quinta-feira, 30 de setembro de 2010

VARANDO SOMBRAS

 

Empeços, lutas, problemas, limitações, críticas...
Deixemos a mágoa de lado e sigamos em frente, trabalhando e compreendendo sempre.
Os que não desejam avançar, tentarão prejudicar-nos a caminhada.
Os que não querem servir, buscarão envolver-nos no desânimo.
Os que não acreditam no bem, assumirão atitudes estranhas contra nós.
Mas não recuemos.
O nosso compromisso é com a própria consciência.
Varemos as sombras como archote da fé operosa.
No serviço do Evangelho, ninguém se encontra sozinho.
Forças divinas suplementam as nossas forças e vozes tutelares inspiram os nossos passos.
Haveremos de triunfar.
A obra pertence ao Cristo de Deus e nada deterá a sua marcha vitoriosa.

Xavier, Francisco Cândido; Baccelli, Carlos A. Da obra: Brilhe Vossa Luz. Ditado pelo Espírito Batuíra. 4 edição. Capítulo 16. Araras, SP: IDE.

quarta-feira, 29 de setembro de 2010

PONTOS PERIGOSOS PARA OS PAIS




Desconsiderar a importância do exemplo na escola do lar.

Ignorar que os filhos chegam à reencarnação através deles, sem serem deles.

Transformar as crianças em bibelôs da família, fugindo de ajudá-las na formação do caráter desde cedo.

Ajudar os filhos inconsideradamente tanto quanto sobrecarregá-los de obrigações incompatíveis com a saúde ou a disposição que apresentem.

Distanciar-se da assistência necessária aos pequeninos sob o pretexto de poderem remunerar empregados dignos, mas incapazes de substituí-los nas responsabilidades que receberam.

Desconhecer que os filhos são Espíritos diferentes, portadores da herança moral que guardam em si mesmos, por remanescentes felizes ou infelizes de existências anteriores.

Desejar que os filhos lhes sejam satélites, olvidando que eles caminham na trajetória que lhes é peculiar, com pensamentos e atitudes pessoais.

Desinteressar-se dos estudos que lhes dizem respeito.

Relegar-lhes as mentes às superstições e fantasias, sem prestar-lhes explicações honestas em torno do mundo e da vida.

Não lhes pedir trabalho e cooperação na medida das possibilidades.





pelo Espírito André Luiz - Do livro: Estude e Viva, Médiuns: Francisco Cândido Xavier e Waldo Vieira

terça-feira, 28 de setembro de 2010

No mundo, amiúde te vês assinalado por conflitos variáveis, em função dos padrões de comportamento que adotas para a tua rota humana.

É comum que não costumes desenvolver as reflexões, procurando conhecer-te um pouco melhor.

É comum que copies modelos do mundo, que te entusiasmam por algum tempo, sem que analises as consequências desses modos comportamentais, relativamente à realidade espiritual em que te achas mergulhado.

Parece que não dás importância para o próprio crescimento, para o próprio progresso.

Será que imaginas que os teus equívocos sejam menos equívocos que os dos teus irmãos?

Será que supões que, embora o tempo passe para todos, não passará do mesmo modo para ti?

Será que admites que a severidade das leis da consciência atinge somente a consciência dos outros?

Urge que a alma em estágio de progresso na Terra aprenda a superar o disfarçado egoísmo, demandando estradas de inadiável renovação, deixando para trás a infância, para galgar a adultidade espiritual que não deve mais ser procrastinada.

Porventura, tens coragem para te modificares, para melhor?

Se constatas positivamente, é tempo de te confiares aos empreendimentos do bem, onde quer que estejas, esforçando-te para superar os óbices, aplicando-te a converter sombras em claridade, certo de que contas com a feliz assistência dos Prepostos do Cristo, dessa falange de bondosos Guias que derramam sobre a tua vida, por amor a Jesus, as sublimes energias que te capacitarão a seguir adiante, modificando todos os teus hábitos danosos, em qualquer área da tua existência, começando dos que te pareçam mais fáceis de serem derrotados, enquanto conquistas forças novas para alcandorares-te aos topos luminosos da harmonia íntima.



pelo Espírito Camilo - Do site: http://www.raulteixeira.com/mensagens.php?not=240, Médium: J. Raul Teixeira.

TENS CORAGEM DE MUDAR-TE?

domingo, 26 de setembro de 2010

ESMOLA E CARIDADE


Escusam-se muitos de não poderem ser caridosos, alegando precariedade de bens, como se a caridade se reduzisse a dar de comer aos famintos, dar de beber aos sedentos, vestir os nus e proporcionar um teto aos desabrigados.
Além dessa caridade, de ordem material, outra existe - a moral, que não implica o gasto de um centavo sequer e, não obstante, é a mais difícil de ser praticada.
Exemplos? Eis alguns:
Seríamos caridosos se, fazendo bom uso de nossas forças mentais, vibrássemos ou orássemos diariamente em favor de quantos saibamos acharem-se enfermos, tristes ou oprimidos, sem excluir aqueles que porventura se considerem nossos inimigos.
Seríamos caridosos se, em determinadas situações, nos fizéssemos intencionalmente cegos para não vermos o sorriso desdenhoso ou o gesto disprezivo de quem se julgue superior a nós.
Seríamos caridosos se, com sacrifício de nosso valioso tempo, fôssemos capazes de ouvir, sem enfado, o infeliz que nos deseja confiar seus problemas íntimos, embora sabendo de antemão nada podermos fazer por ele, senão dirigir-lhe algumas palavras de carinho e solidariedade.
Seríamos caridosos se, ao revés, soubéssemos fazer-nos momentâneamente surdos quando alguém, habituado a escarnecer de tudo e de todos, nos atingisse com expressões irônicas ou zombeteiras.
Seríamos caridosos se, disciplinando nossa língua, só nos referíssemos ao que existe de bom nos seres e nas coisas, jamais passando adiante notícias que, mesmo sendo verdadeiras, só sirvam para conspurcar a honra ou abalar a reputação alheia.
Seríamos caridosos se, embora as circunstâncias a tal nos induzissem, não suspeitássemos mal de nossos semelhantes, abstendo-nos de expender qualquer juízo apressado e temerário contra eles, mesmo entre os familiares.
Seríamos caridosos se, percebendo em nosso irmão um intento maligno, o aconselhassemos a tempo, mostrando-lhe o erro e despersuadindo o de o levar a efeito.
Seríamos caridosos se, privando-nos, de vez em quando, do prazer de um programa radiofônico ou de T.V. de nosso agrado, visitássemos pessoalmente aqueles que, em leitos hospitalares ou de sua residência, curtem prolongada doença e anseiam por um pouco de atenção e afeto.

Seríamos caridosos se, embora essa atitude pudesse prejudicar nosso interesse pessoal, tomássemos, sempre, a defesa do fraco e do pobre, contra a prepotência do forte e a usura do rico.
Seríamos caridosos se, mantendo permanentemente uma norma de proceder sereno e otimista, procurássemos criar em torno de nós uma atmosfera de paz, tranquilidade e bom humor.
Seríamos caridosos se, vez por outra, endereçássemos uma palavra de aplauso e de estimulo às boas causas e não procurássemos, ao contrário, matar a fé e o entusiasmo daqueles que nelas se acham empenhados.
Seríamos caridosos se deixássemos de postular qualquer benefício ou vantagem, desde que verificássemos haver outros direitos mais legítimos a serem atendidos em primeiro lugar.
Seríamos caridosos se, vendo triunfar aqueles cujos méritos sejam inferiores aos nossos, não os invejássemos e nem lhes desejássemos mal.

sábado, 25 de setembro de 2010

A EVOLUÇÃO DO SER

 

 

 

Dr. Alírio de Cerqueira Filho

A evolução do ser humano acontece lenta e gradualmente. O processo evolutivo, dentro do enfoque psicológico transpessoal, ocorre em três estágios:
CONSCIÊNCIA DE SONO - Sem sonhos - Com sonhos
CONSCIÊNCIA DESPERTA
CONSCIÊNCIA CÓSMICA
Nas primeiras fases do seu desenvolvimento predomina aquilo que denominamos consciência de sono. O sono aqui é utilizado no sentido metafórico. Este estágio caracteriza-se por ser sub-dividido em duas fases: Sono sem sonhos e Sono com sonhos.

A CONSCIÊNCIA DE SONO SEM SONHOS é a fase na qual o Ser humano leva uma vida basicamente instintiva. Nesta fase ele é um Ser fisiológico que se alimenta, trabalha para subsistência, faz sexo e dorme. Apenas os fenômenos orgânicos fisiológicos estão em evidência, assim mesmo sem o conhecimento da consciência, tais como a respiração, digestão, reprodução, circulação sangüínea, sono,etc.
A Consciência funciona como se estivesse anestesiada, ela não tem ação lúcida sobre os acontecimentos em torno da própria existência. A evolução se dá lentamente pois falta a vontade ativa do indivíduo em evoluir da fase instintiva para o início da razão. Existe um grande número de indivíduo em nossa sociedade que ainda tem estas características bastante primitivas, mas como todo a população do planeta está evoluindo a tendência da maioria é estar na próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DE SONO COM SONHOS é a fase em que o ser começa a se desenvolver para a inteligência e a razão e, na qual inicia a nutrir sentimentos passionais. O ser humano lentamente libera os clichês mentais e incorpora-os à realidade, ele já começa a ensaiar uma percepção do seu mundo íntimo, da forma como ocorre a sua vida.
Psicologicamente o Ser se caracteriza por um comportamento egóico infantil ou , no máximo, infanto-juvenil no qual o egocentrismo é o fator predominante. Nesta fase os sentimentos são nitidamente passionais, fato que arrebata o indivíduo em direção ao outro, despertando o desejo e a posse do outro.
É nesta fase que o indivíduo vai se apercebendo, lentamente, da razão de sua vida, começando a nutrir um certo tédio pela vida puramente fisiológica e buscando sonhar com uma vida diferente, que tenha um sentido. Porém como a vontade de mudar é ainda débil ele sonha com esta nova vida, mas facilmente volta a gir conforme a determinação do egocentrismo infantil, continuando com uma vida fisiológica e passional. Isto tende a perdurar até que mais maduro, o tédio que esta vida causa se torna intenso e ele passa para a próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DESPERTA é a fase em que a vida do Ser Humano passa a ter um sentido verdadeiro. O desenvolvimento da consciência atinge um nível no qual a determinação pessoal, aliada à vontade de mudar para adquirir valores transcendentes, conduz o Ser aos ideiais de enobrecimento, à descoberta da finalidade da sua existência, às aspirações do que lhe é essencial, ao auto-encontro, à realização total. Ocorre a identificação consigo mesmo em essência, com o Eu profundo, realizando a harmonia íntima com os ideais superiores, seu real objetivo psicológico existencial.
É a fase do amadurecimento das relações humanas, em que ele vai lentamente se libertando do egoísmo e do egocentrismo, tornando-se independente do outro, para, através do amor incondicional altruístico, possibilitar uma interdependência na qual a relação com o outro se torna harmônica, pois é fruto de uma relação de harmonia consigo mesmo.
Ao atingir este estágio o Ser Humano que ansiava por conquistar a felicidade através de atitudes exteriores, do ter e fazer coisas, a encontra em si mesmo, pois esta é fruto do amadurecimento, daquele Ser que já sabe o que quer, possuindo ideais superiores, e com isso deixa de vegetar para viver a vida pujante que ele encontra dentro de si através da prática do amor.
Ainda são poucas as pessoas que buscam despertar para esta realidade, porque para isso são necessários muito esforço, vontade, determinação e coragem para se conquistar aquilo pelo qual se deseja, que é uma vida mais plena e feliz.
Mas é com muita alegria que percebemos muitas pessoas desejando realmente uma mudança para esta fase. Com certeza no próximo milênio(atual) participaremos desse despertar de toda a humanidade para este nível  de conciência.

A CONSCIÊNCIA CÓSMICA é o estágio final a ser atingido por todo ser humano.
Após estagiar longamente pela fase anterior em milênios de evolução, nas várias vidas sucessivas ele lentamente vai superando os conflitos motivados pelo orgulho, egoísmo, egocentrico, enfim não se identificando e transmutando o ego, pelo esforço e determinação na aquisição do conhecimento e do amor até que atinja o estado de perfeita comunhão, através da sua iluminação, com a GRANDE CONSCIÊNCIA CÓSMICA CRIADORA DA VIDA.
Nesta fase a humanidade terrena teve poucas pessoas que podemos afirmar com certeza estão neste estágio de consciência. Podemos citar alguns poucos nomes que se destacaram na história da humanidade por estar neste estado: Jesus Cristo; Buda, Chrisna, Lao-tzé, Confúcio, Sócrates.
Para concluir que no processo de evolução do Ser Humano é fundamental o desenvolvimento da vontade, pois a partir do estágio de sono com sonhos, ela desempenha um papel relevante na busca de uma consciência cada vez maior perante a vida, propiciando ao indivíduo com o seu aprimoramento constante uma maior cota de felicidade e plenitude.


sexta-feira, 24 de setembro de 2010

A EVOLUÇÃO DO SER


Dr. Alírio de Cerqueira Filho

A evolução do ser humano acontece lenta e gradualmente. O processo evolutivo, dentro do enfoque psicológico transpessoal, ocorre em três estágios:
CONSCIÊNCIA DE SONO - Sem sonhos - Com sonhos
CONSCIÊNCIA DESPERTA
CONSCIÊNCIA CÓSMICA
Nas primeiras fases do seu desenvolvimento predomina aquilo que denominamos consciência de sono. O sono aqui é utilizado no sentido metafórico. Este estágio caracteriza-se por ser sub-dividido em duas fases: Sono sem sonhos e Sono com sonhos.

A CONSCIÊNCIA DE SONO SEM SONHOS é a fase na qual o Ser humano leva uma vida basicamente instintiva. Nesta fase ele é um Ser fisiológico que se alimenta, trabalha para subsistência, faz sexo e dorme. Apenas os fenômenos orgânicos fisiológicos estão em evidência, assim mesmo sem o conhecimento da consciência, tais como a respiração, digestão, reprodução, circulação sangüínea, sono,etc.
A Consciência funciona como se estivesse anestesiada, ela não tem ação lúcida sobre os acontecimentos em torno da própria existência. A evolução se dá lentamente pois falta a vontade ativa do indivíduo em evoluir da fase instintiva para o início da razão. Existe um grande número de indivíduo em nossa sociedade que ainda tem estas características bastante primitivas, mas como todo a população do planeta está evoluindo a tendência da maioria é estar na próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DE SONO COM SONHOS é a fase em que o ser começa a se desenvolver para a inteligência e a razão e, na qual inicia a nutrir sentimentos passionais. O ser humano lentamente libera os clichês mentais e incorpora-os à realidade, ele já começa a ensaiar uma percepção do seu mundo íntimo, da forma como ocorre a sua vida.
Psicologicamente o Ser se caracteriza por um comportamento egóico infantil ou , no máximo, infanto-juvenil no qual o egocentrismo é o fator predominante. Nesta fase os sentimentos são nitidamente passionais, fato que arrebata o indivíduo em direção ao outro, despertando o desejo e a posse do outro.
É nesta fase que o indivíuo vai se apercebendo, lentamente, da razão de sua vida, começando a nutrir um certo tédio pela vida puramente fisiológica e buscando sonhar com uma vida diferente, que tenha um sentido. Porém como a vontade de mudar é ainda débil ele sonha com esta nova vida, mas facilmente volta a gir conforme a determinaçãodo egocentrismo infantil, continuando com uma vida fisiológica e passional. Isto tende a perdurar até que mais maduro, o tédio que esta vida causa se torna intenso e ele passa para a próxima fase.

A CONSCIÊNCIA DESPERTA é a fase em que a vida do Ser Humano passa a ter um sentido verdadeiro. O desenvolvimento da consciência atinge um nível no qual a determinação pessoal, aliada à vontade de mudar para adquirir valores transcendentes, conduz o Ser aos ideiais de enobrecimento, à descoberta da finalidade da sua existência, às aspirações do que lhe é essencial, ao auto-encontro, à realização total. Ocorre a identificação consigo mesmo em essência, com o Eu profundo, realizando a harmonia íntima com os ideais superiores, seu real objetivo psicológico existencial.
É a fase do amadurecimento das relações humanas, em que ele vai lentamente se libertando do egoísmo e do egocentrismo, tornando-se independente do outro, para, através do amor incondicional altruístico, possibilitar uma interdependência na qual a relação com o outro se torna harmônica, pois é fruto de uma relação de harmonia consigo mesmo.
Ao atingir este estágio o Ser Humano que ansiava por conquistar a felicidade através de atitudes exteriores, do ter e fazer coisas, a encoantra em si mesmo, pois esta é fruto do amadurecimento, dquele Ser que já sabe o que quer, possuindo ideais superiores, e com isso deixa de vegetar para viver a vida pujante que ele encontra dentro de si através da prática do amor.
Ainda são poucas as pessoas que buscam despertar para esta realidade, porque para isso são necessários muito esforço, vontade, determinação e coragem para se conquistar aquilo pelo qual se deseja, que é uma vida mais plena e feliz.
Mas é com muita alegria que percebemos muitas pessoas desejando realmente uma mudança para esta fase. Com certeza no próximo milênio(atual) participaremos desse despertar de toda a humanidade para este nível consciencial.

A CONSCIÊNCIA CÓSMICA é o estágio final a ser atingido por todo ser humano.
Após estagiar longamente pela fase anterior em milênios de evolução, nas várias vidas sucessivas ele lentamente vai superando os conflitos motivados pelo orgulho, egoísmo, egocentrimo, enfim se desidentificando e transmutando o ego, pelo esforço e determinação na aquisição do conhecimento e do amor até que atinja o estado de perfeita comunão, através da sua iluminação, com a GRANDE CONSCIÊNCIA CÓSMICA CRIADORA DA VIDA.
Nesta fase a huanidade terrena teve poucas pessoas que podemos afirmar com certeza estão neste estágio de consciência. Podemos citar alguns poucos nomes que se destacaram na história da humanidade por estar neste estado: Jesus Cristo; Buda, Chrisna, Lao-tzé, Confúcio, Sócrates.
Para concluir que no processo de evolução do Ser Humano é fundamental o desenvolvimento da vontade, pois a partir do estágio de sono com sonhos, ela desempenha um papel relevante na busca de uma consciência cada vez maior perante a vida, propiciando ao indivíduo com o seu aprimoramento constante uma maior cota de felicidade e plenitude.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

AINDA


Efetivamente, você ainda não reflete tanto quanto a luz, mas pode acender uma vela, afastando as sombras.

Não atingiu ainda os mais altos graus da sabedoria, no entanto, nada lhe impede articular uma frase de encorajamento, em auxílio aos que sofrem.

Não possui ainda a paz invariável, entretanto, você detém a possibilidade de fazer silêncio sobre o mal, afim de que o mal se transforme no bem, dentro do menor prazo possível.

Não conquistou ainda a alegria permanente, todavia, consegue endereçar um sorriso de simpatia aos que necessitam de esperança.

Não maneja ainda toda uma fortuna, de modo a construir, por si só, uma instituição de beneficência, contudo, pode doar um pão ao companheiro desamparado.

É provável que você se afirme, sem qualquer condição para fazer isso, no entanto, dispõe você do privilégio da ação. Trabalhando, você é capaz de servir e, servindo aos outros, em qualquer situação e em qualquer tempo, você pode começar.

Procure agir no bem incessante e a alegria ser-lhe-á precioso salário.

André Luiz



quarta-feira, 22 de setembro de 2010

ADVERTÊNCIAS

 

 

ANDRÉ LUIZ

Se você não acredita na necessidade de advertências para a execução exata de suas tarefas no mundo, observe o trânsito de sua própria cidade.

Antes de tudo, em qualquer via pública, você é obrigado a refletir na segurança de todos, de modo a sustentar a tranqüilidade própria.

Em seguida, precisará considerar o impositivo de autopreservação, tanto quanto, em muitos casos, deve auxiliar a movimentação correta daqueles que se acham indecisos ou enfermos na pista.

Não pode esquecer os sinais que lhe mostram "perigo", "pausa" ou "caminho livre", sob pena de entrar em riscos graves.

Em qualquer cochilo de direção, não prescindirá do apoio de guardas que se incumbem de vigilância e policiamento.

Quanto mais progresso, mais intercâmbio; quanto mais intercâmbio, mais complexidade no caminho comum.

Veja, pois, meu caro: se você, até hoje, não foi chamado a observações construtivas, a fim de acertar os próprios passos, não coloque fora da necessidade de advertências sinceras e amigas, porque você está, por enquanto, na Terra, e o imperativo de ponderação e aviso por parte dos outros, em seu benefício, pode surgir amanhã.

terça-feira, 21 de setembro de 2010

A LÍNGUA

 

André Luiz

Não obstante pequena e leve, a língua é, indubitavelmente, um dos fatores determinantes no destino das criaturas.

Ponderada - favorece o juízo.

Leviana - descortina a imprudência.

Alegre - espalha otimismo.

Triste - semeia desânimo.

Generosa - abre caminho à elevação.

Maledicente - cava despenhadeiros.

Gentil - provoca reconhecimento.

Atrevida - traz a perturbação.

Serena - produz calma.

Fervorosa - impõe a confiança.

Descrente - invoca a frieza.

segunda-feira, 20 de setembro de 2010

A ALMA TAMBÉM


André Luiz
Casas de saúde espalham-se em todas as direções com o objetivo de sanar as moléstias do corpo e não faltam enfermos que lhe ocupem as dependências.

Entretanto, as doenças da alma, não menos complexas, escapam aos exames habituais de laboratório e, por isso, ficam em nós, requisitando a medicação, aplicável apenas por nós mesmos.

Estimamos a imunização na patologia do corpo.

Será ela menos importante nos achaques do espírito?

Surpreendemos determinada verruga e recorremos, de imediato, à cirurgia plástica, frustrando calamidades orgânicas de extensão imprevisível.

Reconhecendo uma tendência menos feliz em nós próprios, é preciso ponderar igualmente que o capricho de hoje, não extirpado, será hábito vicioso amanhã e talvez criminalidade em futuro breve.

Esmeramo-nos por livrar-nos do stress capaz de esgotar-nos as forças. Tratemos também de nossa feição temperamental para que a impulsividade não nos induza à ira fulminatória.

Tonificamos o coração, corrigindo a pressão arterial ou ampliando os recursos das coronárias a fim de melhorar o padrão de longevidade. Apuremos, de igual modo, o sentimento para que as emoções desregradas não nos precipitem nos desvãos passionais em que se aniquilam tantas vidas preciosas.

Requintamo-nos, como é justo, em assistência dentária na proteção indispensável. Empenhemo-nos, de semelhante maneira, na triagem do verbo, para que a nossa palavra não se faça chibata de sombra.

Defendemos o aparelho ocular contra a catarata e o glaucoma. Purifiquemos igualmente o modo de ver.

Preservamos o engenho auditivo contra a surdez. No mesmo passo, eduquemos o ouvido para que aprendamos a escutar ajudando.

A Doutrina Espírita é instituto de redenção do ser para a vida triunfante. A morte não existe. Somos criaturas eternas. Se o corpo, em verdade, não prescinde de remédio, a alma também.

domingo, 19 de setembro de 2010

A COURAÇA DA CARIDADE



Emmanuel

Sejamos sóbrios, vestindo-nos da couraça da fé e da caridade." -
Paulo. (TESSALONICENSES, 5:8.)

Paulo foi infinitamente sábio quando aconselhou a couraça da caridade aos trabalhadores da luz.

Em favor do êxito desejável na missão de amor a que nos propomos, em companhia do Cristo, antes de tudo é indispensável preservar o coração.

E se não agasalharmos a fonte do sentimento nas vibrações do ardente amor, servidos por uma compreensão elevada nos círculos da experiência santificante em que nos debatemos na arena terrestre, é muito difícil vencer na tarefa que o Senhor nos confia.

A irritação permanente, diante da ignorância, adia as vantagens do ensino benéfico.

A indignação excessiva, perante a fraqueza, extermina os germes frágeis da virtude.

A ira freqüente, no campo da luta, pode multiplicar-nos os inimigos sem qualquer proveito para a obra a que nos devotamos.

A severidade demasiada, à frente de pessoas ainda estranhas aos benefícios da disciplina, faz-se acompanhar de efeitos contraproducentes por escassez de educação do meio em que se manifesta.

Compreendendo, assim, que o cristão se acha num verdadeiro estado de luta, em que, por vezes, somos defrontados por sugestões da irritação intemperante, da indignação inoportuna, da ira injustificada ou da severidade destrutiva, o apóstolo dos gentios receitou-nos a couraça da caridade, por sentinela defensiva dos órgãos centrais de expressão da vida.

É indispensável armar o coração de infinito entendimento fraterno para atender ao ministério em que nos empenhamos.

A convicção e o entusiasmo da fé bastam para começar honrosamente, mas para continuar o serviço, e termina-lo com êxito, ninguém poderá prescindir da caridade paciente, benigna e invencível.

sábado, 18 de setembro de 2010

A CHAVE DA LUZ

           


             Emmanuel


Lembra-te de que ninguém avança sem companhia.

Toda obra pede auxílio e cooperação.

A árvore protege a fonte, tanto quanto a fonte alimenta a árvore.

O pão que extingue a fome é filho da compaixão do solo que nutriu a semente, da renúncia da semente que germinou para o sol e da força do sol que amparou a terra obscura e sustentou a semente frágil.

Assim também, vida afora, nas empresas que o mundo te conferiu, não prescindirás de braços amigos que te estendam socorro e fraternidade.

Todavia, não basta exponhas a outrem as necessidades que te afligem, nem vale te desmandes na queixa, encarecendo perante alheios ouvidos a angústia de teus problemas, a fim de que a verdadeira amizade se te revele, eficiente e prestigiosa.

Indispensável saibas abrir as portas dos corações para que te não falte concurso às construções da existência.

Corações que, muitas vezes, jazem trancados na avareza afogados no vinagre da aflição ou deprimidos nos espinheiros do sofrimento.

Corações que padecem a flagelação do egoísmo, a paralisia do orgulho, o desvario da vaidade, a chaga da ignorância e o assalto do desalento.

Não te impressione, porém, a seara da treva em que se mergulham.

Quase todos esperam apenas a chave de luz que lhes descerre a passagem da noite para o dia, para a luz da libertação.

Avizinha-te deles com ternura e bondade, sem agravar-lhes a dor.

Desvenda-lhes o próprio ser, em forma de compreensão e serviço e todos virão ao teu encontro, sustentando-te os passos na tarefa a que te impuseste na vida, porque, em verdade, é da lei do Senhor que alma alguma resista ao toque da humildade com a chave da gentileza.



sexta-feira, 17 de setembro de 2010

AMISSÃO DOS ESPÍRITAS



A missão dos Espíritas
Autor: Rubens Policastro Meira

Há quase 2.000 anos, um Homem, Jesus, descortinando o futuro, nos dizia: Ide e pregai. Ide! Eis que vos mando
como cordeiros ao meio de lobos (Lucas 10:3).
Naquela mesma ocasião, o Mestre nos asseverava da vinda do Consolador. (João 16:7). Igualmente nos chamava a
atenção sobre os trabalhadores da última hora, dizendo-nos: Assim, os últimos serão os primeiros e os primeiros
serão os últimos, porque muitos são os chamados e poucos os escolhidos (Mateus 20:1 a 16).
No devido tempo, cumprem-se as promessas de Jesus, e o Consolador surge, sob a égide do Espírito Verdade, na
feição da Doutrina dos Espíritos, codificada por Kardec. Surge como foi anunciado, visando realizar a
transformação da humanidade pelo melhoramento das massas, o que se dará gradualmente, pouco a pouco, pelo
melhoramento dos indivíduos (LM - cap. XXIX - item 130).
Mas, para realizar sua missão cósmica, a Doutrina Espírita necessita dos trabalhadores, e surgem no contexto
histórico, aqueles que são os trabalhadores da última hora, os quais têm o direito de receber o mesmo salário dos
demais que o antecederam, desde que a sua boa vontade os haja conservado à disposição daquele que os tinha de
empregar e que o seu retardamento não seja fruto da preguiça ou da má vontade. Têm eles direito ao salário, porque
desde a alvorada esperavam com impaciência aquele que por fim os chamaria para o trabalho (Ev. Seg. Esp. - Cap.
XX - item 2).
A ordem imperativa do Mestre, IDE! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos, reflete-se nos
trabalhadores espíritas, em que Jesus se reportava a cordeiros fortes, e que conseguissem superar as lutas da estrada e respirar em planos mais altos que os lobos vorazes. Jamais o Mestre iria enviar cordeiros e ovelhas frágeis à luta.
Seria o mesmo que ajudar a carnificina.
E como fortalecer os cordeiros? Com o conhecimento adquirido, através da Doutrina dos Espíritos; com a certeza, a convicção da imortalidade; da reencarnação; da Lei da Ação e Reação etc.
Todos os que já tomamos contato com a Doutrina Consoladora, somos os cordeiros que Jesus envia. E Ele necessita de cooperadores fiéis, prudentes, mas valorosos.
Envia-nos ao centro do conflito, não como quem remete cordeiros ao matadouro, mas sim à gleba de serviço, onde
se pode semear novos e sublimados dons espirituais, entre os lobos famintos, através da exemplificação e do amor
incessante e incondicional.
Objetivo do Espiritismo - Jesus já nos falara da Doutrina dos Espíritos, quando em reunião íntima dissera: Mas,
quando vier aquele Espírito de Verdade, ele vos guiará em toda a verdade... (João 16:13).
E Kardec nos informa quando diz: A Doutrina Espírita, como movimento renovador, tem um papel considerável no
seio da humanidade. Pelas verdades fundamentais que traz, preenche o vazio que a incredulidade faz nas idéias e
nas crenças; pela certeza de um futuro conforme a Justiça de Deus, tempera as agruras da vida e evita os funestos
efeitos do desespero. Dissipa a incredulidade e a superstição, pois que dá a conhecer novas leis da natureza, chave
para os fenômenos incompreendidos e problemas até então julgados insolúveis.
Coloca-se como campeã absoluta da liberdade de consciência, longe de substituir um exclusivismo por outro;
combate o fanatismo sob todas as formas; em vez de desencorajar o fraco, encoraja-o, mostrando-lhe o fim a que
pode atingir. Destrói o império da fé cega, que aniquila a razão e da obediência passiva que embrutece; emancipa a
inteligência do homem e levanta a sua moral (RE - 1866 - OUTUBRO - PAG. 298).
A Doutrina Espírita vem, como o Cristianismo, mostrar ao homem a absoluta necessidade de sua renovação interior
pelas consequências mesmas que resultam de cada um de seu atos, de cada um de seus pensamentos (RE - 1866 -
MAIO - PAG. 158), objetivando dessa forma, levar à transformação da humanidade pelo melhoramento individual.
O melhoramento é, pois, o objetivo essencial do Espiritismo (RE - 1866 ABRIL - PAG. 113/114), pois assim
tornará patente a destruição das idéias materialistas (RE - 1863 - MARÇO - PAG. 82).
O que entendemos por idéias materialistas, por materialismo?
A imensa maioria de nossos companheiros espíritas, seja por ignorância, seja por comodismo, seja pelo espírito
místico e de religiosidade igrejeira, entende que o materialismo é uma doutrina que descrê de Deus. Mas o
materialismo que os Espíritos informaram a Kardec, quando da pergunta 799 de O Livro dos Espíritos: De que
maneira pode o Espiritismo, contribuir para o progresso? Resp. Destruindo o materialismo, que é uma das
chagas da sociedade..., não se circunscreve a crer ou deixar de crer, mas sim, ao espírito de lascívia, luxúria,
impiedade, de exploração, de desperdício dos bens da Terra, de impunidade, de corrupção sob todos os aspectos, e
todos os outros males. Este é o materialismo, que cabe ao Espiritismo destruir.
E para encerrar este tópico de nosso estudo, Kardec ainda nos informa que Ele (o Espiritismo) traz o elemento
regenerador da humanidade e será a bússola das gerações futuras (RE - 1865 - OUTUBRO - PAG. 299).
Objetivo do espírita perante si mesmo - Allan Kardec, em O Livro dos Espíritos, perguntou aos Espíritos,
pergunta 573: Em que consiste a missão dos Espíritos encarnados? Em instruir os homens, em lhes auxiliar o
progresso; em lhes melhorar as instituições, por meios diretos e materiais... responderam-lhes as entidades. Sabedor do comportamento humano, muitas vezes inútil, Kardec continua as perguntas, e, à pergunta 574, do mesmo livro, interroga:Qual pode ser, na Terra, a missão das criaturas voluntariamente inúteis? Há efetivamente pessoas que só para si mesmas vivem e que não sabem tornar-se úteis ao que quer que seja. São pobres seres dignos de compaixão, porquanto expiarão duramente sua voluntária inutilidade, começando-lhes muitas vezes, já neste mundo, o castigo, pelo aborrecimento e pelo desgosto que a vida lhes causa.
Todos reconhecemos que não somos espíritos perfeitos, que trazemos conosco pesados fardos a carregar, mas
também reconhecemos que O Pai não coloca fardos pesados em ombros frágeis.
Tomando conhecimento da Doutrina dos Espíritos, pelo estudo, pela meditação, estaremos sendo conscientizados
pela Verdade, que nos tornará livres.
Com esse conhecimento, com essa conscientização, é que encetaremos a marcha para o melhoramento individual,
caminho a que tenderá todo espírita sério (RE - 1866 - ABRIL - PAG. 114).
Portanto, cabe a todos nós fazermos jus àquela frase, inserida no Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVII,
item 3, in-fine, de que Reconhece-se o verdadeiro espírita pela sua transformação moral e pelos esforços que
emprega para domar suas inclinações más.
Consciente de que sendo a Doutrina Espírita uma ciência, com consequências essencialmente morais e éticas, todos nós, espíritas, não podemos abstermo-nos das obrigações que a nós são impostas, livremente.
Com o entendimento racional e o estudo constante, compreenderemos melhor o valor de cada um de nossos atos;
sondaremos melhor todos os escaninhos de nossa consciência; compreenderemos melhor a maneira de nos erguer
das quedas advindas da longa série de experiências passadas, possibilitando-nos adquirir novos conhecimentos e
novas forças, fazendo-nos evitar o mal e a praticar o bem, conforme a Lei de Justiça.
Assim, após estarmos esclarecidos, e continuarmos orgulhosos, egoístas, cúpidos, estaremos continuando com a
consciência em trevas, embora estejamos em meio à Luz.
Seremos espíritas apenas de nome, de rótulo, tendo em vista que continuaremos ligados aos prazeres materiais,
muitas vezes por comodismo.
É importante que todos compreendamos que somos mensageiros do Alto, que somos os trabalhadores da última
hora, e como tais não devemos permitir que nosso espírito venha a aviltar-se, a degradar-se ao contato dos prazeres da volúpia; das ignóbeis tentações da avareza, que subtrai a alguns o gozo dos bens que Deus deu a todos.
Deveremos compreender que o egoísmo, nascido do orgulho, cega a alma e a faz violar os direitos da Justiça, da
Humanidade, desde que gera todos os males que assolam a Terra fazendo dela um lugar de dores e expiação.
Cabe a nós, para sermos verdadeiros espíritas, exercer vigilância cuidadosa e permanente sobre nós mesmos, isto é, velarmos sobre os arrebatamentos de nossos corações, a fim de caminharmos de acordo com as Leis da Justiça e da Fraternidade. E agindo com tal disposição, vivenciarmos a Doutrina, Kardec, Jesus, para podermos exercer
influência sobre a humanidade no sentido de sua renovação.
Esclarecidos, aceitando as consequências da Doutrina Espírita para nós mesmos, colocaremos nosso devotamenta
toda prova e sem segundas intenções ou subterfúgios; colocaremos os interesses da causa, que são os do CRISTO e da Humanidade, acima de quaisquer interesses pessoais ou de amor próprio.
Os aspectos moral e ético da Doutrina Espírita não são simples teoria. Devemos envidar esforços para pregar pelo
exemplo; conscientizarmo-nos para ter a coragem de dar nossa opinião, em quaisquer situações, sejam elas morais,
científicas, filosóficas, sociais, em qualquer campo. Mas também se necessário, sabermos pagar tais opiniões com
nossa própria pessoa, com nossa própria vida.
Para encerrarmos este item, é importante lembrarmos de Jesus, na parábola que ficou conhecida como Parábola da
Figueira Estéril. Todos devemos nos comparar à Figueira. Devemos dar bons frutos. A parábola nos diz: (Lucas
13:6 a 9) Um certo homem tinha uma figueira plantada na sua vinha, e foi procurar nela fruto, não o achando; E
disse ao vinhateiro: Eis que há três anos venho procurar fruto nessa figueira, e não o acho; corta-a; porque ocupa
ainda a terra inutilmente? E, respondendo ele, disse-lhe: Senhor, deixa-a este ano, até que eu a escave e a esterque;
e, se der fruto, ficará, e, se não, depois a mandarás cortar.
Vejamos, na análise da parábola:
Um certo homem............... Símbolo de Deus, o Pai.
Figueira..................... Nós, espíritos encarnados.
Fruto....................... Conhecimento, justiça, amor, bondade, etc.
Vinhateiro ou Viticultor......... Jesus.
Na Literatura Judaica, principalmente no saber rabínico, a figueira é mencionada frequentemente como símbolo
nacional, daí ter o Mestre utilizado essa figura.
O aviso transmitido é óbvio. A figueira representa todos nós, individual e coletivamente; O vinhateiro, o viticultor é
Jesus, o Mestre, que intercede ao Senhor (O PAI) por nós (a árvore estéril) na esperança de que ainda dê frutos. A
parábola é de alcance e aplicação universal, cabendo a cada um de nós produzir frutos sazonados, em vista do
conhecimento que a Doutrina nos enseja, e para que não se concretize, para nós espíritas, as palavras de Jesus no
Sermão da Montanha: Toda árvore que não dá bom fruto, corta-se e lança-se no fogo (Mateus 7:19).

Perante a Doutrina - A obrigação essencial do verdadeiro espírita é lutar e zelar pela prevalência dos Princípios
Básicos da Doutrina dos Espíritos. Mas para tal é imprescindível estudá-la bem, conhecê-la bem. Entender, estar
consciente, saber enfim, que o Espiritismo não é apenas uma eclosão mediúnica, não é somente manifestações de
espíritos. Espiritismo é VIDA ETERNA.
Assim sendo, frequentar sessões, fazer preces, implorar auxílio dos bons espíritos, frequentar socialmente o centro
espírita, NÃO BASTA. É preciso mais, muito mais, principalmente vivê-la, vivenciá-la, estudá-la em suas obras
básicas, em sua codificação. Kardec nos legou suas obras, em conjunto com os Espíritos, como roteiro, como luz a iluminar nossas estradas em trevas.
Muitos companheiros acham que não dispõem de tempo para estudar as Obras Básicas. Entendem que basta ouvir
os Guias nas sessões mediúnicas, para entendê-la. Falsa idéia, falso conceito. Esquecem que muitas vezes esses
próprios Guias não possuem conhecimento doutrinário, são espíritos ainda em processo de aprendizado.
Jesus já nos alertava: se um cego guia outro cego, ambos cairão no barranco. No momento de transição histórica
em que vive a humanidade, enxameiam, tanto por parte dos encarnados, quanto dos desencarnados, espíritos
agitados por novas idéias, novos conceitos, ansiosos por transmitirem suas novas revelações.
Estamos assistindo agora, neste instante, a DISPENSA de médiuns nas comunicações (TCI), revelações mil via
TVP, e outros mais. Novidades absurdas, que perturbam o movimento doutrinário, confundem, e muitas vezes
impedem a divulgação da luz. São os falsos profetas encarnados e desencarnados. E muitos espíritas deixam-se
levar por eles, pelas novidades que trazem. Demonstram os novidadeiros, e aqueles que o seguem e os aceitam, que
Kardec estaria superado, e dessa forma a obra kardequiana nada mais tem a nos ensinar.
Kardec, em 1866, já nos alertava sobre esses fatos, quando escreveu: ...as comunicações dos Espíritos deram
fundamento à Doutrina. Repeli-las depois de as terem aclamado é querer SOLAPAR o Espiritismo pela base,
tirando-lhe o alicerce. Tal NÃO PODE ser o pensamento dos espíritas sérios e devotados...
É necessário portanto lutar, travar o bom combate, munido das armas nas trincheiras de Kardec, que já nos alertava sobre os inimigos do Espiritismo.
É um fato constante que o Espiritismo é mais entravado pelos que o compreendem mal, do que pelos que os não o
compreendem absolutamente e, mesmo por seus inimigos declarados. E é de notar que os que o compreendem mal
geralmente têm pretensão de o compreender melhor que os outros; ...Tal pretensão, que delata o orgulho, é uma
prova evidente da ignorância dos verdadeiros princípios da Doutrina (RE - 1864 - NOVEMBRO - PAG. 321).
Portanto, somente o estudo, a conscientização e a vivência espírita poderão municiar as armas para esse bom
combate, pois o Espiritismo só reconhece como adeptos os que põem em prática os seus ensinamentos... pois este é o sinal característico do verdadeiro espírita (RE - 1869 - JANEIRO - PAG. 17).
Para encerrar este item, lembremo-nos de Bezerra de Menezes, quando, por intermédio de Chico Xavier, nos dizia:
ESTUDAR KARDEC, CONHECER KARDEC, PARA VIVER JESUS.

Perante a sociedade - Uma das finalidades da Doutrina dos Espíritos é demonstrar que o espírito é imortal. Do
conceito da imortalidade, flui o estudo das relações entre o mundo dos encarnados e o dos desencarnados.
Assim, temos que o processo de humanização é uma necessidade, uma determinante das Leis Naturais, com o fim
de atingir-se a perfeição, obviamente, relativa. É o que se depreende das perguntas 132 e 166 de O Livro dos
Espíritos quando analisadas conjuntamente. Vejamos:

132 - Qual o objetivo da encarnação dos espíritos?
Deus lhes IMPÕE a encarnação com o fim de fazê-los chegar à perfeição.
...Mas para alcançarem essa perfeição, têm que sofrer todas as vicissitudes da EXISTÊNCIA CORPORAL. /...Visa
ainda outro fim a encarnação: o de por o Espírito em condições de suportar a PARTE QUE LHE TOCA NA OBRA
DA CRIAÇÃO. /...É assim que CONCORRENDO para a obra Geral, ELE PRÓPRIO se adianta.

166 - Como pode a alma, que não alcançou a perfeição durante a vida corpórea, acabar por depurar-se?
Sofrendo a prova de uma nova existência.
Nas perguntas acima demonstradas estão as bases da EVOLUÇÃO e da JUSTIÇA: REENCARNAÇÃO.
Continuando na análise, verificamos que do processo de humanização e das relações existentes surge uma nova
necessidade: a de viver em sociedade.
Kardec formula então a perg. 766, de O Livro dos Espíritos:

766 - A vida social está na Natureza?
Certamente. Deus fez o homem para VIVER EM SOCIEDADE.
Abrindo um parênteses em nosso estudo, perguntamos: Como está a sociedade Humana? O que estamos assistindo
diuturnamente?
A sociedade humana está profundamente enferma. A Humanidade, com raras exceções, geme, chora, desespera-se,
pelo muito que sofre; o egoísmo, o amor próprio, a cupidez, a tudo devoram; a corrupção, a miséria, o vício, geram as vítimas da maldade e da violência, que se sucedem sem parar; as religiões, ditas cristãs, a tudo assistem,
acomodadas, pois que se desviaram do caminho traçado pelo Cristo; os homens de bem, verdadeiros intermediários
entre a Humanidade e a Providência, são raros, escassos, e impotentes ante a onda avassaladora do utilitarismo que
vige.
Assistimos diuturnamente, milhões de pessoas, de irmãos nossos, que vivem em estado de miséria absoluta.
Milhões se alimentam do LIXO; sobrevivem do LIXO, disputando com as aves de rapina, e entre si, as sobras de
alimento acumuladas no LIXO. Espetáculo terrificante, degradante, que assistimos todos os dias.
Somente no Brasil, hoje, existem cerca de 45 MILHÕES de irmãos em estado de MISÉRIA ABSOLUTA.
Caros irmãos! Se o objetivo da encarnação é permitir ao espírito atingir a perfeição (relativa); se durante a vida
corpórea, não conseguiu depurar-se, sofrerá novas existências; se o homem (espírito encarnado) deve viver em
sociedade, podemos concluir que dessa conjugação de respostas de O Livro dos Espíritos (132-166-766) resulta que as leis da matéria, que são divinas, devem ser respeitadas, pois sem elas, o homem, individualmente, e a sociedade humana, coletivamente, não lograrão atingir e cumprir o seu destino.
Para que o ser humano (espírito encarnado) ou a sociedade humana possa cumprir seu destino, o instinto e os meios de conservação são os fatores básicos, conforme podemos constatar, no LIVRO DOS ESPÍRITOS, Cap. V - DA LEI DA CONSERVAÇÃO - perg. 702 e seguintes.
Tais fatores básicos conjugados nos levam ao PRIMEIRO de todos os direitos naturais do homem: o de VIVER (O
Livro dos Espíritos - perg. 880).
Diante do exposto, a que conclusão chegamos?
Conclui-se que o homem (espírito encarnado) para atingir e cumprir seu destino, para aprofundar sua fé (certeza,
convicção) e sua tranquilidade, necessita de uma ORDEM SOCIAL-ECONÔMICA mais justa nas relações
humanas, coerentes com o pensamento e o espírito de Jesus.
Nós espíritas estamos encarregados de levar a luz, já que sabemos, com os conhecimentos emanados da Doutrina
Espírita, porque a Humanidade está doente; porque sofre; porque chora; porque desespera.
Ide e pregai! falou-nos Jesus.
Ide e pregai! repetiu Erasto (Evang. Segundo o Espiritismo - Cap. XX - item 4) em Paris no ano de 1863.
Ide! Eis que vos mando como cordeiros ao meio de lobos (Jesus - Lucas 10:3).
O verdadeiro espírita, convicto das realidades da vida que estuda, NÃO deve ficar na posição cômoda, passiva, dos
que esperam e aguardam Jesus, levantando as mãos postas aos céus, em atitude suplicante.
Ide! Eis que vos mando... foi a ordem peremptória do Mestre. Cabe a nós respondermos: PRESENTE, estou pronto.
Mas muitos companheiros reclamam contra a cruz e o martírio.
Esquecem-se que o Mestre e seus corajosos sucessores encontraram na cruz e no martírio, as trincheiras de lutas,
através da resistência construtiva contra o mal.
É necessária, imperiosa, nossa ida aos lobos.
É por demais perigoso esperá-los.
Para levarmos adiante as tarefas de Jesus, de Kardec, da Doutrina Espírita, visando o porvir grandioso da
Humanidade, é necessário não mensurarmos os esforços, nem regatearmos sacrifícios, lembrando de que Jesus,
ensejando a libertação pelo AMOR, tornou-se servo de todos; desde o começo até hoje, sem cansaço, sem
queixas...
Mas, para irmos aos lobos, atendendo ao apelo de Jesus, é necessário estarmos preparados, do conhecimento
doutrinário espírita, mas também do conhecimento, do estudo das leis da matéria, da natureza física, dominadora,
para que possamos aproveitar suas energias em benefício da humanidade, do homem, que está sujeito diretamente a
uma dessas leis: a Lei da Natureza Econômica.
Por conseguinte, a ética do amor (moral), da solidariedade, entre os homens, não deriva da vontade de quem quer
que seja, mas de uma NECESSIDADE social, porque, estando os homens privados do alimento, da saúde, do
trabalho, da educação, se descontrolam, se degeneram, se violentam, apelando pelo instinto de conservação,
redundando para o egoísmo das lutas de concorrência, que acabam se degenerando em conflitos, vícios, guerras,
etc., etc.
Se as leis de Produção Social, para acabar com a fome, a miséria e o desemprego, forem dominadas pela
inteligência e não pelo egoísmo, aí estará a chave para ajustar-se com as aspirações de Jesus, de Kardec, da
Doutrina dos Espíritos.
Vejam a resposta à pergunta 930 de O Livro dos Espíritos, com comentários de Kardec:
Numa sociedade organizada segundo a Lei do Cristo ninguém deve morrer de fome. Comentário de Kardec.
Com uma organização social criteriosa e previdente, ao homem só por culpa sua pode faltar o necessário. Porém,
suas próprias faltas são frequentemente resultado DO MEIO onde se acha colocado. Quando praticar a lei de Deus,
terá uma ordem social fundada na Justiça e na solidariedade e ele próprio também será melhor.
O que nós espíritas, o que o movimento espírita tem feito, para que possa influir em nossos representantes
legislativos, a fim de que as leis sejam mais justas?
Quase nada, ou absolutamente nada.
Todos falamos, criticamos, entre nós mesmos, conscientes das mazelas que assolam o ser humano, e encetamos
campanhas BENEFICENTES, com amor e solidariedade, mas sem irmos ao cerne do problema.
IDE! Eis que vos mando como cordeiros ao MEIO de lobos. Precisamos ir ao MEIO, ao centro do problema.
O que fazemos representa o dar esmolas. E que pensar da esmola? O Livro dos Espíritos, à pergunta 888, nos dá a
resposta: Condenando-se a pedir esmola, o homem se degrada física e moralmente: embrutece-se. Uma sociedade
que se baseia na lei de Deus e na Justiça DEVE PROVER a vida do fraco sem que haja para ele humilhação. DEVE
assegurar a existência dos que NÃO podem trabalhar, sem lhes deixar a vida a mercê do acaso e da boa vontade de
alguns.
É de grande importância para nossa meditação, a leitura e compreensão da pergunta, resposta e comentário de
Kardec, à pergunta 793 de O Livro dos Espíritos.
Kardec, em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XVI, item 7, nos informa: Com efeito, o homem tem por
missão trabalhar pela melhoria do planeta. E mais adiante: Para nutrir uma população sempre crescente, é preciso
aumentar a produção.
Esta uma das Leis da Produção Social.
Mas o que realmente vemos e assistimos por parte da grande maioria dos espíritas?
Assistimos e vemos que a grande maioria dos espíritas são espíritas religiosos, aguardando que o Mestre, que os
Espíritos venham resolver o problema, sanar as dificuldades, realizar o milagre de transformar a sociedade em uma
sociedade mais justa.
Invertem o problema, pregando e ensinando, que tudo deriva do Karma, que se deve atender unicamente a alma e a
moral cristã, desprezando os aspectos materiais, da saúde do corpo físico, da alimentação, da educação, indo de
forma contrária às recomendações da resposta à pergunta 677 de O Livro dos Espíritos (LEI DO TRABALHO).
Tais pregações e ensinamentos incentivam a vida contemplativa, a pieguice, a covardia, a subserviência, a falta de
confiança nas energias criadoras do espírito, que se esmaga, se estiola, vencido diante das desditas, para atribuí-las
a castigos divinos, ao Karma, e, por isso, resignam-se a pedir a misericórdia de Deus, como se o homem devesse
resignar-se à miséria, à fome, à doença, para com tal resignação aceitar um convite de Deus aos que desejem chegar a Ele.
É importante a conscientização do espírita em particular e do movimento espírita em geral, de que enquanto
persistir no mundo a FOME, o DESEMPREGO, a EXPLORAÇÃO, NÃO haverá FRATERNIDADE, nem
LIBERDADE, nem IGUALDADE, nem MORAL CRISTÃ que possa impedir a violência, o crime, a miséria, os
vícios, os desregramentos físicos e morais. Tais fatores terrificantes são frutos dos dominadores, exclusivistas,
egoístas, corruptos e corruptores, que detém egoisticamente em suas escassas mãos o poderio.
É importante nossa conscientização de que não se alcançará uma sociedade de paz, de amor, num mundo dividido
entre a abundância de poucos e a miséria de milhões, entre o esbanjamento e a fome. É absolutamente necessário
lutar a fim de terminar com esta tremenda desigualdade social.
Kardec, em OBRAS PÓSTUMAS, sobre o Espiritismo, nos diz:
Não será ele que fará as instituições do mundo regenerado; os HOMENS é que as farão, sob o império da Justiça,
de caridade, de fraternidade e da solidariedade, mais bem compreendidas, graças ao Espiritismo.
E para encerrar nosso estudo, nada melhor que a mensagem de Erasto, extraída da RE - 1861 - JUNHO - PAG.
197/198, e inserida em O Evangelho Segundo o Espiritismo, Cap. XX, item 4, MISSÃO DOS ESPÍRITAS:
...Ide e Pregai a palavra divina. É chegada a hora em que deveis sacrificar à sua pregação os vossos hábitos, os
vossos trabalhos, as vossas ocupações fúteis.
...certamente falareis a pessoas que não quererão escutar a voz de Deus, porque essa voz as exorta incessantemente à abnegação; pregareis o desinteresse aos avarentos, a abstinência aos dissolutos, a mansuetude aos tiranos domésticos como aos déspotas.
...lançai-vos em cruzada contra a injustiça e a iniqüidade. Ide e proscrevei esse culto do bezerro de ouro, que cada
dia mais se alastra.
...Somente lobos caem em armadilhas para lobos,...
Companheiros, irmãos em Jesus, lembremo-nos sempre que o espírita é o construtor consciente de uma nova forma de sociedade humana na terra; sua responsabilidade é proporcional ao seu conhecimento da realidade, que a
Doutrina dos Espíritos lhe proporcionou; que é seu dever enfrentar as dificuldades atuais, e transformá-las em
novas oportunidades de progresso. Cumpramos assim nosso dever para com Jesus; para com Kardec; para com a
Doutrina dos Espíritos; para com a Humanidade. Esta a nossa missão.