terça-feira, 14 de junho de 2011

NOSSO EVEREST



Edmund Hillary foi o primeiro homem a escalar o Everest. Seu feito coincidiu com a coroação da rainha Elizabeth, a quem dedicou a conquista, e de quem recebeu o título de cavalheiro pertencente à nobreza.
Um ano antes da conquista, Hillary já havia tentado a escalada e fracassara por completo. Mesmo assim, os ingleses reconheceram seu esforço e o convidaram para falar a uma numerosa platéia.
O alpinista começou a descrever suas dificuldades e, apesar dos aplausos, dizia sentir-se frustrado e incapaz.
Em dado momento, porém, largou o microfone, aproximou-se da enorme gravura que ilustrava seu percurso e gritou:
Monte Everest, você me venceu esta primeira vez. Mas eu irei vence-lo no próximo ano, por uma razão muito simples: você já chegou ao máximo de sua altura, enquanto eu ainda estou crescendo!
Todos precisamos ter, em nossas vidas, os nossos próprios “Everestes”, isto é, objetivos a alcançar, metas a atingir.
Sem ter um alvo, um fim, torna-se bastante difícil a caminhada, pois não saberíamos para onde ir, e onde aplicar os nossos esforços.
Ouvimos, certa feita, um pensamento que dizia o seguinte:
“Para uma nau sem direção, todo vento é sempre contra”; se não sabemos que direção tomar, nunca buscaremos aproveitar os acontecimentos que vêm ao nosso favor e as ajudas que recebemos.
Para traçar estes objetivos faz-se necessária uma análise profunda de nossos valores, do que sentimos, e se o que fazemos é realmente importante para nós, “espíritos imortais”.
Desta forma não corremos o risco de criar metas ilusórias, como os sucessos passageiros do mundo, ou como a riqueza vazia que ainda seduz tanto nossos sentidos.
É possível almejar sim, o crescimento financeiro, as conquistas materiais em família, o conforto; mas não podemos esquecer de desejar também o crescimento espiritual, a possibilidade de ajudar os necessitados, a conquista da harmonia entre os familiares.
Após desejar, e ter certeza de que este desejo é nobre, é chegado o momento de correr em busca do objetivo, empregando o esforço, a persistência, sempre amparado pela amiga indispensável – a esperança.
Virão momentos de desânimo, em que seremos convidados a desistir da caminhada.
Encontraremos dificuldades diversas, que nos farão voltar à base da montanha, exaustos.
Mas nunca nos permitamos abandonar a certeza de que podemos nos superar, e que todas as adversidades nos fazem mais fortes, mais previdentes para uma próxima tentativa.
O pico da montanha estará sempre lá, estático, enquanto nossa vontade, nossas forças, jamais terão limites. Chegar ao topo é uma questão de tempo e de perseverança.
Se as conquistas importantes não fossem assim, não teríamos mérito algum em alcança-las.
Você sabia?
Você sabia que uma técnica muito útil para alcançarmos nossos objetivos é a da visualização?
Criamos imagens, cenas em nossa mente, projetando como seria a conquista desta meta, imaginando-nos lá, no futuro, comemorando o fim atingido.
Isso nos faz mais fortes, mais empolgados, e combate seriamente o desânimo destruidor.
Para muitos esta técnica é conhecida apenas como “sonhar”.
Jamais deixemos de sonhar.
Equipe de Redação do Momento Espírita, com base no livro Histórias para pais, filhos e netos, de Paulo Coelho.

Nenhum comentário:

Postar um comentário