INDAGAÇÕES A NÓS
MESMOS
André Luiz
Que seremos na casa de nossa fé, em companhia daqueles que
comungam conosco o mesmo ideal e a mesma esperança?
Uma fonte cristalina ou um charco pestilento?
Um sorriso que ampara ou um soluço que desanima?
Uma abelha laboriosa ou um verme roedor?
Um raio de luz ou uma nuvem de preocupações?
Um ramo de flores ou um galho de espinhos?
Um manancial de bênçãos ou um poço de águas estagnadas?
Um amigo que compreende e perdoa ou um inquisidor que
condena e destrói?
Um auxiliar devotado ou um expectador inoperante?
Um companheiro que estimula as particularidades elogiáveis
do serviço ou um censor contumaz que somente repara imperfeições e defeitos?
Um pessimista inveterado ou um irmão da alegria?
Um cooperador sincero e abnegado ou um doente espiritual,
entrevado no catre dos preconceitos humanos, que deva ser transportado em
alheios ombros, à feição de problema insolúvel?
Indaguemos de nós mesmos, quanto à nossa atitude na
comunidade a que nos ajustamos, e roguemos ao Senhor para que o vaso de nossa
alma possa refletir-lhe a Divina Luz.
Do livro Correio Fraterno. Psicografia de Francisco Cândido Xavier.
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