domingo, 10 de julho de 2011

SUPERE A PERTURBAÇÃO



É bem verdade que o seu dia-a-dia tem o valor de uma trama de desafios, aptos a lhe conferir a diplomação em diversas virtudes.
Essas virtudes o auxiliarão a transpor as barreiras morais que ainda o afastam da alegria verdadeira e da paz-conquista, que o erguerão do chão comum do mundo aos cimos da consciência iluminada por seus esforços na existência terrena.
No seu período diário, não são poucas as ocasiões de se exasperar, de lhe desnortear ou de entristecer seu íntimo, aguardando pela sua coragem e lucidez para não passar recibo a tais perturbações.
Você se angustia com os preços mais altos da feira onde se abastece;
Você se entristece com a indiferença ou frieza emocional dos que lhe devem afetividade e amor;
Você se enraivece com a mentira deslavada que toma ares de legislação digna, nos arraiais em que se movimentam seus passos;
Você se irrita com os baixos salários, enquanto se apercebe das múltiplas necessidades materiais da sua vida, que têm que ser adiadas;
Você se curva perante o familiar que não o ouve, que não lhe considera os arrazoados honestos, e tudo isso, com certeza, pesa sobre seu estado psico-emocional.
Não podemos afirmar que nas caminhadas do mundo você não possa desenvolver esses sentimentos, ou que não lhe devesse passar pela mente as amarguras que passa.
Entretanto, se você sabe que no mundo apenas conheceremos aflições, conforme o assegurou Jesus, O Cristo, é de se esperar que pelas Suas trilhas na busca do sonhado progresso todas essas agruras ocorram, todas essas frustrações apareçam.
Você não está errado quando se insurge contra o desvario, quando se nega a aceitar a impostura, quando recrimina o vício, ou quando se indispõe perante o cinismo, a desfaçatez que costuma mascarar tantos rostos a sua volta.
O que as vozes do bem decantam aos nossos ouvidos, o que Jesus nos ensinou com seu testemunho terrestre é que você pode dizer isso ou aquilo, você pode fazer isso ou aquilo; você pode pensar isso ou aquilo, sem que se tenha de apoiar no destempero verbal;
Sem que precise se envenenar com a agressiva violência; sem que necessite gritar, explodir, perdendo o próprio controle em face das situações diversas e desafiadoras que se lhe defrontem.
Adote o hábito, que os mais antigos recomendavam, de “contar até 10”, antes de fazer ou acontecer.
Apóie-se na harmonia íntima que lhe trará luzes e refrigério ao discernimento, impedindo que você se atire ao abismo de tormentos da alma, que, indubitavelmente, o farão infeliz e arrependido.
Pense e repense a respeito do aprendizado que as situações difíceis lhe propiciam:
As bênçãos da paciência, da moderação, da tranqüilidade, da frugalidade, da tolerância, da fraternidade, da compreensão, da indulgência, do autocontrole, tornando-o amadurecido para merecer compromissos mais altos na oficina de Deus, que é a Terra inteira.
A questão principal em tudo é saber como tomar cada providência, sem passar recibo às sombras, não o esqueça.
Caso você esteja no lar, no local de trabalho, no lazer, nas atividades desportivas ou nas lidas da sua fé, não se esqueça que está diante de importantes desafios que visam a diplomá-lo em virtude, ante os olhos amorosos do criador.
Mais uma vez, queremos lhe advertir para que não se deixe perturbar com as ocorrências diárias.
Para que não passe recibo ao mal ou às insinuações do mal, quando cada dia no mundo, com todos os seus episódios, não passa de mais um dia de aulas, com estranhos professores chamados a conferir-lhe o devido grau, na abençoada escola terrestre.
Pensamento
O homem jamais deve esquecer que se acha num mundo inferior, ao qual somente as suas imperfeições o conservam preso.
A cada vicissitude, cumpre-lhe lembrar-se de que, se pertencesse a um mundo mais adiantado, isso não se daria e que só de si depende não voltar a este, trabalhando por se melhorar.
Equipe de Redação do Momento Espírita, adaptação do cap. 27 do livro Para uso diário, do Espírito Joanes, psicografia de J. Raul Teixeira, Ed. Fráter.

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