Deus, o Pai soberanamente justo e bom, criou os espíritos simples e ignorantes para que, através de seus esforços contínuos se tornassem perfeitos um dia!
A oba do Supremo Autor é perfeita, irretocável, planejada pela causa incausada, primícias de todas as coisas, tendo o seu ciclo em permanente ação, tornando-se, assim, completa em todo o universo, nos mundos que o compõem.
Aos milhões de planetas, designou avatares, filhos diletos já em luzes sublimes para velar e zelar pelo crescimento e desenvolvimento espiritual de cada uma de suas criaturas, ajudando-as e orientando-as, objetivando a chegada, um dia, aos páramos luminares, como partícipes da criação, como co-criadores dos radiantes reinos, onde o servir se estende ao menor daqueles seres, como elo de imensurável amor no trabalho que lhes cabe realizar, quer na condição de filhos iniciantes dos reinos mineral, vegetal, animal ou hominal.
Deus é Pai de infinita bondade!
A Terra, agraciada por esta benevolência de Deus, recebeu Jesus Cristo, depois de milhões de anos, desde, quando o novo planeta envolvido em plasma gelatinoso contendo todos os germes para se desenvolverem ao tempo próprio e já estavam em condições propícias.
De antanhas eras até os nossos dias, inumeráveis espíritos foram aos planos maiores e voltaram, como exemplos vivos de aprimoramento moral, preparando veredas, com precípua finalidade de ensinar, vivenciando, aos retardatários, a prática que leva à efetiva e necessária ascese, plenitude da vida moral.
Os terráqueos, espíritos dolentes, vindos de outros planos primeiros, sem pressa em dispensar esforços com o fim de fazer crescer a asa da intelectualidade e a asa da afetividade, de modo a poder usufruir da oportunidade de subir aos zimbórios sublimadas pelas lucernas multicoloridas, campeiam, até nossos dias, sem luzes, às vezes flébil e flamando sem conhecimentos, sem orientações capazes de entender a Verdade da vida em sua amplitude.
Deus enviou a Verdade, o Cristo de Deus!
Muito lentamente a humanidade vem se preparando para fazer parte do rebanho de Jesus. Lucubrar com desvelo, sem desanimar com as lufadas que passam pelas refregas de ventos que campeiam a vida, sem enzambar , e poder tornar-se escoimado como ensina Jesus: "Sois Deuses!"
É esse o objetivo único e primordial do espírito pela graça e misericórdia de Deus.
Ele veio! Desceu ao planeta escuro onde seus habitantes, ainda envoltos no ostracismo dos sentimentos maiores, não puderam vislumbrar sua condição de Luz imperecível, capaz de iluminá-los e deixando-lhes lume para os séculos vindouros.
Anteviu a recusa dos grandes-pequenos (Herodes, o grande, etc...etc) do poderio material e pequenez espiritual; a indiferença de muitos por ignorar a vida; a fé vacilante de alguns aguardando milagres sem reforma interior; o interesse preponderante dos dominados pelo egoísmo de todo jaez!.
Jesus veio! Desceu à terra degredo dos espíritos rebeldes, para fazer subir aos céus os homens de boa vontade.
Ao seu lado os discípulos, cuja simplicidade exterior, escondia o deslumbramento espiritual, que lhes refletia no ser profundo, quando O ouviam.
Veio trazer a Paz, e os de sentimentos em sombras viram-No como guerreiro.
Trouxe o reino eterno dos céus para implantá-los nos corações simples, mas o poder fugaz fizeram os igólotras temerem a perda do trono passageiro da terra.
Repudiaram-No.
Mestre por excelência, Seu messianato foi dar ao mundo o ensino exemplificado. E em todos os momentos de Sua vida no planeta, havia sempre o toque sublime dos Seus ensinamentos. Em quantas vezes passou despercebido o alerta do Mestre:
Sois o sal da terra...
Sois a luz do mundo...
E a humanidade insistia nas sombras da indiferença. Ele continuava a jorrar sobre todos a fonte inexaurível e eterna do Seu Amor!
Amai o vosso próximo...
Amai ao vosso inimigo...
E nesses dois mil anos, nós que somos parte do povo de Deus, não aprendíamos, nem mesmo, a nos amar, porque só depois de extirpar de nós o egoísmo e o orgulho, aprendemos a Amar a Deus sobre todas as coisas, a nos amar verdadeiramente para então amar ao próximo como a nós mesmos.
Ele dizia ainda:
Não vos perturbeis com os tormentos de amanhã. A cada dia bastam as suas dificuldades.
Olhai os lírios do campo....
Olhai as aves dos céus...
Mas nós viciamos o pensamento com a preocupação de cultuar o sofrer. Aprendemos a arrebanhar o mal para nós, e com ênfase, lamentamo-nos de tudo e de todos. Dizia Ele:
Buscai e encontrareis...
Batei e abrir-se-vos-á...
Pedi e obtereis...
Ainda preferimos barganhar com os céus, e com Deus, nas promessas vãs, em troca do que precisamos ou queremos, ao invés de exigir de nós mesmos o esforço e a dedicação necessários ao nosso aprimoramento e ao fortalecimento de nossa fé. Queremos teurgia ou arte de fazer milagres.
Insiste Jesus: Se tivesses a fé do tamanho de um grão de mostarda...
Não resistais ao mal...
Entrai pela porta estreita...
Não ajunteis tesouros na terra...
Não jurais falso...
E tantas vezes relegamos o ensino do Mestre para permanecermos nas desditas do nosso comodismo.
Diante da tempestade do Tiberíades, Jesus determina, com firmeza, aos relâmpagos, aos trovões e às águas, diante da incredulidade dos discípulos: Calai!...Emudecei...Aquietai!...
E nas nossas inseguranças do dia-a-dia? Sabemos calar, emudecer, aquietar?
Diz ele: Orai assim: Pai Nosso que estais nos céus...
Sede perfeitos...
Mateus nos informar que Jesus subiu ao monte e lá proferiu Constituição Divina. Lucas nos diz que Jesus desceu e na planície explanou o cântico das Bem-Aventuranças.
Subir ou descer significam esforços de todos nós, para galgar os objetivos que delineamos para a nossa vida, vencendo óbices que perturbam a jornada de subir.
Descer é voltar ao pé do Monte, sem cair, reconsiderar o empecilho e refazer a caminhada estendendo ou alongando as nossas mãos em direção daqueles que ficaram tolhidos na retaguarda. Esse o amor do Mestre.
Esse o amor que precisamos e queremos vivenciar!
Ter fé! Perseverar! Vigiar e orar!
No perpassar dos dias, marcados pelo pêndulo, de novo é Dezembro. E a natureza parece englanar-se para recebe-lo, agora em nossos corações, nas flores multicoloridas, no céu mais azul, no brilho mais intenso do sol, na euforia que contamina a todos, no afã de ter uma festa Natalina digna do aniversariante!
É tempo de paz, de solidariedade, de fraternidade, porque é tempo de comemorar a vinda da luz do Pai, O Cristo de Deus! A humanidade é envolvida pelas mesmas vibrações de união, de alegria, de tolerância e de amizade, tocados pela sublimidade da eterna presença de Jesus entre os homens, pelos cânticos das Bem-Aventuranças!
Que todos nos saibamos nos envolver nesses fluidos do Divino Amor, com a dignidade de verdadeiros cristãos, não para seguir aqueles divinos passos, mas para caminhar junto d`Ele; não querendo ser carregado pelos braços sublimes, nas pegadas da areia, mas exercitando aqueles ensinamentos de Jesus, ter a vontade firme e inarredável de testemunhar com passos firmes, o nosso agradecimento ao Pai por nos ter dado, como presente, a vinda de Jesus à terra.
Jesus, que cada coração cante Aleluia na claridade imorredoura da vossa luz, que perene e permanente em nosso ser, renova-nos a alma, fortalece a nossa esperança, impulsiona a nossa fé e nos torna merecedores de tê-lo como Amigo Certo de todas as horas.
Continuai nosso Mestre, a nos fazer companhia, porque precisamos atender aos ditames de Maria, a Santíssima, ao dizer: Fazei tudo o que Ele disser! Queremos faze-lo.
Santificai Senhor, todos os lares, em cada canto do mundo, para formar, em cada um, a "Sagrada Família de Deus" sob as Bem-Aventuranças do vosso sagrado coração!
Se conosco, Jesus, pelos séculos dos séculos, para conosco glorificarmos a Deus, nosso Pai!
Comunidade Espírita André Luiz
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