domingo, 8 de fevereiro de 2015

Brandura
Insignificante é o pingo d`água, todavia, com o tempo, traça um caminho no corpo duro da pedra.
Humildade é a semente, entretanto, germina com firmeza e produz a espiga que enriquece o celeiro.
Frágil é a flor, contudo, resiste à ventania, garantindo a colheita farta.
Minúscula é a formiga, mas edifica, à força de perseverança, complicadas cidades subterrâneas.

Submissa é a argila, no entanto, com auxílio do oleiro, transforma-se em vaso precioso.

Branda é a veste física, que um simples alfinete atravessa, todavia, suporta vicissitudes incontáveis e sustenta o templo do Espírito em aprendizado, por dezenas de lustros, repletos de necessidades e padecimentos morais.
O verdadeiro progresso prescinde da violência.
Tudo é serenidade e sequencia na evolução.
Aprendamos com a natureza e adotemos a brandura por diretriz de nossas realizações para a vida mais alta, mas não a brandura que se acomoda com a inércia, com a perturbação e com o mal, e, sim, aquela que se baseia na paciência construtiva, que trabalha incessantemente e persiste no melhor a fazer, ultrapassando os obstáculos que a ignorância lhe atira à estrada e superando os percalços da luta, a sustentar-se no serviço que não esmorece e na esperança fiel que confia, sem desânimo, na vitória final do bem.

André Luiz.
Do livro: Caridade, o alimento do corpo e da alma.
Chico Xavier.

Colaborador: Sumaia Nogueira 



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