A REGRA ÁUREA
Incontestavelmente, muitos
séculos antes da vinda do Cristo já era ensinada no mundo a Regra Áurea,
trazida por embaixadores de sua sabedoria e misericórdia. Importa esclarecer,
todavia, que semelhante princípio era transmitido com maior ou menor
exemplificação de seus expositores. Diziam os gregos: “Não façais ao próximo o
que não desejais receber dele.” Afirmavam os persas: “Fazei como quereis que se
vos faça.” Declaravam os chineses: “O que não desejais para vós, não façais a
outrem.” Recomendavam os egípcios: “Deixai passar aquele que fez aos outros o
que desejava para si.” Doutrinavam os hebreus: “O que não quiserdes para vós,
não desejeis para o próximo.” Insistiam os romanos: “A lei gravada nos corações
humanos é amar os membros da sociedade como a si mesmo.” Na antiguidade, todos
os povos receberam a lei de ouro da magnanimidade do Cristo. Profetas, administradores,
juízes e filósofos, porém, procederam como instrumentos mais ou menos
identificados com a inspiração dos planos mais altos da vida. Suas figuras
apagaram-se no recinto dos templos iniciáticos ou confundiram-se na tela do
tempo em vista de seus testemunhos fragmentários. Com o Mestre, todavia, a
Regra Áurea é a novidade divina, porque Jesus a ensinou e exemplificou, não com
virtudes parciais, mas em plenitude de trabalho, abnegação e amor, à claridade
das praças públicas, revelando-se aos olhos da Humanidade inteira.
(Do livro "Caminho, Verdade e Vida", pelo Espírito Emmanuel,
Francisco C. Xavier)
Colaborador: Eddie
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