Fé raciocinada
Jesus, na presença de
Tomé, retomando o seu corpo fluídico, o mesmo que tinha servido para saciar a
sede de sangue dos escribas e fariseus, deu-lhe o Senhor as suas mãos, para que
as tocasse e, entreabrindo a túnica, mostrou as chagas, para que o fraco discípulo
pudesse vencer a sua incredulidade. Banhado em pranto, roja-se ele aos pés do
Divino Mestre, exclamando: Meu Deus e meu Senhor! Bem-aventurados aqueles que
não viram e creram —, diz-lhe o Manso Cordeiro! E nós repetiremos:
Bem-aventurados aqueles que, não tendo tido a agridoce ventura de assistir às
cenas da Palestina, acreditam na narração dos evangelistas e na confirmação que
dela trazem os Enviados do Senhor! Bem-aventurados os verdadeiros cristãos que
não perlustraram aquelas terras nem tiveram a ventura de ouvir a palavra do
Salvador do mundo mas que, no entanto, nela acreditam, e, por essa crença,
elevam dos seios dalma o incenso das preces que sobem às regiões sideral, para
testemunharem ao meigo Filho da Virgem Imaculada que as sementes por ele
lançadas germinaram em boa terra, onde vão florindo, a exalarem doces perfumes
dignos de se confundirem com os puros aromas que as santas mulheres levavam ao
seu sepulcro! Bem-aventurados todos aqueles que, diante dos esplendores do
Universo, não precisam tocar Deus, nem N. S. Jesus-Cristo, para se considerarem
criaturas do Altíssimo!
EVANGELHO SEGUNDO O ESPIRITISMO (João, cap.
XX, vv. 24 a 29.)
Colaborador: Maria
Aparecida Moro
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