domingo, 3 de outubro de 2010

Obsessores, gente como a gente: Osvaldo Shimoda

 

O trato com a obsessão deve ser iluminado pelo amor fraterno. Os espíritos são gente como a gente. É gente que sofre e que, portanto, precisa de compreensão e paciência.São pessoas em conflito consigo mesmas e, portanto, com os outros, com o mundo, com a vida, com Deus e com o próprio amor.É um ser humano, uma pessoa. O que ele deseja, embora nunca o admita espontaneamente, é que tenhamos paciência para ouvi-lo, compreendê-lo, cuidar da sua dor, ainda que conscientemente também não a reconheça.- Hermínio Correa Miranda, respeitado pesquisador, escritor, autor de mais de 30 obras do gênero). 

A obsessão espiritual, na qualidade de doença ainda não catalogada nos manuais de medicina - que se estrutura em bases materialistas (o critério cientifico vigente é puramente organicista) e, portanto, não leva em consideração a existência da alma, do espírito -, mostra-se um dos mais antigos flagelos da humanidade, uma verdadeira epidemia.Nas minhas observações clinicas em meu consultório tenho constatado que 95% de meus pacientes tem como causa de seus problemas o assédio de espíritos obsessores. A obsessão ocorre pela ação de espíritos desencarnados não esclarecidos, vingativos, que foram prejudicados em vidas passadas pelos pacientes.

Os efeitos da obsessão não se limitam às perturbações mentais do paciente, mas podem causar doenças mais complexas nem sempre diagnosticadas pela medicina, portanto, ainda não inseridas nos tratados de patologia médica.Desta forma, se de um lado a obsessão espiritual é ignorada pela ciência materialista, do outro a Igreja a deturpa, considerando-a como atuação dos demônios. O filme Exorcista que foi passado há tempos nos cinemas, ilustra claramente a visão deturpada da Igreja Católica no trato com a obsessão espirítica.

É importante ressaltar que obsessores não são demônios, porque demônios não existem. O que existem são seres humanos como nós, dotados de razão e sentimentos, que sofrem e que também precisam de ajuda (embora a maioria não reconheça que precisa de ajuda, pois são movidos pelo ódio e desejo de vingança).Aliás, não gosto dessa palavra obsessor, prefiro o termo presença espiritual, pois obsessor tem uma conotação discriminatória, vendo-o como o algoz e o obsediado (paciente) como a vitima. Em verdade, o paciente é vitima hoje, mas em vidas passadas foi o algoz, pois prejudicou o seu obsessor assassinando-o, estuprando-o, humilhando-o, etc.

Portanto, o algoz de hoje não passa de uma vitima do passado.Desta forma, na obsessão, o que ocorre é uma inversão de papéis. Em muitos casos, tais inversões (algoz e vítima) perduram em várias encarnações.Neste aspecto, enquanto o ser humano alimentar sentimentos de ódio e vingança, a obsessão espiritual existirá ainda por muito tempo na crosta terrestre.

Certa ocasião, um paciente veio em meu consultório por conta de um zumbido que escutava ininterruptamente (24 horas) e que ia se agravando no decorrer do tempo.Submeteu-se a todos os exames médicos necessários (audiometria, ressonância magnética) sem identificar a causa de seu problema.Na primeira sessão de regressão, após iniciarmos, sua esposa que o acompanhava na regressão incorporou (era uma médium de incorporação consciente) uma entidade obsessora que disse ao paciente: Canalha, lembra de mim? Ou está se fazendo de esquecido? (O véu de esquecimento do passado não nos deixa recordar as nossas lembranças reencarnatórias). Doutor, esse canalha não vale nada!Se o senhor soubesse quem é esse crápula, nem iria ajudá-lo mais. Ele tirou a minha vida, a minha esposa e roubou todo o meu dinheiro. Eu tenho todos os motivos para acabar com a vida dele. O senhor concorda comigo?Respondi que, enquanto terapeuta, não estava para julgar ninguém, mas para ajudar a todos, inclusive ele, caso quisesse.Em seguida, perguntei-lhe se era ele que estava provocando o zumbido no paciente. Respondeu-me com uma sonora gargalhada.Os obsessores espirituais utilizam diversas armas espirituais; no caso dele, introduziu no ouvido (perispírito) do paciente um artefato fluídico, imaterial, portanto, não detectável por nenhum aparelho médico, e que estava provocando esse zumbido com o intuito de perturbá-lo, enlouquecê-lo.

A cura da obsessão, conforme pregava o grande mestre Jesus, se dá através do amor e do perdão, ou seja, da reconciliação. Kardec, o codificador do Espiritismo dizia: Em todos os casos de obsessão, a prece é o mais poderoso meio de que se dispõe para demover do obsessor o seu propósito maléfico. (Allan Kardec, no livro ‘A Gênese’).Portanto, a única terapêutica a ser aplicada para casos de obsessão espiritual é o perdão mútuo para que ambos - obsessor e obsediado - possam se libertar das amarras do passado.


Fonte: Facebook Espirita caminho da luz

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