entanto, a cegueira já e quase total que o bordão será o de sempre: Sou Médium; sei de tudo...
Agem assim porque, segundo Kardec: todo aquele que sente em grau maior, ou menor a presença dos Espíritos, é médium. E nem será preciso dizer que Kardec com isso quis dizer que Mediunidade não é privilegio e nem dom, é uma faculdade inerente que todo ser tem consigo, grosso modo, uns mais sensíveis outros ainda no desenvolvimento da sensibilidade. Juntando o fato de que, no montante de nossos erros e ilusões a mediunidade acaba por ser a uma forma de Caridade mais eficaz e pratica no auxilio daqueles que um dia negligenciamos auxilio e amparo. Justo que agora, através da mediunidade, recapitulemos estas lições que por descuido ignoramos.
Na realidade, quem alardeia que é Médium se colocando no ar piedoso dos privilegiadas demonstram maior soma de ignorância porque recusam estudar e conhecer o que é ser médium e perder assim o foco de atenção na carência afetiva que escondem.
Pois ser Médium nada mais é do que ser irmãos de todos em humildade e amor auxiliando e sendo auxiliado no intercambio do Espiritual com o Físico, sem para isso ser preciso ser especial ou ter o dom da mediunidade.
Arraial Espírita

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

O Dia Começa ao Amanhecer



Compadece-te da criança que segue a teu lado.
*
O dia começa ao amanhecer.
Pai, mãe, irmão ou amigo, ampara-lhe a vida, com o teu próprio coração, se pretendes alcançar a Terra Melhor.
*
Lembra-te das vozes amigas que te induziram ao bem, das mãos que te guiaram para o trabalho e para o conhecimento.
*
Por que não amparar, ainda hoje, aqueles que serão, amanhã, os orientadores do mundo?
*
Em pleno santuário da natureza, quantas árvores generosas são asfixiadas no berço? Quanta colheita prematuramente morta pelos vermes da crueldade?
A vida é também um campo divino, onde a infância é a germinação da Humanidade.
*
Já meditaste nas esperanças aniquiladas ao alvorecer? Já refletiste nas flores estranguladas pelas pedras do sofrimento, ante o sublime esplendor da aurora?
Provavelmente dirás: "Como impedirei o sofrimento de milhares?"
Ninguém te pede, porém, para que te convertes num salvador apressado, carregado de ouro e poder.
Basta que abras o coração com a chave da bondade, m favo dos meninos de agora, para que os homens do futuro te bendigam.
*
Quando a escola estiver brilhando em todas as regiões e quando cada lar de uma cidade puder acolher uma criança perdida ? ninho abençoado a descerrar-se, aconchegante, para a ave estrangeira ? teremos realmente alcançado, com Jesus, o trabalho fundamental da construção do Reino de Deus.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Meimei. Capítulo 12. IDE.
* * * Estude Kardec * * *

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

EMBALAGEM VERBAL




Nota com que revestes
O que escreves ou falas.

Aspereza no verbo
Cria mais aspereza.

Sarcasmo na palavra
Gera obscenidade.

Muita gente adoece
Da emoção maltratada.

Nem doçura demais,
Nem crônico azedume.

O conselho só vale
Na embalagem que mostra.



pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Doutrina Escola, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos.

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Efetivamente


Vigiar não é desconfiar. É acender a própria luz, ajudando os que se encontram nas sombras.
*
Defender não é gritar. É prestar mais intenso serviço às causas e às pessoas.
*
Ajudar não é importante. É amparar, substancialmente, sem pruridos de personalismo, para que o beneficiado cresça, se ilumine e seja feliz por si mesmo.
*
Ensinar não é ferir. É orientar o próximo, amorosamente, para o reino da compreensão e da paz.
*
Renovar não é destruir. É respeitar os fundamentos, restaurando as obras para o bem geral.
*
Esclarecer não é discutir. É auxiliar, através do espírito de serviço e da boa-vontade, o entendimento daquele que ignora.
*
Amar não é desejar. É compreender sempre, dar de si mesmo, renunciar aos próprios caprichos e sacrificar-se para que a luz divina do verdadeiro amor resplandeça.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ: FEB.
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sábado, 15 de outubro de 2011

O Poder


 

Não deplores a função ou tarefa humilde, na qual te encontras edificando o futuro.
Todas as realizações, por mais grandiosas, não dispensam a participação das aparentes e pequenas contribuições que, em última análise, são-lhes fundamentais.
A melhor engrenagem pode desarticular-se quando alui modesto parafuso.
A maquinaria mais sofisticada estrutura-se com o mineral transformado, antes sem outra serventia.
Todas as tarefas que promovem a vida são de relevante significado.
Não é a função, que dignifica o homem, mas este quem a enobrece.
Realiza, desse modo, o teu dever, com a consciência de que ele é de suma importância no concerto geral da vida.
*
O fastígio e o poder são compromissos graves para aqueles que os detêm.
O fastígio facilmente leva à queda, sob as circunstâncias em que se apresenta e as facilidades de que se reveste.
O poder, quase sempre, leva à corrupção, face à transitória posição de que se faz cercar, com perigos e gravames.
O verdadeiro poder é o do amor, aquele que vem de Deus, que faz homens fortes em qualquer função, e dignos, íntegros, em todas as atividades.
Faze atua parte com o poder do amor e segue, feliz, até a tua vitória final.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 24. LEAL.
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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Servir Sempre

 

Se procuras a extinção
Das dores, por onde vais,
Mantém a disposição
De servir um tanto mais.
Sofres crises a granel,
Impedimentos gerais,
Para vencê-los, não fujas
De servir um tanto mais.
Pretendes viver acima
Das aflições em que cais,
Não desertes do dever
De servir um tanto mais.
Carregas lutas em casa,
Provações descomunais,
Por tua paz, não desistas
De servir um tanto mais,
Encontras pedras, injúrias,
Ofensas, erros brutais...
Não te afastes do programa
De servir um tanto mais.
Tua vida necessita
De mudanças radicais?
Não menosprezes o ensejo
De servir um tanto mais.
Angústias do coração
Em tempestades morais?
Inventa novos recursos
De servir um tanto mais.
Se quisermos atingir
As Luzes Celestiais,
Aprendamos com Jesus
Que servir nunca é demais.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Casimiro Cunha. Capítulo 38. IDE.
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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

O verdadeiro perdão


Em diversas ocasiões os discípulos indagaram a Jesus sobre o perdão.

Muitos foram os ensinamentos do Mestre Nazareno a respeito do tema.

Perdoar para que Deus nos perdoe, foi um deles.

Por meio da oração do Pai Nosso, Jesus mostrou-nos que é necessário que saibamos perdoar àqueles que nos ofendem para que possamos merecer o perdão de Deus para nossas faltas.

Se formos intolerantes e severos para com os outros, como poderemos pretender receber um tratamento menos rigoroso de Deus?

Serão utilizados para nós os mesmos parâmetros, as mesmas medidas que usarmos para julgar os outros.

Esse ensinamento é coerente com o princípio evangélico de que devemos fazer aos outros o que gostaríamos que eles nos fizessem.

Se queremos sinceramente que Deus nos perdoe pelos nossos equívocos, devemos nós, antes de qualquer coisa, oferecer o verdadeiro perdão àqueles que nos ofendem.

E o verdadeiro perdão consiste em esquecer plena e incondicionalmente as injúrias e os males sofridos, apagando-os da memória.

É não retribuir o mal com o mal.

Não guardar rancor, nem ódio.

É não desejar vingança.

Aliás, a vingança é um resquício dos costumes bárbaros que, lamentavelmente, ainda restam na Terra.

Só causa males, não só para sua vítima, mas também para o seu autor.

O lema olho por olho, dente por dente não combina com os ensinos de Jesus, que dizem que devemos oferecer sempre a outra face.

Isso não significa que somos obrigados a autorizar agressões e ofensas.

A preciosa lição de Jesus não prega a omissão, nem a passividade.

Não podemos ser coniventes com o erro, nem compactuar com o mal.

Oferecer a outra face, em verdade, significa agir de outra forma, de conformidade com as Leis Divinas.

Amar os nossos inimigos. Eis aí outro ensino de Jesus ainda pouco compreendido e aplicado às nossas vidas.

Amar os inimigos não quer dizer que possamos oferecer a eles o mesmo carinho e o mesmo afeto que sentimos pelos nossos seres queridos.

Amá-los significa perdoá-los, sem qualquer pensamento oculto e sem condições.

Devemos desejar o bem aos nossos ofensores.

Experimentar júbilo, e não pesar, com a felicidade que lhes advenha.

Abstermo-nos, seja por atos, pensamentos ou palavras, de prejudicá-los.

Tampouco nos cabe opor qualquer obstáculo à reconciliação.

Em resposta a um questionamento de Pedro, Jesus disse, em uma oportunidade, que devemos perdoar àqueles que nos ofendem setenta vezes sete vezes.

A regra determina, na realidade, que devemos perdoar tantas vezes quantas formos ofendidos.

Limitar o perdão é negá-lo.

Contabilizar erros do passado significa que eles não foram esquecidos.
* * *
Sigamos o exemplo magnânimo e nobre de Jesus.

Isento de qualquer culpa, foi levado ao martírio e à cruz.

Não obstante, e apesar de tudo, pediu ao Pai Criador, no momento mais doloroso, que perdoasse aos Seus algozes, amando aqueles que O ofendiam, perdoando verdadeiramente.
Redação do Momento Espírita, com base nos caps.
X, XI e XII de
O Evangelho segundo o Espiritismo,
de Allan Kardec, ed. Feb.
Em 05.01.2009.

quarta-feira, 12 de outubro de 2011

Experiências Difíceis

 

A beleza física pode provocar tragédias imprevisíveis para a alma, se esta não possui discernimento.
*
Excessivo dinheiro é porta para a indigência, se o detentor da fortuna não consolidou o próprio equilíbrio.
*
Demasiado conforto é desvantagem, se a criatura não aprendeu a arte de desprender-se.
*
Muito destaque é introdução a queda espetacular, se o homem não amadureceu o raciocínio.
*
Considerável autoridade estraga a alegria de viver, se a mente ainda não cultiva o senso das proporções.
*
Grande carga de responsabilidade extermina a existência daquele que ainda não ultrapassou a compreensão comum.
*
Enorme cabedal de conhecimento, em meio de inúmeras pessoas ignorantes, vulgares ou insensatas, é fruto venenoso e amargo, se o espírito ainda não se resignou à solidão.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Agenda Cristã. Ditado pelo Espírito André Luiz. Rio de Janeiro, RJ: FEB.

* * * Estude Kardec * * *

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

DOENÇAS



Qualquer equipamento de uso, sofre os efeitos do tempo, o desgaste dos serviços, os desajustamentos, caminhando para a superação, o abandono...

O que hoje é de relevante importância, amanhã encontra-se ultrapassado e, assim, sucessivamente.
O corpo humano, da mesma forma, não pode permanecer indene às injunções naturais da sua aplicação e das finalidades a que se destina.
Elaborado pelos atos pretéritos é resistente ou frágil, conforme o material com que foi constituído em razão dos valores pertinentes a cada ser.
Muito justo, portanto, que enferme, se estropie, se desgaste e morra.
Transitório, em razão da própria junção, é, todavia, abençoado instrumento do progresso para o Espírito na sua marcha ascensional.
*
Chamado à reflexão, por esta ou aquela enfermidade, mantém-te sereno.
Vitimado por uma ou outra mutilação, aprofunda o exame dos teus valores íntimos e busca retirar da experiência as vantagens indispensáveis.
Surpreendido pelos distúrbios da roupagem física ou da tecelagem no sistema eletrônico do psiquismo, tenta controlá-los e, mesmo lutando pela recuperação, mantém-te confiante.
*
Não te deixes sucumbir sob as injunções das doenças.
Através da mente sã reconquistarás o equilíbrio da situação. E se fores atingido na área da razão, desde hoje entrega-te a Deus e confia n'Ele.
A doença faz parte do processo normal da vida como parcela integrante do fenômeno da saúde.

Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 21. LEAL.
* * * Estude Kardec * * *

domingo, 9 de outubro de 2011

DIANTE DA LEI



Perante os tribunais divinos a conspurcação da mulher que malbarata os dons sublimes da vida, não é a única forma de prevaricação que reclama a bênção do reajuste.

À frente dos juízes celestes, comparecem igualmente:

Os sacerdotes que se venderam ao simonismo.

Os magistrados que perderam a boa consciência nos mercados do suborno.

Os cientistas que negociaram a riqueza inapreciável da inteligência, trocando preciosidades da vida por escuros troféus da morte.

Os generais que perverteram a ordem, permutando-a por facilidades econômicas.

Os políticos que traficam no altar da confiança do povo.

Os administradores que dilapidam os tesouros públicos na exaltação dos seus interesses particulares.

Os artistas que rebaixaram as próprias emoções, vendendo as imagens da beleza ao prazer dos sentidos, animalizando a existência, ao invés de sublimá-la.

Os trabalhadores que corromperam a paz da própria alma, enganando o tempo e a si mesmos ...

Compadeçamo-nos da mulher – nossa mãe e nossa irmã, nossa filha ou nossa companheira – que qual fonte cristalina sofreu a visitação dos monstros da natureza a lhes poluírem as águas vivas!

Há misericórdia no Céu para os vencidos que o Senhor, mais tarde, arrebatará das garras do mal que, transitoriamente, os senhoreia!

Mas, examinemos a nós próprios! Inventariemos as nossas ações de cada dia e vejamos se o nosso coração não adulterou os mandamentos de amor que nos regem!

Estaremos usando a nossa fé para o bem?

De que modo utilizamos o conhecimento superior?

Que bênçãos extraímos do sofrimento e da luta?

Como agimos no círculo das próprias responsabilidades?

De que maneira gastamos os empréstimos e as possibilidades do Senhor? Que fazemos do tempo que Deus nos concedeu?

Depois do balanço diário de nossos pensamentos, palavras e atos, pratiquemos a bondade com todos, entre a fé e o serviço incessantes e não nos faremos réus passíveis de severo julgamento à frente da Lei.

pelo Espírito Emmanuel - Do livro: Construção do Amor, Médium: Francisco Cândido Xavier

sábado, 8 de outubro de 2011

Em Torno da Caridade

 

Não olvides que a caridade, é o coração no teu gesto.
*
Espalharás o ouro a mancheias, entretanto, se não sabes emoldurar de carinho a tua manifestação de bondade, as moedas de tua bolsa serão, muitas vezes, escárnio e humilhação, sobre a dor dos infortunados.
*
Ensinarás a verdade, com segurança, contudo, se a tua palavra não estiver temperada com a brandura da paciência, quase sempre, o teu verbo, apesar de nobre e culto, não passará de azorrague no semblante ferido de teus irmãos.
*
Recorda que a Providência Infinita nos estende o socorro do Céu de mil modos, em cada instante do dia, e descerrando tua alma à Grande Compreensão, não admitas que a sombra te avilte o culto da gentileza.
*
Muitos dão, mas raros sabem dar.
O pão, misturado de reprimendas, amarga mais que o fel e a lição, que se ajusta a críticas e reproches, pode ser comparada à tela preciosa que a ironia apedreja.
*
A beneficência não se levanta por bandeira de superfície.
*
Vale mais a tua frase, vasada em solidariedade e entendimento, para o companheiro que jaz sob o gelo de desanimo, que todos os tesouros amoedados da Terra.
*
Vale mais teu braço amigo ao irmão caído no precipício do sofrimento, que a mais ampla biblioteca do mundo em cintilações verbalistas na tua boca.
*
Lembra-te de que só o amor pode curar as chagas da penúria e da ignorância e aprende a doá-lo aos que te rodeiam, nas maneiras em que te exprimes, porque a caridade não é uma voz que fala, mas um poder que irradia.
*
Abraça a fé que te enobrece a existência e segue o valioso roteiro que as sua revelações te traçam à luta, mas não te esqueças de içar o coração, na marcha cotidiana, para que a tua vida seja, realmente, um poema de luz e fraternidade, consoante a lição do poema de luz e fraternidade, consoante a lição do Mestre Divino que, ainda mesmo na cruz, foi o amor generoso e triunfante, atravessando o vale escuro da morte, para convertê-la em eterna ressurreição.
Xavier, Francisco Cândido. Da obra: Caridade. Ditado pelo Espírito Emmanuel. Capítulo 24. IDE.

* * * Estude Kardec * * *

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

IDE E VENCEI




Espíritas, lutai! Eis que o Mestre nos chama
À batalha de luz da vida contra a morte!
Armemo-nos de fé serena, augusta e forte
E plantemos o amor que a Terra nos reclama...

Vede! Ao redor de nós, há treva, cinza e lama
E aflitas multidões que vagueiam sem norte!...
Irmãos! Por mais que a dor vos fira ou desconforte,
Atendamos à Voz que nos guia e conclama!...

Embora a sombra hostil nas angústias da prova,
Ide e acendei no mundo a claridade nova
Do Bem que, em tudo, exprima a Lei que nos governa!...

Ide e vencei com Cristo a luta áspera e fria!
E alcançareis, cantando, o Reino da Alegria,
Ao sol da Eterna Paz, na Majestade Eterna.


pelo Espírito Amaral Ornellas - Do livro: Ação, Vida e Luz, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

quarta-feira, 5 de outubro de 2011

MODELOS



Que modelos você tem apresentado a seus filhos para seguir? Às vezes, buscamos modelos de fora, nomes expressivos que tenham realizado grandes benefícios para a Humanidade.
Se são autênticos, naturalmente falam à alma do jovem, que é idealista por natureza.
Contudo, existem, por vezes, criaturas bem próximas a nós, que não valorizamos devidamente.
Avós, parentes, amigos que traduziram sua vida em legado de paz, que sacrificaram tudo por seus ideais, que exerceram suas atividades para além do dever.
Lemos, certa feita, acerca de um prisioneiro político romeno que somente aos 76 anos, graças à queda do regime, pôde visitar seus filhos e conhecer seus netos.
Um homem de 76 anos, de profundos olhos azuis que, apesar de toda a dureza e maus tratos sofridos na prisão, manteve seu entusiasmo pela vida, na certeza de que tudo valera a pena. Mesmo o sacrifício da família, do prestígio, do poder que gozava.
Contemplando o mar, nas areias das praias americanas, comendo batatas fritas e aprendendo com os netos a atirar um disco de plástico, exclamava:
Que belo sonho. Que maravilha. A vida vale a pena ser vivida em toda sua plenitude.
Um de seus netos, alguns dias depois, precisou escrever uma redação para a escola. Durante várias horas ele trabalhou duro, sobre as folhas de papel. Quando terminou, leu em voz alta, para sua mãe emocionada:
Conheci um verdadeiro herói. O pai de minha mãe foi parar na cadeia por falar abertamente contra o Governo. Depois de seis anos de solitária prisão, ele foi libertado. Minha mãe, meu tio e minha avó saíram do país. Ele não foi autorizado a ir embora com eles.
Sozinho, ficou em seu país amargando a dor da separação e o desrespeito de amigos e parentes que o consideravam um fracassado.
Ouvir falar de meu avô fez com que eu entendesse que lutar por minhas crenças é muito importante para mim.
Na quinta série escrevi à professora uma carta de protesto porque considerei que ela tomara uma decisão injusta em relação a um de meus amigos.
Atualmente, sou o representante da turma no conselho de alunos e estou lutando com firmeza para melhorar nossa escola. Tenho orgulho de meu avô romeno. Espero em Deus que possa vê-lo outra vez.
O exemplo é nobre e, como percebemos, estabeleceu rumos dignos a outras vidas. Sua lição foi a de que não devemos silenciar nossa voz na defesa dos valores e da verdade.
Ao contrário, devemos falar para sermos ouvidos. Senão, como já aprendemos a sentir, sempre haverá uma parte em nós que permanecerá insatisfeita.
Lutar pelos ideais de enobrecimento é ensinamento que não devemos relegar a segundo plano, em se falando de nossos filhos, nosso tesouro e responsabilidade maior.
* * *
Aproveitemos todas as lições com que a vida nos honra as horas.
Estejamos atentos, tendo olhos de ver e ouvidos de ouvir.
Os exemplos passam ao nosso lado, e suas experiências são lições significativas que não podemos ignorar.
Redação do Momento Espírita, com base no artigo O que os heróis
nos ensinam, de Seleções Reader’s Digest, fevereiro de 1998.
Em 31.01.2010.

IRMÃO




Irmão é todo aquele que perdoa
Setenta vezes sete a dor da ofensa,
Para quem não há mal que o bem não vença,
Pelas mãos da humildade atenta e boa.

É aquele que de espinhos se coroa
Por servir com Jesus sem recompensa,
Que tormentos e lágrimas condensa,
Por ajudar quem fere e amaldiçoa.

Irmão é todo aquele que semeia
Consolação e paz na estrada alheia,
Espalhando a bondade que ilumina;

É aquele que na vida transitória
Procura, sem descanso, a excelsa glória
Da eterna luz na Redenção Divina.


pelo Espírito João de Deus - Do livro: Correio Fraterno, Médium: Francisco Cândido Xavier - Espíritos Diversos

terça-feira, 4 de outubro de 2011

TERNURA



É tão importante que sustenta a vida. Muitas criaturas a negam, mas ninguém a dispensa.
Apresenta-se tímida, quase como se não existisse. No entanto, engrandece quem a dá e embeleza quem a recebe.
Manifesta-se em pequenos nadas, como um olhar num momento muito especial. Um olhar que tem o brilho de uma estrela em um céu cheio de astros.
Pode se exteriorizar em um sorriso, em um aperto de mão. O namorado que se aproxima da sua amada e lhe acaricia com suavidade o rosto, como se estivesse tocando o veludo de uma rosa que desabrocha.
Pode ser sentida em uma canção que alguém entoa à distância, uma canção que fala de momentos doces, de um pôr-de-sol, de um amanhecer...
Irradia-se de uma palavra em um momento oportuno. Palavra que tem o dom de acariciar a alma e lembra o voo gracioso de uma ave no céu azul.
Expressa-se no silêncio de um amigo que nos reconhece a dor íntima e simplesmente se senta ao nosso lado, aguardando que desejemos falar, dizer do que nos está magoando, machucando. Oferece-nos o ombro amigo para o desabafo e as lágrimas.
Ela fala sem voz. Atua sem mãos. Brilha sem luz...
Falamos da ternura, que é alma e é coração.
Ela sustenta os matrimônios na Terra e aquece os corações maternos quando a neve dos invernos já coloriu os cabelos com sua brancura.
No namoro, ela faz parte do doce encantamento que toma de assalto os enamorados. Nos primeiros dias do casamento, é a brisa que visita os apaixonados todas as manhãs. Depois, quando os anos já se dobram sobre o casal, é o sentimento que alimenta a relação a dois.
Feita de coisas pequenas, como chegar do trabalho com uma flor e oferecer à amada. Ou um telefonema, no meio da tarde, para uma pequena declaração de eterno amor.
Um bilhete em envelope discreto, com uma frase curta e a marca de um beijo.
Quando a ternura se ausenta, as criaturas envelhecem mais rapidamente, parecendo murchar, como flores sem água, sem sol, sem ar.
A ternura é sempre espontânea, por isso mesmo tão preciosa. Não pode ser imposta. Quem pode dizer a uma criança que deixe a brincadeira e nos venha acariciar os cabelos com suas mãos pequeninas?
Mas, quando ela o faz de forma espontânea, nos enriquece e enche de bênçãos o coração.
A ternura é componente imprescindível às manifestações do amor.
Brota como as flores que explodem dos botões aos beijos do sol da primavera.
Onde chega produz harmonia, paz, porque a ternura é a mais forte expressão que traduz a elevação do Espírito.
* * *
Quando a brisa passa pelas ramagens dos arbustos e arvoredos, quando ela canta suave nos galhos, acaricia a folhagem que se agita em movimentos rítmicos.
A carícia, na Terra, é dádiva de Deus para a preservação da esperança na dor, do sacrifício na aflição, do alento na luta.
Façamos da nossa passagem pelo mundo uma permanente carícia de amor nobre, manifestando ternura aos nossos amores.
Sejamos como a madrugada que, ao despontar, acaricia o sono da noite que desperta.
Redação do Momento Espírita, com base no cap. Ternura, do livro Heranças de amor, pelo Espírito Eros, psicografia de Divaldo Pereira Franco, ed. Leal.
Em 17.12.2010.