sexta-feira, 30 de janeiro de 2015


A MEADA
Irmão X

- A conversação entre as duas jovens senhoras se desenvolvia no ônibus.
- Você não pode imaginar o meu amor por ele...
- Não posso concordar com você.
- Decerto que não me entende.
- Mas, Dulce, você chega a querer o Dionísio, tanto quanto ao marido?
- Não tanto, mas não consigo passar sem os dois.
- Meu Deus! Isso é coisa de casal sem filhos!...
- É possível...
- Você não acha isso estranho, inadmissível?
- Acho natural.
- Noto você demasiadamente apegada, não é justo...
- Sei que você não me compreende...
- Simplesmente não concordo.
- Mas Dionísio...
- Isso é uma psicose...
Dona Dulce e a amiga, no entanto, ignoravam que Dona Lequinha, vizinha de ambas, sentara-se perto e estava de ouvido atento, sem perder palavra.
De parada em parada. Cada uma volveu ao lar suburbano, mas Dona Lequinha, ao chegar em casa, começou a fantasiar... Bem que notara Dona Dulce acompanhada por um moço ao tomar o elétrico, aliás, pessoa de cativante presença. Recordava-lhe as palavras derradeiras: “vá tranquila, amanhã telefonarei...”
Cabeça quente, vasculhando novidades no ar, aguardou o esposo, colega de serviço do marido de Dona Dulce, e tão logo à mesa, a sós com ele para o jantar, surgiu novo diálogo:
- Você não imagina o que vi hoje...
- Diga, mulher...
- Dona Dulce, calcule você!... Dona Dulce, que sempre nos pareceu uma santa, está de aventuras...
- O quê?!...
- Vi com meus olhos... Um rapazão a seguia mostrando gestos de apaixonado e, por fim, no ônibus, ela própria se confessou a Dona Cecília... Chegou a dizer que não consegue viver sem o marido e sem o outro... Uma calamidade!...
- Ah! mas isso não fica assim, não! Júlio é meu colega e Júlio vai saber!...
A conversa transitou através de comentários escusos e, no dia imediato, pela manhã, na oficina, o amigo ouve do amigo o desabafo em tom sigiloso:
- Júlio, você me entende... somos companheiros e não posso enganá-lo... O que vou dizer representa um sacrifício para mim, mas falo para seu bem... Seu nome é limpo demais para ser desrespeitado, como estou vendo... Não posso ficar calado por mais tempo... Sua mulher...
E o esposo escutou a denúncia, longamente cochichada, qual se lhe internassem afiada lâmina no peito.
Agradeceu, pálido...
Em seguida, pediu licença ao chefe para ir a casa, alegando um pretexto qualquer. No fundo, porém, ansiava por um entendimento com a esposa, aconselhá-la, saber o que havia de certo.
Deixou o serviço, no rumo do lar e, aí chegando, penetrou a sala, agoniado...
Estacou, de improviso.
A companheira falava, despreocupamente, ao telefone, no quarto de dormir: “Ah! sim!...”, “Não há problema”, “Hoje mesmo”. “Às três horas”... “Meu marido não pode saber...”.
Júlio retrocedeu, à maneira de cão espantado. Sob enorme excitação, tornou à rua. Logo após, notificou na oficina que se achava doente e pretendia medicar-se. Retornou a casa e tentou o almoço, em companhia da mulher que, em vão, procurou fazê-lo sorrir.
Acabrunhado, voltou a perambular pelas vias públicas e, poucos minutos depois das três da tarde, entrou sutilmente no lar... Aflito, mentalmente descontrolado, entreabriu devagarinho a porta do quarto e viu, agora positivamente aterrado, um rapaz em mangas de camisa, a inclinar-se sobre o seu próprio leito. De imaginação envenenada, concebeu a pior interpretação...
O pobre operário recusou em delírio e, à noite, foi encontrado morto num pequeno galpão dos fundos. Enforcara-se em desespero...
Só então, ao choro de Dona Dulce, o mexerico foi destrinçado.
Dionísio era apenas o belo gatinho angorá que a desolada senhora criava com estimação imensa; o moço que a seguira até o ônibus era o veterinário, a cujos cuidados profissionais confiara ela o animal doente; o telefonema era baseado na encomenda que Dona Dulce fizera de um colchão de molas, ao gosto moderno, para uma afetuosa surpresa ao marido, e o rapaz que se achava no aposento íntimo do casal era, nem mais nem menos, o empregado da casa de móveis que viera ajustar o colchão referido ao leito de grandes proporções.
A tragédia, porém, estava consumada e Dona Lequinha, diante do suicida exposto à visitação, comentou, baixinho, para a amiga de lado:
- Que homem precipitado!... Morrer por uma bobagem! A gente fala certas coisas, só por falar!...


Livro Estante da Vida
Pelo Espírito “Irmão X” - Psicografia Francisco C. Xavier


O CHÁ DAS CINCO ACONTECE DE SEGUNDA A SEXTA DE 17H ÁS 18-H
EM NOSSA PÁGINA DO FACEBOOK . VOCÊ É NOSSO CONVIDADO !!  

A FÉ RELIGIOSA. CONDIÇÃO DA FÉ INABALÁVEL

Dponto de vista religioso, a fé consiste na crença em dogmas especiais, que constituem as diferentes religiões. Todas elas têm seus artigos de fé. Sob esse aspecto, pode a fé ser raciocinada ou cega. Nada examinando, a fé cega aceita, sem verificação, assim o verdadeiro como o falso, e a cada passo se choca com a evidência e a razão. Levada ao excesso, produz o fanatismo. Em assentando no erro, cedo ou tarde desmorona; somente a fé que se baseia na verdade garante o futuro, porque nada tem a temer do progresso das luzes, dado que o que é verdadeiro na obscuridade, também o é à luz meridiana. Cada religião pretende ter a posse exclusiva da verdade; preconizar alguém a fé cega sobre um ponto de crença é confessar-se impotente para demonstrar que está com a razão. Diz-se vulgarmente que a fé não se prescreve, donde resulta alegar muita gente que não lhe cabe a culpa de não ter fé. Sem dúvida, a fé não se prescreve, nem, o que ainda é mais certo, se impõe. Não; ela se adquire e ninguém há que esteja impedido de possuí-la, mesmo entre os mais refratários. Falamos das verdades espirituais básicas e não de tal ou qual crença particular. Não é à fé que compete procurá-los; a eles é que cumpre ir-lhe ao encontro e, se a buscarem sinceramente, não deixarão de achá-la. Tende,pois, como certo que os que dizem: “Nada de melhor desejamos do que crer, mas não o podemos”, apenas de lábios o dizem e não do íntimo, porquanto, ao dizerem isso, tapam os ouvidos. As provas, no entanto, chovem-lhes ao derredor; por que fogem de observá-las? Da parte de uns, há descaso; da de outros, o temor de serem forçados a mudar de hábitos; da parte da maioria, há o orgulho, negando-se a reconhecer a existência de uma força superior, porque teria de curvar-se diante dela.
Em certas pessoas, a fé parece de algum modo inata; uma centelha basta para desenvolvê-la. Essa facilidade de assimilar as verdades espirituais é sinal evidente de anterior progresso. Em outras pessoas, ao contrário, elas dificilmente penetram, sinal não menos evidente de naturezas retardatárias. As primeiras já creram e compreenderam; trazem, ao renascerem, a intuição do que souberam: estão com a educação feita; as segundas tudo têm de aprender: estão com a educação por fazer. Ela, entretanto, se fará e, se não ficar concluída nesta existência, ficará em outra.
A resistência do incrédulo, devemos convir, muitas vezes provém menos dele do que da maneira por que lhe apresentam as coisas. A fé necessita de uma base, base que é a inteligência perfeita daquilo em que se deve crer. E, para crer, não basta ver; é preciso, sobretudo, compreender. A fé cega já não é deste século, tanto assim que precisamente o dogma da fé cega é que produz hoje o maior número dos incrédulos, porque ela pretende impor-se, exigindo a abdicação de uma das mais preciosas prerrogativas do homem: o raciocínio e o livre-arbítrio. É principalmente contra essa fé que se levanta o incrédulo, e dela é que se pode, com verdade, dizer que não se prescreve. Não admitindo provas, ela deixa no espírito alguma coisa de vago, que dá nascimento à dúvida. A fé raciocinada, por se apoiar nos fatos e na lógica, nenhuma obscuridade deixa. A criatura então crê, porque tem certeza, e ninguém tem certeza senão porque compreendeu. Eis por que não se dobra. Fé inabalável só o é a que pode encarar de frente a razão, em todas as épocas da Humanidade.
A esse resultado conduz o Espiritismo, pelo que triunfa da incredulidade, sempre que não encontra oposição sistemática e interessada.

Fonte: O Evangelho Segundo o Espiritismo - Cap.19
Colaborador: Maria Aparecida Giraldi


QUANTO MAIS



Abençoai sempre as vossas dificuldades e não as lastimeis, considerando que Deus nos concede sempre o melhor, e o melhor tendes obtido constantemente com a possibilidade de serdes mais úteis.


Quanto mais auxiliardes os outros, mais amplo auxílio recebereis da Vida Mais Alta.

Quanto mais tolerardes os contratempos do mundo, mais amparados sereis nas emergências da vida, em que permaneceis, buscando paz e progresso, elevação e luz.

Quanto mais liberdade concederdes aos vossos entes amados, permitindo que eles vivam a existência que escolheram, mais livres estareis para obedecer a Jesus, construindo a vossa própria felicidade.

Quanto mais compreenderdes os que vos partilham os caminhos humanos, mais respeitados vos encontrareis, de vez que, quanto mais doardes do que sois em benefício alheio, mais ampla cobertura de amparo do Senhor assegurará a tranquilidade em vossos passos.

Continuemos buscando Jesus em todos os irmãos da Terra, mas especialmente naqueles que sofrem problemas e dificuldades maiores que os nossos obstáculos, socorrendo e servindo, e sempre mais felizes nos encontraremos sob as bençãos dele, nosso Mestre Jesus.


Bezerra de Menezes.
Do livro: Caridade. O alimento do corpo e da alma.
Chico Xavier.

Colaborador: Sumaia Nogueira

quarta-feira, 28 de janeiro de 2015

MEDIUNIDADE


ESTUDO DE O LIVRO DE GÊNESIS 2015


Dias 14,15,16 e 17 de Fevereiro de 2015
Local: E. M. Cleophas Beltram Silvente
Rua João Gabriel, 388 – Jardim Soraia
São José do Rio Preto – SP
Vagas limitadas

2º ENCONTRO DA FAMÍLIA ESPÍRITA

Marília - SP


MANIFESTAÇÕES DE DEUS

Sendo Deus Espírito, como nos afirma o Espírito da Verdade, segundo questionamento feito por Kardec em o Livro dos Espíritos em sua 1ª pergunta: O que é Deus? - E a resposta vem em seguida: ”Deus é a inteligência suprema, causa primária de todas as coisas”; então não é difícil concluir que Deus é também a força criadora de todas as coisas, é a força da ação, das eletricidades que formam os campos da positividade e da negatividade, é a força que faz gravitar no espaço os astros, entre eles o Sol que nos ilumina e a Terra onde habitamos. Sol que nos aquece e mantêm nossas energias vitais, que dá vida as plantas, que faz desabrochar as flores, que faz a fotossíntese das plantas que cobre com seu manto de luz a terra e nos dá o calor.
Deus nas Literaturas é substantivo abstrato, isto é, algo que não se vê e não se consegue tocar, mas é justamente por ser onipresente que Ele se faz presente em toda parte e não se deixa ser visto, mas permite ser sentido.
Para o Cristão Deus é a supremacia de tudo no universo, e se não pode ser visto a olho nu, podemos Vê-Lo pela concretização de tudo que existe na terra e no espaço sideral, pois ali está a força suprema que os criou, mantendo-as em seu estado e forma como foram criados num determinado instante. Deus criou a tudo e nos criou à sua imagem e semelhança, deu-nos a inteligência para ser desenvolvida como Ele mesmo a tem, deu-nos o livre arbítrio para que possamos atuar e progredir dentro dos limites das suas leis, e desenvolvê-los a medida da nossa evolução, as quais são denominadas de “Leis Naturais”. Portanto nós, seres humanos, criados por Deus, somos o princípio inteligentes do Universo (do Livro dos Espíritos, questão 23)
É assim que Deus se manifesta, no Céu na Terra, no ar, nas plantas, nas águas dos rios e dos mares. Deus se manifesta em mim, em você em nós.

- Maria Aparecida Giraldi Moro- 



REVOLUÇÃO DA ALMA


Ninguém é dono da sua felicidade, 
por isso não entregue sua alegria, 
sua paz sua vida nas mãos de ninguém, 
absolutamente ninguém. Somos livres, 
não pertencemos a ninguém e não 
podemos querer ser donos dos desejos, 
da vontade ou dos sonhos de quem quer que seja.
Não coloque objetivo longe demais de suas mãos, 
abrace os que estão ao seu alcance hoje. 
Se andas desesperado por problemas financeiros, 
amorosos, ou de relacionamentos familiares, 
busca em teu interior a resposta para acalmar-te, 
você é reflexo do que pensas diariamente. 
Pare de pensar mal de você mesmo(a), 
e seja seu melhor amigo(a) sempre. 
Sorrir significa aprovar, aceitar, felicitar. 
Então abra um sorriso para aprovar o mundo 
que te quer oferecer o melhor.
Com um sorriso no rosto as pessoas terão as 
melhores impressões de você, e você estará 
afirmando para você mesmo, 
que está "pronto” para ser feliz.
Trabalhe, trabalhe muito a seu favor.
Pare de esperar a felicidade sem esforços.
Pare de exigir das pessoas aquilo 
que nem você conquistou ainda.
Critique menos, trabalhe mais.
E, não se esqueça nunca de agradecer.
Agradeça tudo que está em sua vida 
nesse momento, inclusive a dor.
Nossa compreensão do universo, 
ainda é muito pequena para julgar 
o que quer que seja na nossa vida.
“A grandeza não consiste em receber honras, 
mas em merecê-las.”


Aristóteles, filósofo grego

Colaborador: Maria Aparecida Giraldi


DIANTE DA ANGÚSTIA


A ausência de objetivos existenciais conduz o indivíduo à conceituação do nada como um mecanismo de fuga da realidade. 

Kierkegaard, o eminente teólogo e filósofo dinamarquês, estabeleceu que a ausência de sentido da vida conduz à angústia, procedendo do nada e vivenciando realidades para o futuro . 

Essa ambigüidade entre o nada e o ser leva a uma irracionalidade da sua existência metafísica e a expressão absurda da vida. 
Essa conceituação abriu espaço para formulações variadas na área da filosofia, facultando aos existencialistas, através do pensamento de Sartre, que a considerava como sendo uma expressão de liberdade, conseqüência da falta de objetivos essenciais. Igualmente os sensualistas têm-na como ausência de metas, o absurdo, produzindo resultados de aniquilamento da vida, como pensava Camus e todo um grupo de apologistas do prazer. 

Sob o ponto de vista psicológico, a angústia resulta de vários fatores ancestrais, que podem possuir uma carga genética, que imprimiu no comportamento a patologia perturbadora. 
Outros impositivos psicossociais como perinatais influenciam a conduta angustiante, levando à depressão profunda, que pode resultar em suicídio. 
A fixação de pensamentos negativos em que o homem se compraz termina por gerar conflitos graves quando se negam auto-estima e o direito à felicidade, vivência a autoconsideração, tombando na revolta surda e silenciosa, que cultiva nos dédalos da personalidade conflitiva. 

Entretanto, as raízes fortes da angústia encontram-se emaranhadas no passado de culpa do Espírito, que reconhece o erro e teme ser descoberto. 
Envolve-se , sem dar-se conta, num manto sombrio de desconforto moral e sem ter consciência da sua realidade, compreende-a, mas não sabendo digeri-la, transforma-a em mortificação, em cilício, que o amargura. 
Faltando valores morais para um enfrentamento lúcido com a realidade em que limita os movimentos, transfere o sentido de responsabilidade para o próximo, para a sociedade e descarrega a sua mágoa, rebelando-se, anulando-se. 

A angústia é estado mórbido que deve ser combatido na sua causalidade. 

A reflexão em torno dos valores que são desconsiderados, a introspeção sobre a oportunidade de despertamento para ser útil, o sentimento de fraternidade que deve ser despertado, contribuem positivamente para o tratamento libertador... 
A ajuda especializada de terapeuta responsável enseja o desalgemar do Espírito desse amargo estado aflitivo, acenando possibilidades felizes que se transformam em bem –estar e saúde. 
Não raro, o portador de angústia cultiva o masoquismo, que resulta de uma consulta egoísta, graças, ao que, mediante mecanismo psicológico especial, foge da realidade por necessidade de valorização pessoal. 

Em face da ausência de recursos positivos e superiores, recorre ao atavismo dos instintos primários e descamba na torpe angústia. 
Diante dela, somente uma resolução firme e legítima para facultar abertura terapêutica para o desafio. 
Não havendo interesse do paciente, é certo que mais difícil se torna a liberação da psicopatologia tormentosa. 

Considera a bênção da oportunidade que desfrutas e espanca as sombras da tristeza que, periodicamente, te assaltam. 
Evita acumular amarguras defluentes da queixa, da sensação de infelicidade, e trabalha-te, a fim de que teu amanhã se apresente menos tenebroso. 
Hoje colhes, enquanto fruis o ensejo de ensementar. 
Busca ser útil a alguém, mesmo que, aparentemente, nenhum objeto se te delineie de imediato. 
Sempre há oportunidade, quando se deseja crescer e desenvolver valores latentes. 

Jesus informou que Ele é vida e vida em abundância. 
Recorre-lhe à ajuda, e deixa-te curar pela sua assistência de Psicoterapeuta por excelência. 

Autor: Joanna de Ângelis
Psicografia de Divaldo Franco
Colaborador: Sharlene Holanda

ENTRE AMIGOS


Mensagem de hoje: DESEJOS
André Luiz


Desejo é realização antecipada.
Querendo, mentalizamos; mentalizando, agimos; agindo, atraímos; e atraindo, realizamos.
Como você pensa, você crê, e como você crê, será.
Cada um tem hoje o que desejou ontem e terá amanhã o que deseja hoje.
Campo de desejo, no terreno do espírito, é semelhante ao campo de cultura na gleba do mundo, na qual cada lavrador é livre na sementeira e responsável na colheita.
O tempo que o malfeitor gastou para agirem oposição à Lei é igual ao tempo que o santo despendeu para trabalhar sublimando a vida.
Todo desejo, na essência, é uma entidade tomando a forma correspondente.
A vida é sempre o resultado de nossa própria escolha.
O pensamento é vivo e depois de agir sobre o objetivo a que se endereça, reage sobre a criatura que o emitiu, tanto em relação ao bem quanto ao mal.
A sentença de Jesus: "procura e achará" equivale a dizer: "encontrarás o que desejas".


Francisco Cândido Xavier. Da obra: Sinal Verde.
Ditado pelo Espírito André Luiz.

Estudo/reflexão do ENTRE AMIGOS de 27 JAN 2015 ,com Barbara Pereira de Souza e Edite Barbosa


Reflexão

Ultimamente andei pensando em qual seria a parte mais importante do corpo humano. Seria o cérebro, base da inteligência e do raciocínio? OU seria o coração, que impulsiona o sangue pelo corpo e está associado às emoções?

Não. Em minha opinião é o ombro.
Quando saímos de nossa zona de conforto e oferecemos um ombro amigo a quem necessita, ficamos mais próximos da virtude da Caridade, de oferecer consolo e compreensão sem esperar nada em troca.
Aquele que assim faz ganha mais ao escutar do que ao falar, pois é isso que faz falta em nossa vida.
Também existe o fato de quando nós é que procuramos o ombro de um amigo.
Isso é muito importante, pois além de podermos desentalar muitas coisas que estão nos sufocando, isso exercita a Humildade, pois ao buscar a ajuda e o consolo de alguém, admitimos que não conseguimos viver sozinhos e isolados nesse mundo, que precisamos do outro.
Aquele que desenvolve o dom de ser um ombro amigo ou de buscar um ombro amigo e confiável, tem mais facilidade em entender seu próprio coração e o dos outros e também de ter atitudes mais sábias e mais ponderadas.


- Eddie G. Rocha -

CAUSAS DAS MORTES COLETIVAS


 Através da reencarnação, Doutrina Espírita mostra que há lógica nas tragédias que chocam a todos nós.
Como conciliar a afirmativa de Jesus de que “a cada um será dado segundo as suas obras”, com as desencarnações coletivas provocadas pelo terremoto mais violento dos últimos quarenta anos, ocorrido no dia 26 de dezembro de 2004, que ao produzir ondas gigantescas (tsunamis), destruiu a região litorânea do Sul da Ásia, matando centenas de milhares de pessoas?

 Como aplicar o ensinamento do Cristo às mortes coletivas que aconteceram num incêndio de grande proporções em uma discoteca de Buenos Aires, no final de dezembro, e que provocou a morte de 175 pessoas; ou aos óbitos registrados no terremoto que atingiu a cidade de Bam, no Irã, no final de 2003, que matou milhares de pessoas de todas as idades e condições sociais; ou ainda, às verificadas no acidente de avião no Egito, que provocou a morte de 148 pessoas que estavam a bordo, em 3 de janeiro de 2004? Enfim, como explicar todos esses e muitíssimos outros fatos dramáticos sob a ótica da Justiça Divina?

 Para melhor entendermos a questão das expiações coletivas, esclarece o Espírito Clélia Duplantier, em Obras Póstumas, que é preciso ver o homem sob três aspectos: o indivíduo, o membro da família e, finalmente, o cidadão. Sob cada um desses aspectos ele pode ser criminoso ou virtuoso. Em razão disso, existem as faltas do indivíduo, as da família e as da nação. Cada uma dessas faltas, qualquer que seja o aspecto, pode ser reparada pela aplicação da mesma lei.

 A reparação dos erros praticados por uma família ou por um certo número de pessoas é também solidária, isto é, os mesmos espíritos que erraram juntos reúnem-se para reparar suas faltas. A lei de ação e reação, nesse caso, que age sobre o indivíduo, é a mesma que age sobre a família, a nação, as raças, enfim, o conjunto de habitantes dos mundos, os quais formam individualidades coletivas.

 Tal reparação se dá porque a alma, quando retorna ao Mundo Espiritual, conscientizada da responsabilidade própria, faz o levantamento dos seus débitos passados e, por isso mesmo, roga os meios precisos a fim de resgatá-los devidamente.

FAMÍLIA MORRE QUEIMADA
 Vejamos agora como funciona a lei de ação e reação para redimir culpas passadas de diversos membros de uma família que, por vingança, incendiaram a casa de um vizinho pela madrugada, matando todos dentro da casa. Os espíritos que compunham a família criminosa, ao reencarnarem unidos novamente pelos laços consanguíneos, expiaram seus crimes num desastre, no qual o carro em que viajavam pegou fogo, morrendo todos queimados dentro do veículo.

 Como se vê, cada membro da família reparou individualmente os crimes cometidos na encarnação anterior, dentro do resgate coletivo. De fato, a dor coletiva é o remédio que corrige as falhas mútuas. No entanto, cada um só é responsável pelas suas próprias faltas como determina a Justiça Divina, ou seja, como indivíduos ou como membros de uma coletividade, todos nós somos responsáveis pelos nossos atos perante as leis de Deus.

 Segundo Emmanuel, nós “criamos a culpa e nós mesmos engenhamos os processos destinados a extinguir-lhe as conseqüências. E a Sabedoria Divina se vale dos nossos esforços e tarefas de resgate e reajuste a fim de induzir-nos a estudos e progressos sempre mais amplos no que diga respeito à nossa própria segurança. É por este motivo que, de todas as calamidades terrestres, o Homem se retira com mais experiência e mais luz no cérebro e no coração, para defender-se e valorizar a vida”.

 Tais apontamentos foram feitos ao final do capítulo intitulado “Desencarnações Coletivas”, no livro Chico Xavier Pede Licença, quando o benfeitor espiritual responde porque Deus permite a morte aflitiva de tantas pessoas enclausuradas e indefesas, como nos casos de incêndios.

TERREMOTOS
 Imaginemos guerreiros do passado que destruíram cidades, arrasaram lares, matando mulheres e crianças sob os escombros de suas casas, fazendo milhares de vítimas. É lógico que os espíritos desses guerreiros, ao reencarnarem na Terra em novos corpos, atraídos por uma força magnética pelos crimes praticados coletivamente, se reúnem em determinadas circunstâncias, e sofrem “na pele” por meio de um terremoto ou outra catástrofe semelhante, o mesmo mal que fizeram às suas vítimas indefesas de ontem.

ACIDENTES DE AVIÃO
 O espírito André Luiz, no capítulo 18 do Livro Ação e Reação, psicografado por Chico Xavier, esclarece que piratas que afundaram e saquearam criminosamente embarcações indefesas no dorso do mar, ceifando inúmeras vidas, agora encarnados em outros corpos, morrem coletivamente nos acidentes aviatórios.

TRAGÉDIA DO CIRCO
 No dia 17 de dezembro de 1961, na cidade de Niterói, em comovedora tragédia num circo, a justiça da lei, através da reencarnação, reaproximou os responsáveis em diversas posições da idade física para a dolorosa expiação, conforme relata o Espírito Humberto de Campos, pelo médium Chico Xavier, no livro Crônicas de Além Túmulo. Os que morreram no século XX no circo de Niterói foram os mesmos que, no ano de 177 de nossa era, queimaram cerca de mil crianças e mulheres cristãs numa arena de um circo na Gália, região da França, na época do Império Romano.

OUTRAS CAUSAS
 Ainda na mensagem “Desencarnações Coletivas”, o benfeitor espiritual Emmanuel esclarece outros motivos para as mortes que se verificam coletivamente. Diz ele: “Invasores ilaqueados pela própria ambição, que esmagávamos coletividades na volúpia do saque, tornamos à Terra com encargos diferentes, mas em regime de encontro marcado para a desencarnação conjunta em acidentes públicos.

 Exploradores da comunidade, quando lhe exauríamos as forças em proveito pessoal, pedimos a volta ao corpo denso para facearmos unidos o ápice de epidemias arrasadoras.

 Promotores de guerras manejadas para assalto e crueldade pela megalomania do ouro e do poder, em nos fortalecendo para a regeneração, pleiteamos o Plano Físico a fim de sofrermos a morte de partilha, aparentemente imerecida, em acontecimentos de sangue e lágrimas.

 Corsários que ateávamos fogo a embarcações e cidades na conquista de presas fáceis, em nos observando no Além com os problemas da culpa, solicitamos o retorno à Terra para a desencarnação coletiva em dolorosos incêndios, inexplicáveis sem a reencarnação”.

CONCLUSÃO
 Diz Allan Kardec, nos comentários da questão 738 de O Livro dos Espíritos, que “venha por um flagelo à morte, ou por uma causa comum, ninguém deixa por isso de morrer, desde que haja soado a hora da partida. A única diferença, em caso de lagelo, é que maior número parte ao mesmo tempo”.

 E finalmente, segundo esclareceram os Espíritos Superiores a Allan Kardec, na resposta à questão 740 de O Livro dos Espíritos, “os flagelos são provas que dão ao homem ocasião de exercitar a sua inteligência, de demonstrar sua paciência e resignação ante a vontade de Deus e que lhe oferecem ensejo de manifestar seus sentimentos de abnegação, de desinteresse e de amor ao próximo, se o não domina o egoísmo”.

Gerson Simões Monteiro é Presidente da Fundação Cristã Espírita C. Paulo de Tarso 
 e-mail: gerson@radioriodejaneiro.am.br

Colaboradora: Rita Baião