sexta-feira, 23 de setembro de 2011

MEDIUNIDADE

Não é a mediunidade que te distingue.
É aquilo que fazes dela.

A ação do Instrumento varia conforme a atitude do servidor.

A produção revela o operário.

A pena mostra a alma de quem escreve.

O patrimônio caminha no rumo que o mordomo dirige.


O lavrador tem a enxada, entretanto...

  • Se preguiçoso, cede asilo à ferrugem.
  • Se delinqüente, empresta-lhe o corte à sugestão do crime.
  • Se prestativo e diligente, ergue, ditoso, o berço de flor e pão.

O legislador guarda o poder; contudo, através dele...

  • Se irresponsável, estimula a desordem.
  • Se desonesto, incentiva a pilhagem.
  • Se consciente e abnegado, é fundamento vivo à cultura e ao progresso.

O artista dispõe de mais amplos recursos da Inteligência; todavia, com eles...

  • Se desequilibrado, favorece a loucura.
  • Se corrompido, estende a viciação.
  • Se enobrecido e generoso, surgirá sempre como esteio à, virtude.

Urge reconhecer, no entanto, que acerca das qualidades e possibilidades do lavrador, do legislador e do artista, na concessão do mandato que lhes é confiado, apenas à Lei Divina realmente cabe julgar.

Todos nós, porém, de imediato, conseguimos classificar-lhes a influência pelos males ou bens que espalhem.

Assim também na mediunidade.

Seja qual for o talento que te enriquece, busca primeiro o bem, na convicção de que o bem, a favor do próximo, é o bem irrepreensível que podemos fazer.

Desse modo, ainda mesmo te sintas imperfeito e desajustado, infeliz ou doente, utiliza a força medianímica de que a vida te envolve, ajudando e educando, amparando e servindo, no auxilio aos semelhantes, porque o bem que fizeres retornará dos outros ao teu próprio caminho, como bênção de Deus a brilhar sobre ti.

Texto ditado por Emmanuel na reunião pública de 12/2/1960, a respeito do Livro dos Médiuns - Questão nº 226 - Parágrafo 1º

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