Lenta, mas, sistematicamente, vai-se arraigando na personalidade do homem o hábito infeliz da queixa e da reclamação. Insubordinado, em razão da predominância dos próprios instintos agressivos, o indivíduo sempre encontra motivos para apresentar-se insatisfeito. Saúde ou doença, trabalho ou desemprego, alegria ou tristeza, calor ou frio, servem-lhe sempre de pretexto para queixar-se, para reclamar... Instala-se, esse vício, fixando-se no comportamento, que se torna azedo e desagradável, ao tempo em que fomenta distonias íntimas, neuroses, abrindo campo para que se originem diversas enfermidades. O queixoso padece de hipertrofia da esperança e do otimismo. Atrai a desdita e sintoniza com amargura, passando a sofrer aquilo de que aparenta desejar libertar-se. Para quem deseja encontrar, nunca faltam motivos de queixas e reclamações. * Estabelece, no teu cotidiano, o compromisso de solucionar dificuldades, ao invés de gerá-las, ou complicá-las quando se te apresentem. Silencia o queixoso, propondo-lhe fazer o melhor que lhe esteja ao alcance em detrimento do tempo perdido em reclamações. O azedume responde pela idéia malsã de tudo ver de forma negativa, engendrando mecanismos de falso martirológio. O queixoso, normalmente, gosta da indolência e se compraz no pessimismo. Põe sol e beleza nas tuas paisagens, passando de uma para outra área de ação sem o fardo do mau humor, efeito de algo desagradável que por acaso tenha-te acontecido na anterior. Quem sabe confiar e trabalha, sempre alcança a meta que busca. Divaldo P. Franco. Da obra: Episódios Diários. Ditado pelo Espírito Joanna de Ângelis. Capítulo 37. LEAL. |
* * * Estude Kardec * * *
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