Se alguém lhe perguntasse, agora, com que roupa seu marido saiu de casa esta manhã, você saberia?
É interessante como, embalados pela rotina da vida, deixamos de prestar atenção em coisas importantes, ou seja, nos nossos tesouros mais valiosos. As pessoas que amamos.
O casal Estrada aprendeu a lição da maneira mais difícil.
Certo dia, o marido saiu para fazer sua caminhada. Entrou em sua caminhonete Chevrolet e partiu.
Mais ou menos cincoenta minutos depois, um policial batia à porta da casa de Herlinda Estrada.
O policial lhe perguntou qual era o nome do seu marido e qual era o carro que ele dirigia.
E, então, lhe informou que seu marido havia sofrido um ataque cardíaco e estava hospitalizado.
Extremamente transtornada, ela literalmente voou até o hospital, que ficava perto de sua casa.
Atendida tão logo se apresentou, descobriu que chegara tarde demais. Seu marido havia morrido.
Em prantos, acompanhada pelo mesmo policial que fora à sua casa, ela foi identificar o corpo.
Voltou para a sala de espera e pediu ao policial que desse os primeiros telefonemas, avisando a família e amigos.
Pouco depois, pessoas começaram a chegar. E trinta minutos depois, a pessoa menos esperada chegou: o próprio senhor Estrada.
Quando viu o marido, Herlinda se pendurou em seu pescoço, aos gritos: Você está vivo! Eles disseram que você tinha morrido!
Todos os parentes, amigos, funcionários do hospital presentes não estavam entendendo nada.
Com calma, tudo ficou elucidado.
Enquanto o sr. Estrada fazia sua caminhada, outro homem sofrera um infarto.
A equipe de emergência e a polícia foram chamadas, mas não encontraram nenhuma identificação no homem.
A única pista era um chaveiro da General Motors que o policial experimentou nas portas dos veículos GM estacionados na área.
As chaves, como se vê, abriram o veículo errado. O do sr. Estrada, que assim foi identificado porque seus documentos estavam no carro.
E como Herlinda identificou o corpo errado?
Ela disse que estava fora de si. O corpo estava com fita crepe nos olhos e na boca. Nem conseguiu verificar se o homem tinha bigode.
Ela olhou os pés, as mãos, a cor do shorts, os tênis. Pareceram ser de seu marido. E assim o identificou.
Como o sr. Estrada chegou ao hospital?
Também muito simples: ao chegar em casa, recebeu um telefonema da esposa de seu patrão que, quando ouviu a voz dele ao telefone, exclamou:
Meu Deus! Se você está aí, então foi Herlinda quem sofreu o ataque cardíaco!
Que confusão, não é mesmo?
Assim, enquanto o casal voltou abraçado para casa, o policial voltou para a pista, no parque.
Ali encontrou uma mulher que procurava o marido: era a viúva verdadeira.
Depois daquele dia, o casal Estrada mudou muitas coisas em sua vida, passando a prestar muita atenção um no outro.
* * *
Por vezes, um fato dramático como o narrado, nos tira da modorra, da apatia com que levamos nossos dias.
Uma verdadeira sacudidela para passarmos a prestar mais atenção nos seres que amamos.
Nesses seres sem os quais tudo o mais que tenhamos deixa de ter importância: a casa, o carro, as joias, as viagens...
Pensemos nisso e comecemos a olhar com novos olhos essas criaturas que são a razão das nossas alegrias: os nossos amores.
Comecemos hoje. Agora.
Redação do Momento Espírita, com base em texto do livro Pequenos milagres, de Yitta Halberstam e Judith Leventhal, 4. ed., ed. Sextante.
Em 28.02.2011.
Em 28.02.2011.
verdades,mas continuamos não vendo ,mesmo vendo não queremos ver,pairamos sobre tudo porque achamos mais fácil ...Até quando?
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